De que ciumes somos feitos
De que a sul da vontade
Fomos, somos, seremos
Ontem, hoje, amanhã
De que cor nos impede
De atravessar o mundo
Em busca de caminhos
Fontes, formas, física
Que águas e terras
Que sorriso, que tristeza
É feito deste azul
Que sustentará nosso credo
Por onde andam as flechas
Dos nossos conselhos
Que tanques de lavoura
Iluminaram liturgias
A seu belo truque
De prados leões na cidadela
Não caí em mim
Nem como a propósito
Caí por cair
Nem me alevantar
Para consolo das miras
Rameiras de propósitos
Assolam as margens
E de inesperada
Ponta de escravidão
Surgem as melhores
E as piores da guarida
Quando porta se abre
E de escadas 1000 degraus
A vontade nos deserta
Cabe entre os livros
De um despertar de vós
Uma confortável razão
Como que de uma faixa
De veludo rosa pérola
Os beijos sacudidos
E levados a peito
O sonho não soubesse
Descrever nem a oração
Nem o indivíduo
Nem no tempo
Nem no espaço
Contudo tuas hostes solenes
Fizeram de meus regimes
Uma acompultura
De cura uma carruagem
E um navio ao fundo
Pois ficou lá meu último susto
E o meu primeiro botão
Terá sido eu e tu
Ou aquele ou aquela
Que nos passa a pente fino
Dois tostoes do nosso tempo
E um pouco de vulgar
Que nos ocupa o plural
Em companhia de sucos
A gargarejar folhas da alma
Em busca de sertão
Onde morar e alevantar
Nas camas da física
E nos lençóis do fértil
Eu não estou aqui
Mas vejo a parceria entre
Tu aqui e eu além
Tu uma enchente de respostas
E eu não pousar
Para perguntar que espécie
De a sul de nós é este
Se nos falta
A falha das origens
E do princípio
Fecha-se o naufrágio
De mim para com o veneno
Não resulta problema
A mesma assistente
Entre eu e tu
Tem um propósito
Resposta para tudo
Quando a pergunta
É um denso nada
Que pego por prazer
Sem obrigação
Mas por me divertir
Com toda a tonalidade
E todo o tempo do mundo
A sul de nós mesmos
Temos a melhor certeza
Não te vou deixar mal
Porque segredar
Uma vontade
É o início O fim o meio
O termo e a condição
Do tão cobiçado não
Onde prata e ouro
É feminina e despida
De voluntariado
E lhe chamam
A sul de nós mesmos
Uma carta real sem selo
Sem remetente
Nem destinatário!!!