Capítulo Dois.

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(Eu imagino o Zayn assim nessa fanfic)

Zayn olhava para a rua quando a caminhonete de Harry estacionou ao lado da cerca da casa.

Saltando do carro com suas calças rasgadas e camisa florida, Harry estava de cabelos curtos e usava um RayBan. Os dedos lotados de anéis e a pele tatuada, eram sua marca original.

- Pronto para uma nova vida longe de pais homofóbicos e vizinhos loucos? - Foi a primeira frase de Harry ao ver Zayn. O moreno apagou o cigarro na cerca e jogou a bituca dentro da caixa de cigarros - Minha mãe mandou lhe avisar que Leon está com ela e nada mais deve se preocupar com o garoto.

- Só esperando o caminhão chegar. E fico feliz com a notícia.

- Londres vai fazer bem á você. Já falei para Niall arrumar uma recepção calorosa em algum clube de dança.

- Prefiro passar as primeiras semanas com meu avô.

- Levamos o vovô junto - Harry olhou para a silhueta do velho na janela, limpando os vinis da estante e colocando nas últimas caixas - Como ele tá?

- O médico disse que ele está bem, uma saúde de ferro incrível, mesmo fumando um maço de cigarro por dia quando jovem. Mas nada mais que isso.

- Acha que Londres vai fazer bem para ele?

- Não vou embora de Bradford e deixar meu avô, Harry. Ele me acolheu quando eu mais precisava, e agora, é minha hora de retribuir.

- Não estou te pedindo para deixar o velho, mas só fico preocupado.

- Ele vai ficar bem. Só levar a vitrola dele e um pouco de xerez.

- Se você diz - Harry olhou para o caminhão virando a rua - Venderam essa casa para comprar aquela né?

- A rua que vamos morar nem é movimentada. Fica perto de alguns bares de música e de restaurantes.

- Vai trabalhar de quê por lá?

- Fui contratado para dar aulas de literatura para uma turma de colegial - Zayn deu sinal para o caminhão - Que Deus me ajude a lidar com adolescentes.

- Ele vai te abandonar quando ver hormônios demais reunidos em um só lugar - Harry zombou - Vou tratar de buscar as primeiras caixas.

Durante a viagem de ida, Jamil apenas adormeceu no banco de passageiro, enquanto Zayn era obrigado a escutar Django. Se desligasse o rádio, o velho acordava. Zayn olhava para a sombra de Bradford desaparecer e sentiu seu coração ficar por lá.

Seu pai nem sequer havia mandado uma mensagem, nem uma ligação. Ele havia enviado uma mensagem para Safaa, pedindo para que ela avisasse á mãe e as irmãs. Depois disso, ele entrou no carro com o avô e seguiu o caminhão.

Django cantava alguma letra sobre amor.

"Eu não posso te dar nada além de amor baby..."

Era isso que Zayn queria.

Ter amor.

Quando a música acabou, Jamil abriu os olhos e bocejou.

- Estamos chegando?

- Mal começamos na estrada. Temos mais três horas de viagem ainda.

- Acha que minha vitrola está bem lá dentro daquele caminhão velho e enferrujado feito eu?

- Está sim, vô.

- Eu estou com sede.

- Tem água no porta luvas.

- E eu estou com sono.

-Só encostar a cabeça para dormir.

- É uma droga quando você quer atentar seu neto e ele tem uma solução para tudo.

Alabama Song (HISTÓRIA OFICIAL)Onde histórias criam vida. Descubra agora