Minhas duas ventanias, meus dois mundos (Poema 25)

45 21 8
                                    

Parabéns @adrianacristinav seu poema foi selecionado:

Parabéns @adrianacristinav seu poema foi selecionado:

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

A ventania quente no ar do mar

Tocando minha face

Agora anda junto

Com a ventania gelada

Trincando meus ossos


Está tudo se fundindo

Dentro de mim

Como ver a neblina

Ou neve caindo nos cabelos

Das pessoas


Agora é tudo tão bonito

Aquelas pessoas rindo e

Brincando com as bolas e os bonecos de neve


Ó, Ventanias!


Tanto no verão

Quanto no inverno

Quis muito encontrar a beleza

Nos climas ou fenômenos físicos da Terra

Os que não me são muito bonitos

Ou aconchegantes


Eu acho que agora consigo

Sim, eu consigo.

Gostar do dia nublado e gelado

Estando numa praia

A chuva forte destruidora de vidas

E trazendo caos aos lugares


Há que ser necessária e bonita também

Eu sei

Mas por que o caos?

Por que as belezas da natureza que tanto custei a amar

Elas também trazem sofrimentos?


Talvez seja para eu aprender a aceitar as situações boas e ruins

Convivendo juntas ou

Em paralelo


Eu não consigo aceitar coisas ruins

que já me aconteceram

Ou que me acontecem no meu mundo paralelo


Nem quando a Mãe Natureza está violenta, veloz ou forte

Trazendo má sorte


Eu nunca aceitava

Estou aprendendo

Estou começando a viver

Não preciso dos porquês

Não preciso

Preciso é saber conviver


Com essa dualidade

Com os paralelos

Com as doenças terminais

Que me trazem à tona esses

questionamentos

Tudo que não aceito


E nunca brigo com o sagrado

Seja qual ele for

Nunca reclamo

Mas eu choro

Mas me sufoca


Eu não aceito as partes negativas

De qualquer coisa ao meu redor

Mas estou aprendendo

Mas ainda é meu sofrimento


Média atingida: 3,12

(Quesitos do concurso)

Concurso Musicando PoemasOnde histórias criam vida. Descubra agora