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"Cuidado com as garotas da Califórnia" Meu melhor amigo avisou antes de eu fazer as malas e fugir para San Francisco. Ele realmente estava certo, quando o avião pousou e coloquei os meus pés em solo americano, observei todas as lindas garotas californianas. Aluguei um simples carro no aeroporto e peguei a estrada em direção nenhuma.

Passava pela a ponte de San Francisco, meus olhos brilhavam em excitação, a adrenalina corria pela as minhas veias, o cigarro acesso preso entre os meus dentes me deixava extasiado e com uma sensação boa no meu corpo. Eu teria uma nova vida em um novo país e todos os meus fodidos problemas estarão para trás. Sair de Manchester foi uma complicada escolha, eu tinha tudo a perder, mas era a minha felicidade que estava em jogo.

Dirijo cansado e com sono, tudo que eu queria era encontrar um lugar para passar a noite. A estrada era escura e deserta, a minha única companhia era o vento que balançava o meu cabelo. De longe observo uma luz trêmula, forço a visão e minha teoria estava certa. A dor de cabeça e a minha vista embaçada me faz parar imediatamente.

Em frente do prédio tijolado de apenas 3 andares, saio do carro e pego as minhas malas. Suspiro aliviado e olho para a entrada do meu lar, por enquanto. A fachada era iluminada e bonita, havia só um pequeno letreiro escrito "Hotel Califórnia".

Caminho em passos rápidos para dentro do Hotel e me deparo com uma sala mediana com pouca iluminação, na minha esquerda tinha uma máquina de salgadinhos com um sofá de 4 lugares ao lado. Havia um corredor que não faço a menor ideia para onde levava e um grande balcão com vários panfletos em cima. Aproximo-me da estrutura de madeira e pego um dos papéis,
" Cerca de 5 jovens com a idade de 18 e 17 anos são encontrados decapitados dentro de um casarão antigo em Berkeley, polícias descrevem o cenário parecido com um filme de terror. Não há nenhuma prova de quem poderia ter feito aquela tragédia, a polícia está procurando alguma evidência e trabalhando duro para encontrar o culpado dessas mortes horríveis". Leio aquilo com espanto no rosto, que coisa mais horrível de se acontecer com jovens tão novos. Quase morro do coração quando um homem estranho saí de trás do balcão.

- Nossa você me assustou para caralho, não sabia que estava aí. Eu sou o Harry. - falo olhando para o homem baixo e gordinho.

- Não quis te assustar, percebi que você tava ocupado lendo isso e decidi não atrapalhar. Eu sou o Francisco. - aperto a sua mão estendida.

- Prazer, Francisco. Tá tudo bem, só tava lendo essa notícia. - Decido não pergunta sobre o que li naquele papel. - Eu gostaria de saber quanto é o preço de uma noite? - pergunto e o homem me olha com um sorriso, mostrando os seus dentes amarelos.

- Bom, meu jovem rapaz. Aqui no Hotel Califórnia, todos são bem vindos. Não cobramos a estadia. - sua voz saí alta e em um tom assustador.

- De graça? - pergunto desconfiado.

- Sim, meu jovem. Totalmente de graça. - ele responde assinando um papel.

- Hm... Está bem. - falo depois de pensar bastante.

- Tudo bem, meu jovem. Vou chamar a menina que vai te apresentar os quartos. - ele me entrega uma chave com o número 7. - KATERINE. - seu grito me faz saltar do lugar. O velho homem olha para mim e solta uma risada amarga.

- Não precisa se assustar, meu jovem. Ainda nem começou. - engulo em seco e concordo mesmo sem saber o que aquilo sifinificava. - Assine aqui. - ele me entrega um papel e eu não faço nem questão de ler. Eu estava assinando a minha chegada no inferno, eu sentia.
Entreguei o papel com o meu nome escrito perfeitamente.

- Me chamou? - escuto uma voz feminima e subo o meu olhar imediatamente. Pisco várias vezes tentando acreditar no que os meus olhos viam.

- Chamei sim, Katerine. Mostre o quarto para esse jovem. - seus olhos eram em um tom claro de azul. Eles me observavam com curiosidade e divertimento. Seu corpo estava coberto apenas por um vestido branco, ela era a porra de um anjo.

Hotel CalifórniaOnde histórias criam vida. Descubra agora