Eu nunca fui um cara que corri atrás de relacionamentos sérios, amores verdadeiros ou romances idênticos aos literários.
Não que eu tenha uma história traumática com algum ex-namorado, um trágico caso de traição, decepção e outras situações semelhantes. Não! Eu tenho mesmo é pavor cru de me envolver, já que na minha humilde opinião, nenhum dos relacionamentos de alguns amigos que eu já tive o prazer de assistir — sentado de frente, sendo privilegiado com as poltronas Vips, degustando do melhor champanhe da casa — foram de fato, tão legais e viciantes, ou de sucesso como as séries de romances adolescentes que quase sempre dão certo com os da Netflix. Porra nenhuma! Eles sempre acabavam de maneira trágica, com um depreciando o outro, cortando os laços; situações bem tipicas de serem narradas pela música "Somebody that i used to know", do Gotye, que relata o fim nada agradável de um relacionamento. Com os meus amigos foi assim e eu, eu sempre fugí de fins trágicos, bem como o próprio diabo foge da cruz.
Já conheci pessoas bacanas, caras de boa índole, homens legais e sinceros, mas incapazes de me fazer ceder e voltar atrás nessa minha ideologia formada sobre namoros e compromissos sérios. Sendo mais sincero ainda, o meu problema com a palavra "compromisso" empregada no sentindo de "pertencer" única e exclusivamente a alguém, é justamente isso: me perder por me dedicar tanto para pertencer a algum vínculo emocional que não seja com a minha tia ou amigos.
Veja bem, eu sou o tipo de homem que não disponibiliza de muito tempo para determinadas situações, uma delas é discussão e a outra é cobrança desnecessária. Cobrança essa, proveniente de um sexo casual que ocorre vez ou outra sem palavrinhas fofas, beijinhos delicados, meias palavras, ligações no dia seguinte; Um sexo cru sem compromisso, nada mais. Tenho o meu próprio empreendimento para comandar, algo que demanda tempo e atenção, que me suga até a alma por eu ser viciado no meu trabalho. Gosto do que faço e me empenho ao máximo para fazer muito bem feito, sem erros, sem preguiça, sem descanso.
Mas, parece que eu sou a pessoa escolhida para ser sacaneando pelo cara mais gostoso que já tive o prazer de ficar, mas, infelizmente, que curte agir ao contrário do que eu busco. Yuri Bardel tirou os últimos três meses para tentar colocar na minha cabeça a ideia fixa de que precisamos ter um compromisso. Um namoro. Quem ja se viu?! Rio de nervoso encarando os olhos cor de mel, o cabelo loiro claro em um corte moderno bagunçado, combinando perfeitamente com seu maxilar quadrado, nariz fino e reto, os lábios carnudos na medida certa. Me considero como sendo vaidoso, gosto de academia, pratico Crossfit, corro na esteira, mas Yuri está em outro patamar. É metrosexual assumido, cuida da sua aparência meticulosamente, não é exagero da minha parte. Ele é um pouco mais baixo que eu, quase imperceptível, tenho 1,80cm, e mesmo com todo o seu cuidado para ficar com o corpo malhado e definido, não me admiro mais, não me causa uma ponta sequer de desejo, pois as cobranças e a insistência o tornaram sem graça para mim.
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A Última Chance (DEGUSTAÇÃO)
Любовные романыDisponível na Amazon Link: https://www.amazon.com.br/dp/B09SLVTQD8/ref=cm_sw_r_awdo_navT_g_MYB0PVTNKZEX2RY4GHCQ Lucas Maia foge de relacionamentos como o Diabo foge da cruz e tem como religião a vida de solteiro, mantendo-se o mais longe possível...