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Ele vinha devagar,
como se eu nao percebesse ele ali, vinha quieto e silencioso.
Eu nunca sabia se pedia socorro, ou me calava.
Só sabia que ele vinha e que um dia conseguiria.
Eu me fingia de morta, sempre.
Todas as noites possíveis, ele vinha.

Escuto um baita barulho e me levanto assustada. - Droga! Grito ao bater minha perna na estante ao lado da cama. Vou até o banheiro e tomo uma rapida ducha. Me arrumo pra correr um pouco e desço.

Comprimento minha mae com um bom dia, e ela responde perguntando se nao vou comer nada.

Pego uma maça e mordo em sua frente, ela sorri e respondo dizendo que vou correr. Ponho meus fones e estou pronta pra ir. Era cedo, umas 8 horas mais ou menos, corro até umas 10 horas e paro na casa de Lisa.

- Bom dia. Digo a Henry sentado na varanda.

- To com cara de bom dia? Responde frio e grosso como sempre.

- É... O Henry que eu conheço voltou. Digo e entro.

- Espera! Ele diz e eu finjo que nem ouço.

Subi as escadas e vou até o quarto de Lisa. - Uai. Digo ao ver que esta vazio.

- Ela saiu bem cedo.

- Ai que susto criatura.

- Foi mal.

- Por agora? ou por lá embaixo?

- Os dois.

- Suave. Acho que ja vou, fala pra ela que estive aqui.

- Tá.

Passo por ele que estava parado na porta e ele me para segurando meu braço.

- De novo isso? Pergunto. - Você deve gostar muito do meu braço.

- Me ajuda num negocio?

- Depende. Respondo.

Ele me olha e nao fala nada.

- O que é? Pergunto já inquieta.

- Isso aqui. Ele me beija.

- Sai! O empurro.

- Emma.

- Nao.

- Por favor.

- Já disse que não. Eu nao vou ser mais uma dessas meninas que vc pega e depois... você sabe.

- Entao você quer? Pergunta com um sorriso.

- Nao!

- Quer sim.

- Nao eu não que...

Cara, como ele beija bem.

Cara, como ele beija bem.

Cara, como ele beija bem.

Nao... Penso rapido.

Sim... Penso mais rapido ainda.

- Nao! O afasto.

- Para Emma.

- Para você.

Regra Numero Um.Onde histórias criam vida. Descubra agora