< oneshot >

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eu nunca fui o tipo de pessoa que se apaixona fácil. aquela pessoa que se derrete com o primeiro olhar ou sorriso. nunca tinha sentido meu coração se acelerar ao ponto de eu poder senti-lo martelando com toda a força no meu peito.
talvez por ter lido tantos livros de romance, eu tenha achado que já era expert no assunto. me enganei profundamente.
quando eu te vi no meu primeiro dia de aula, meu coração deu um salto triplo dentro de mim e, quando você sorriu pra alguma coisa idiota que o sungjin falou, foi como se meu mundo tivesse parado.
não fazia o mínimo sentido. eu nem sequer te conhecia. presumi ser só atração física, afinal, é comum na idade que nos encontramos.
depois de uma semana indo pra aula com todas as camisas de bandas e sagas que eu tinha, na esperança de você gostar de alguma coisa e vir falar comigo, eu tinha aceitado o fato de que você nunca me notaria.
quando no fim da aula você me parou pra perguntar meu nome, eu jurei que fosse morrer.
eu simplesmente disse meu nome e saí correndo sem olhar pra trás, e eu sinto muito por ter sido mal educado.
você sempre jogava truco com seus amigos no intervalo, eu já tinha notado. então eu não preciso dizer que foi uma enorme surpresa pra mim quando você apareceu na minha frente quando o sinal bateu e me perguntou se poderia passar o intervalo comigo, alegando estar "de saco cheio de jogar truco todo dia". eu disse um sim meio inaudível e provavelmente nem cheguei a sorrir, tentando ser simpático, mas você abriu um enorme sorriso e isso me deixou muito mais nervoso.
a partir daquele dia, você começou a se sentar perto de mim na classe e a ficar comigo em todos os intervalos. não demorou muito pra eu te considerar um amigo. apesar de ainda sentir um aperto no peito toda vez que você faltava à escola, de sentir meu coração vir a boca toda vez que você sorria e de ficar subitamente nervoso quando você chegava perto demais, eu aceitei que seríamos amigos, apenas isso. você nunca tinha demonstrado sentir nenhum sentimento romântico por mim e eu não iria, de forma alguma, atrapalhar nossa amizade me declarando.
quando, no fim de mais uma aula você me olhou nos olhos e disse "Brian, volta pra casa comigo hoje?" eu não consegui dizer não. apesar de ser o sedentarismo em pessoa, eu disse sim. você estava muito estranho e incrivelmente quieto naquele dia. tinha passado quase toda a aula de cabeça baixa.
meu coração começou a marchar dentro de mim quando você passou metade do caminho em silêncio.
então chegamos na esquina da minha casa, e você parou. olhou pra mim como se o que você fosse dizer pudesse te matar.

"Brian.
eu gosto de você. gosto mesmo. e eu estava com muito medo de te dizer isso porque eu não faço ideia de como você vai reagir ou responder e tudo que eu queria era que você não ficasse com essa cara de assustado que você tá agora e... merda. me desculpa, ok? é que... eu não podia continuar enganando você, como se eu realmente quisesse ser só seu amigo. porque se dependesse só de mim, seríamos mais que isso. então eu só... pensei que eu tinha que dizer. era melhor do que viver com a dúvida pra sempre, né? Brian, você tá bem? meu Deus... eu não acredito que tô fazendo isso..."

eu provavelmente continuei parado na sua frente total e completamente atônito por um ou dois minutos, até ouvir a voz da minha mãe atrás de mim.

"Brian! já chegou da escola! vem cá me ajuda a levar as compras pra dentro. e você? quem é? amiguinho da escola? prazer, viu?"

"prazer, Sra. Kang... ahn, então... até amanhã, Brian."

e eu vi nos seus olhos, mesmo por trás daquelas lentes que você estava envergonhado e triste. parecia que você ia chorar ali mesmo, naquela esquina. deve ser por isso que você foi embora tão rapidamente, dando meia volta, mesmo que sua casa fosse na direção contrária.

o tal amanhã que você falou nem chegou.
você faltou na escola o resto da semana e só apareceu de novo na sexta-feira. não que tenha feito alguma diferença, já que você tentava a todo custo me ignorar. no intervalo você foi jogar truco e eu tive que me sentar e ficar olhando. porque era simplesmente tudo que eu tinha pra fazer.
e é por isso que eu tô escrevendo essa carta, Jae.
pra poder te dizer o que você não me deixou explicar. pra tentar te falar que eu sou apaixonado por você desde a primeira vez que botei os olhos nesse cabelo loiro desgrenhado, nesses olhos pequenos escondidos por essas lentes redondas e esse sorriso frouxo que faz meu coração virar Rio de Janeiro em época de Carnaval.

então, Jae, apesar de você ter sido o corajoso por se declarar, vou fazer a pergunta que você não fez. porque, se dependesse de mim, seríamos mais que amigos também.

então,
namora comigo?

Kang Younghyun,
ou Brian, como todos (inclusive você) insistem.



oi kkkjj espero que vocês tenham gostado :))
foi meio que baseado numa parada que aconteceu comigo esses dias, só não deu bom que nem na fic pq né. se tiver algum erro ortográfico, avisa aí.

é nois na fita e os playboy no dvd.

amo day6 tchau


e não vou no show.
#choro

i like you || jaehyungparkian % day6Onde histórias criam vida. Descubra agora