Gus estava acordado desde as 6 horas da manhã, depois de muito vasculhar os armários da cozinha com a mão ansiosa atras de chá, achou um único sache de camomila, mas ele não pretendia ficar ali muito tempo, aquele único sache bastaria...mas não bastou faltavam 11 para ás 9 e por mais que não fosse muito tarde ainda era algo muito incomum ver sua mãe ainda deitada. Ele agoniado por ter terminado aquela pequena xícara de chá horas atrás decide ir ver oque aconteceu com sua mãe. Bate na porta devagar, abre devagar evitando fazer barulho mas ela range mais que tudo e a voz de choro de sua mãe vem do escuro: "Oque você quer Gus?"
Gus: Bom dia pra você também... esta bem?
Mary: Não precisa fazer caridade. Eu sei me virar sozinha, alias eu estou sozinha a um bom tempo.
Gus respira fundo para não brigar com sua mãe e se esforçando para entender ela o pedido de desculpas por ter ido embora não era sincero pois ele tinha seus princípios: Mãe, eu não fui embora para te deixar sozinha, não foi o objetivo de abandonar...ok? E agora eu estou aqui pra ajudar...
Mary: O remorso move pessoas. Se quiser me ajudar, me deixe dormir.
Gus: Você não quer um café?
Mary: Se eu quiser eu vou buscar. Do mesmo jeito que você quis ir embora e foi.
Gus: Você não tem aquela reunião dos pais?
Mary: Você não tem que ir atras das suas caixas.
Gus fecha aporta nega com a cabeça seus pensamentos, e sai pela porta da entrada incomodado com a situação de sua mãe, a grosseria não era novidade mas a parte de deixar de se importar era. Pegando no bolso de trás da calça um papel com o nome dos possíveis lugares que suas caixas estão o garoto do jornal passa de bicicleta e acaba jogando o jornal em Gus e se assusta: Desculpe não estou acostumado com você ai!! - Gus sorri e responde baixinho que o garoto não precisa se acostumar.
. . .
Jonathan bate a porta de Amanda, ela grita que pode entrar e ele apenas empurra a porta, esta tudo uma bagunça, alguma coisa queimou no forno, Amanda devia ter esquecido de levar a roupa para a lavanderia pois tinha dois cestos lotados. E Celine tentando achar a roupa menos fedida no cesto para ir a escola se encanta com o fato de ver ser pai na porta. O coração se dividia ao meio, um lado cheio de raiva e orgulho, vontade de bater nele e perguntar por que nunca liga ou visita, a outra metade cheia de amor e saudade, quer beijar e nunca mais soltar o pai, porque além de ser pai John apesar de seus erros nunca foi alguém ruim.
Celine: Pai!!! - abraçando forte - que saudade, quando voltou? E vai ficar?
Jonathan: Eu vim resolver algumas coisas...creio que vou ficar tempo suficiente para passar mais tempo com vocês.
Celine: Que legal!!! Muito legal.
Jesse se aproxima timido, porque John não era um pai pra ele e sim um estranho, um tio bem distante. Ele se lembra de Gus, Jeff, pessoas da cidade, Ramon, Aidan e qualquer outra pessoa mais presente do que seu proprio pai. Ele se lembra de viver dias dos pais sozinho e a sensação não era de perda e sim abandono.
Jesse também estava usando um all-star rosa cheio de gliter de sua irmã, e mesmo que isso não tivesse nada a ver com sua sexualidade por ser apenas uma cor ou estilo seu pai questiona. Dando um cascudo sem jeito bagunçando seus cabelos.
John: Eai filho, moleque? Tudo bem? E as meninas? - bate o olhos no tênis e muda a pergunta - ou meninos?
Jesse: A gente esta sem dinheiro, dai depois que meu tênis furou tenho que usar o da Celine, nada de mais - Vai tomar o seu café sem cumprimentar seu pai direito. Amanda se aproxima, tropeçando em coisas e abanando toda aquela fumaça. Ela para olhando para John.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Absolute Beginners: Return of Saturn
HumorAmizade verdadeira não é ser inseparável. É estar separado, e nada mudar. Depois de 15 anos ocupados e separados por filhos, trabalhos, novas responsabilidades etc. Gus depois de uma crise decide dar uma pausa como escritor e voltar para Dawnville n...