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O internacional português coloca cuidadosamente uma venda em volta dos olhos da morena e guia-a até ao carro.

"Bernardo, o que é que estás a fazer?" Leonor pergunta-lhe, incapaz de conter o riso com a imprevisibilidade e estranheza da situação.

"Quero que seja surpresa, só isso." Explica, tentando rapidamente colocar a chave na ignição. No entanto, a mais simples tarefa era dificultada pela atrapalhação dos nervos.

O jogador agradecia mentalmente que ela não o visse, pois Leonor conseguiria ler-lhe a mente de imediato e perceber como se sentia.

O resto do caminho é conduzido em silêncio, com Bernardo demasiado concentrado no seu próprio pensamento e Leonor, a seu lado, sem saber o que pensar.

A dada altura, o carro para e o futebolista anuncia a chegada ao destino. Apressa-se a abrir a porta e segura a mão de Leonor para a ajudar a sair.

Queria entrelaçar a sua mão na dela, mas sabia que não era apropriado e, por isso, direciona-a pousando uma mão em cada ombro.

"Confia em mim. É por aqui, não tens que andar muito." Pede.

"Espero que sim e que não estejas a levar-me para algum abismo. Nunca te tomei como um assassino." A morena brinca. As circunstâncias eram anormais, não o podia ignorar. Há umas quantas semanas, encontravam-se num bar onde mal conseguiam trocar um "olá" e agora ali estava a segui-lo cega e irrefletidamente.

O moreno dá uma gargalhada com a acusação e abana a cabeça. "Nada disso. Pelo menos, para já."

Enquanto caminham, a jovem tenta recorrer aos restantes sentidos para se aperceber dos seus arredores. Havia vento e o chão era irregular. Notoriamente, encontrava-se num espaço exterior.

Mal chega ao local, Bernardo larga Leonor e respira fundo antes de lhe retirar a venda.

"Podes abrir os olhos." Informa.

A rapariga assim o faz e, nesse mesmo instante, fica boquiaberta com o que encontra. Descrevê-la como deslumbrada não faria justiça à sua reação.

Não era nada demais, mas, para ela, parecia ter um encanto especial e, ao jogador, era tudo o que lhe bastava

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Não era nada demais, mas, para ela, parecia ter um encanto especial e, ao jogador, era tudo o que lhe bastava.

"Sei que não é o teu Gerês nem o Grand Canyon que sempre sonhaste, mas sempre falámos em vir aqui e-"

"É perfeito. Uau, isto é... é lindo." Leonor interrompe-o, entusiasticamente. Pela sua expressão, era o melhor sítio no mundo para a qual a podiam ter levado.

Only You | Bernardo SilvaOnde histórias criam vida. Descubra agora