A questão da união

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Harriet esperava apreensiva em seus aposentos até ser chamada para comparecer à corte. Antes de se apresentar aos seus súditos, a nova rainha tinha um tempo a mais para refletir sobre o que fazer. Os dias em batalha tinham acabado há pouco tempo, mas os pesadelos dos horrores da guerra ainda a assombravam. Mas o que a preocupava agora era ceder à pressão de seu conselho, que insistia que ela deveria se casar com Elijah de York o mais rápido possível, para que o reinado dos Tudor fosse assegurado. Harriet temia por essa união. No momento era a coisa certa a se fazer, assegurar o futuro de seu povo e o seu próprio, mas pensando em si, Harriet pensava se teria um casamento feliz. Ela se sentira sozinha a maior parte de sua vida, por mais que tivesse a companhia do tio e da mãe. Se tivesse um marido, queria um companheiro, não um estranho. Não havia outra opção para Harriet, apenas Elijah

Finalmente chamaram a rainha, ela deu um suspiro e se recompôs, tomando sua postura de soberana. Ao chegar ao conselho, todos se levantaram e se curvaram diante dela.

-Sentem-se por favor- ela pediu e tomou seu lugar-escutem. Estive ponderando e refletindo muito sobre a situação que diz respeito ao príncipe Elijah de York. E o que decidi por hora é que adiarei o casamento.

O conselho se exaltou de maneira contida, mas se ouvia o espanto e o burburinho. A mãe da rainha, Lady Margaret, a olhou com reprovação, confusão e espanto. Já tio Jasper pareceu ser mais compreensivo.

-Escutem milordes!-Harriet aumentou o tom de voz- eu sei que mesmo como rainha não sou livre pra fazer todas as minhas vontades, e é isso que estou fazendo agora. Só tenham em mente que não posso meramente me casar com alguém que não conheço. Não sei nada sobre o príncipe além de seu nome e o que representa para nós. Eu lhes asseguro que, me casarei, quando conhecê-lo melhor.

Apesar da firmeza na voz, Harriet não tinha certeza se seria capaz de cumprir essa última parte. E se Elias fosse um homem rude, grosseiro, descrente, que a tratasse mal? Não casaria de jeito nenhum se ele fosse assim. E era por isso que ponderava conhece-lo de verdade.

-Esta reunião está encerrada-declarou a rainha categoricamente e os lordes a deixaram.

Margaret e Jasper a seguiram, mesmo Harriet apressando os passos.

-O que pensa que está fazendo menina?-a mãe a repreendeu como se fosse uma criança-não pode desperdiçar essa oportunidade.

-Por favor mãe me deixe a sós-a rainha pediu impaciente e deixou os parentes para trás.

Ao entrar em seus aposentos, Harriet recostou-se na porta e, fechando os olhos, deu um longo suspiro. Ela estava cansada da pressão, e outra coisa a atormentava. Sentou-se em sua cama, para ter a mesma velha lembrança outra vez.

Todas as vezes que o exército Lancaster enfrentou o exército York, Harriet podia observar sua rival de longe, Rachel Plantagenet, sempre escoltada por seus leais guardas, entre eles, o príncipe Elijah.

Quando a Tudor o viu pela primeira vez, sentiu algo diferente, que não sabia o que era exatamente, uma conexão de almas, como se eles fossem iguais, como se ela o conhecesse e o entendesse. Mas seu lado racional dizia a Henriqueta que Elijah poderia muito bem não ser nada como tinha sentido. Era por isso que hesitava tanto. Harriet não tinha certeza se estava apaixonada por Elijah.

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A/N:

meu cérebro: não acredito que você fez isso de novo...

eu: o que?

Meu cérebro: você inventou mais uma história enquanto tá escrevendo outras 200...

eu: prometo que dou conta

meu cérebro: manera nas loucuras se não eu pago o pato

Eu: eu sei

Pois é galerinha, tava assistindo The White Princess e pensando um pouco na minha própria vida pessoal quando tive a ideia dessa história. Eu fiquei horrorizada com a diferença dos acontecimentos da série com o que realmente aconteceu, sei que é baseado no livro da Gregory que aliás, é uma bela mentirosa, e depois de estudar muito sobre Henry e Lizzie reais tive essa ideia. Uma espécie de genderbend de Guerra das Rosas, ligeiramente inspirado em the White Princesss, com alguns fatos reais adaptados e outros da minha própria autoria. Enfim, espero que gostem.

Conexão de AlmaWhere stories live. Discover now