CAPÍTULO 11

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EULALIA ALLARD TINHA que se sujeitar às exigências de Christophe. E ainda por cima, tinha que lidar com as investidas sensuais dele. Ela ainda estava sob os efeitos do beijos eletrizantes que ele havia lhe dado, demonstrando que a desejava.

Naquela tarde, após ele ter aparecido de surpresa em sua casa, tê-la beijado e tê-la questionado sobre seus motivos de estar daquela maneira, Christophe e Eulalia foram ao apartamento dele, novamente.

Agora que ele sabia a verdade, Eulalia sabia que ele não sairia do seu pé tão facilmente.

DURANTE O TRAJETO até a casa dele, poucas palavras foram trocadas e o som que se ouvia era o de Noelle, com suas risadas infantis. O carro dele era luxuoso. Um SUV preto, com bancos de couros e muito cheiroso por dentro. O valor daquele veículo deveria ser o que ela ganharia em dez anos, pensou ela.

Christophe era habilidoso no volante, prestando atenção aos carros no trânsito e à sua hora de prosseguir. Eles corriam o risco trafegando com Noelle sem a cadeirinha para bebê, que seria comprada em breve, além de todo o enxoval que a criança necessitava. Mas naquela hora, não havia o que se fazer a respeito.

O advogado havia lhe garantido que conseguiria entrar com uma ação de adoção de Noelle, o que garantiria a guarda da menina à Eulalia. Ela estava ciente de que aquele casamento de conveniência seria mais difícil do que pensava, mesmo que fosse benéfico para ambas as partes. Primeiro, porque ela teve de sucumbir às exigências dele e mesmo quando tentou argumentar com Christophe, não conseguiu.

Segundo, que ela estava sem dinheiro e mesmo que negasse se casar com Christophe, ela teria que sair daquele emprego novamente já que ele era seu chefe misterioso e pior, ele havia a chantageado que se não aceitasse a proposta, contaria a todas as amigas dela sobre a situação a qual ela se encontrava. O pior de tudo aquilo, era a forte atração que sentia por ele o risco que corria em se apaixonar.

Eulalia tinha o coração intacto e nunca havia se apaixonado por ninguém na vida. Assim que chegou à França, há alguns anos, ela foi atrás de seu sonho de ser bailarina, focando toda sua energia e dedicação nessa atividade, que queria como profissão, custasse o que custasse. Dançava e nas primeiras vezes que tentou entrar na Grand Opera de Paris, não conseguiu. No entanto, com persistência, ela resistiu e conseguiu chegar onde tanto queria.

Voltando ao momento presente, ela olhou para o lado e sentiu a pele estremecer e o coração acelerar, em apenas ter aquele homem ao lado dela. Christophe Dujardins apenas olhava para frente, sem sequer vê-la. Parecia perdido no próprio mundo, ao mesmo tempo que dirigia. O ambiente dentro do carro estava ameno, devido ao ar-condicionado que mantinha a temperatura agradável.

A luz do sol entremeava pelo painel, iluminando o rosto dele e enfatizando a bela estrutura óssea da face. Eulalia desviou o olhar e pensou como deveria ser a vida naquele apartamento luxuoso, um sonho o qual ela desejava ter um dia. Uma casa, um carro, um marido que a amasse e uma vida estável, em que estivesse feliz.

Contudo, com a aquela proposta maluca, que fora praticamente obrigada a aceitar, teria de adiá-lo para ao futuro. Parados em frente a um semáforo, próximo à casa dele, Christophe virou o belo rosto e passou a encará-la, ao mesmo tempo que Eulalia sentia o rosto ficar vermelho. Ela não entendia aquele olhar misterioso, que parecia julgá-la e questioná-la a todo momento.

- Por que está me olhando dessa maneira? Eu te fiz algo? – Quis saber ela.

- Não me fez nada. Apenas penso que sua beleza é tanta que tem de ser contemplada. – Respondeu o advogado, no maior atrevimento.

Em choque, ela não acreditou no que ele acabara de dizer.

- Tenho certeza de que as mulheres que frequentam sua cama devem ser muito mais bonitas. – Tentou argumentar.

O Direito de Amar - Série Apaixonados e Poderosos - Livro 5 (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora