Nem todo erro é errado |

Capítulo 1

Manu

Era o meu ultimo dia na Universidade de Minas, eu sempre queria mais nada nunca foi impossível pra mim, claro que sempre dentro dos meus limites. Segundo ano de faculdade de direito ali não estava me satisfazendo, eu queria morar em São Paulo e arrumar um estágio como qualquer pessoa normal, não gostava de depender do dinheiro dos meus pais e abusar da fama da minha mãe, queria construir a minha vida e ela me compreendia muito bem.

Já estava cansada de ouvir as pessoas dizendo "mas você é filha da Mia Alcantra, você pode tudo",muito mimimi não era comigo.

Analú: não acredito que você vai me deixar Manu – ela cruzou os braços enquanto me olhava séria, estava em pé andando de um lado para o outro na sala.

Rique: qual é do estresse? –meu pai entrou na sala rindo da cara de Analú .

Analú: porque vocês vão deixar ela ir embora? Não é justo, primeiro Enzo, agora ela. – bufou de raiva.

Mia: nós já conversamos sobre isso filha – minha mãe deslizou as mãos pelo meus cabelos alinhando todos os fios cumpridos que ela tanto amava – você será a próxima que eu sei – ela deu um sorriso triste e apertou meu coração –.

Manu: Analú nunca que vai deixar vocês – ri – muito grude – fiz careta e eles riram –.

Analú: tu vai sentir falta desse grude que eu sei – mostrou a linguá –.

Manu: tu é muito esperta Ana –rimos –.

Cheguei na faculdade e fui direto para a minha mesa, sempre sentava na frente era sim estudiosa e a nerd da sala, já estudava de manhã por isso e o meu maior medo era a faculdade de São Paulo, só consegui aulas noturnas e isso me deixava com o estomago revirado.

Lua: não, Analú tem toda razão – fez bico – não é justo tu ir embora Manu.

Manu: volto nas férias, eu prometo.

Lua: tu vai é achar um gostoso lá isso sim – ela mordeu os lábios e rimos –.

Manu: você é suja Luana – ri –.

Lucas: atrapalho? – disse sentando ao nosso lado –.

Lua: tu nunca atrapalha primo, não é mesmo Manu? – ela me olhou piscando –.

Lucas era seu primo-irmão, sua mãe e tia transaram com o mesmo cara era muita confusão para uma família só, Lua não vinha de pais ricos igual os meus e todos julgavam nossa amizade por isso, Lucas era o típico cara fofinho para namorar e durar eternamente mas não era o meu tipo, pegajoso demais já ficamos uma vez mas não deu certo.

Ele espalhou para a faculdade toda que tinha ficado comigo, e não foi legal.

Quando o professor terminou a aula meu coração apertou e eu vi que ali era o fim daquela faculdade e tudo que construí ali em 2 anos.

Lua: eu vou ir te ver, tu sabe disso não sabe? – ela falou me abraçando e apertei a mesma –.

Manu: você é minha melhor amiga da vida, não vou te esquecer nunca – sussurrei baixinho – se cuida, e não apronta nada que vá se arrepender viu? Não esquece que estarei um pouquinho longe – rimos e ela assentiu –.

Lucas: vou sentir sua falta – me abraçou por fim –.

Manu: também irei sentir a falta de vocês.

Fui de avião para São Paulo, a despedida com meus país e Analú não foi fácil. Eu gostava da ideia de ser independente e não crescer encima dos dois isso me deixava realizada só de pensar, pouquíssimas horas de viagem cheguei em São Paulo e Enzo estava lá parado com uma placa "irmã mais linda do mundo", não pude deixar de bater uma foto e postar rapidamente.

Seu abraço era confortante, a gente se via sempre que ele iria curtir BH e quando não estava enrolado com alguma garota, Enzo era cachorro demais isso era fato só as bobinhas não percebia.

Enzo: porra tu cresceu desde a última vez – me olhou sorrindo ao me abraçar pela terceira vez –.

Manu: e tu não muda a boquinha mais limpa que eu amo, né? –olhei pra ele e rimos –.

Enzo: vem, te esperei para o almoço. Sábado de sol, tu esta com sorte.

Confesso que estava faminta, sai depois do café de casa para o aeroporto já mandei mensagem para os meus pais avisando. O AP onde Enzo mora é grande, condomínio fechado todo luxo que meu pai poderia dar, eu era a única que não gostava era mais na minha, claro, sempre tive do bom e do melhor e tudo que eu sempre quis mas odiava o fato das pessoas se aproximarem de mim por conta disso.

Assim que chegamos até o condomínio fechado, o portão abriu e entramos com sua BMW conversível. Enzo estava no último ano de faculdade, sim ele não saiu do colégio e entrou na universidade porque teve sua fase "rebelde", posso dizer que ele ainda é e muito, para vir morar sozinho custou nossos pais deixarem.

Minha mãe era a mais protetora, tinha medo de tudo, principalmente da mãe de Enzo que era muito maluca ele odiava que tocasse no nome dela e a gente respeitava muito.

Enzo: a chave – me entregou – vou ir buscar o almoço que havia pedido e volto logo – sai do carro e fechei a porta – ah, não se assuste se tiver alguém lá encima –ele deu um sorrisinho e saiu –.
 
No mínimo era mulher, sempre tive ciúmes do meu irmão porque o que tinha de interesseira na cola dele desde novinho não estava escrito, óbvio que não iria me assustar se fosse uma puta de uma loira no quarto dele.

Abri a gigante porta e entrei, a sala de estar era enorme fiquei encantada, coloquei a malinha de mão na bancada que havia, virei para o lado e um bar cheio de bebidas importadas e caras, as melhores. Nunca fui muito de sair, mas sempre adorei beber com as meninas de BH, claro, nunca passei dos limites.

Fui subindo as escadas e havia um corredor enorme com algumas portas, 2 quartos dali eu sabia que era de hóspedes o outro era enorme e tinha uma vista bem bonita que dava para a piscina claro quarto de Enzo.

Não havia nenhuma mulher e respirei aliviada por não ter que lidar com uma situação dessa logo no primeiro dia, faltavam dois quartos, abri um e a cama estava desarrumada mas não havia ninguém, abri o último que dava no final do corredor e era todo branco com rosa, sabia que era meu.Enzo conseguia ser o mais cafajeste com todas as mulheres, mas comigo, Analú e mamãe ele era o melhor homem que existia.