Manu
A banda ao vivo estava tocando cada pagode e sertanejo que era pra pessoa sofrer de qualquer jeito, fiquei perto das meninas. A Isa era um amor ela e Enzo não parava de trocar olhares, enquanto as outras duas toda hora cochichava algo e aquilo me irritava bastante.
Começou o funk e eu já estava na terceira garrafinha de Stella não queria passar dos limites na primeira noite, mas eu gostava de um funk, não era muito de dançar por conta da vergonha mas depois de algumas cervejas tudo passa.
Estava com a Isa dançando até que vejo um Deus grego entrando no camarote, como Bruno conseguia ser tão bonito e gostoso assim? Aquelas tatuagens dele chamava atenção, seu olhar desconfiado me fazia pensar em muitas coisas a seu respeito, não perguntei nada sobre ele para o meu irmão e também não queria, afinal, não vim pra cá pra isso.
Seus olhos foi de encontro com o meu, dei um último gole na cerveja e coloquei a garrafinha na mesa ele falou com todos até chegar em mim e na Isa.
Bruno: hm, ela já esta em qual garrafa Isa? – ele perguntou divertindo com a minha cara e ri –.
Isa: perdi até as contas – ela fez uma careta e riu –.
Bruno puxou ela para os seus braços e beijou o topo de tua testa, eles se lembravam um pouco mas não questionei nada, continuei na minha e dali consegui ver uma tatuada abraçada com meu irmão e falando algo fazendo ele rir, quando a mesma percebeu que eu estava olhando foi em direção ao Bruno que estava de costas para ela.
xXx: hm, carne nova no pedaço – falou tão alto que a maioria que estava próximo olhou pra mim –.
Isa: é irmã do Enzo –falou sorridente –.
xXx: que bom – ela deu uma risada sínica e revirei os olhos- hm, abusada ela.
Bruno: seja educada Mariana –falou em um tom divertido e ela revirou os olhos –.
Mariana: educação com quem não tem? É meio difícil – ela riu –.
Manu: mas você nem me conhece meu bem – falei sorrindo e ela fechou a cara –.
Isa: vem Manu, vamos até o toalete.
A festa estava muito boa, me diverti muito com a Isa. Voltamos até o camarote e havia a garota tatuada estava com um papinho gostoso com meu irmão e revirei os olhos, olhei para Isa e ela desviou o olhar bem na hora.
Manu: sei que não é da minha conta, mas... – fiz uma pausa e ela me olhou rindo – você e meu irmão?
Isa: nada sério – ela deu um gole do seu wisk e sorrio – ele na dele, eu na minha. Sem cobranças – ela balançou a cabeça afirmando – sem cobrança.
Manu: mas eu sou mais você, sério. De todas as garotas –fiquei quieta e ela riu –.
Isa: relaxa Manu, conheço a peça do teu irmão.
Manu: eu não acho justo ele iludir ninguém mas só aparece as piores na vida dele, as mais interesseiras.
Isa: já me acostumei, aliás meu primo é igual.
Manu: quem?
Isa: o Bruno – ela riu – sei que estava de olho nele, mas de verdade os dois são iguais – ela balançou a cabeça negando – vem, vamos dançar mais um pouco enquanto é tempo.
A mesma me puxou para o meio do camarote e começamos a dançar, as horas passou voando e Bruno não tirou o olhar de mim um minuto se quer, toda hora seus olhos me procurava até me encontrar e ele sorrir.
Quando deu 04h15 da manhã resolvemos ir embora, como Enzo havia bêbado demais eu vim dirigindo e graças a mim ele não trouxe mulher nenhuma para casa. Assim que entrei no condomínio vi uma moto atrás, acelerou mais um pouco e ficou ao meu lado, abaixei o vidro e era Bruno.
Manu: pois não? – rimos –.
Bruno: vim te ajudar com Enzo, faz tempo que ele não dá PT assim –ele ri –.
Manu: sei cuidar dele tá?
Bruno: marrenta demais, to fazendo por ele e não por você – ele mostrou linguá e revirei meus olhos –.
Entramos em casa e Bruno segurou Enzo de um lado e eu do outro, subimos as escadas e ele resmungando muito.
Coloquei-o na cama e ele virou para o lado e dormiu, tirei sua roupa deixando-o apenas de cueca não era constrangedor afinal crescemos juntos e sim, as meninas se perdiam no meu irmão e eu sabia o porque.
Fechei a porta do quarto e desci, Bruno estava parado na bancada da cozinha com um copo de água na mão, ele sorrio quando me viu e não tive nenhuma reação, abri a geladeira e peguei uma jarra de água gelada.
Bruno: tu é calada assim sempre? – antes mesmo de responder ele falou – não, te vi conversando muito com a minha prima hoje – ele riu igual um idiota –.
Manu: você é desses de responder a pergunta de todos assim? Sem ao menos esperar uma resposta? – guardei a jarra e dei um gole da minha água gelada.
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Nem todo erro é errado |
Ficção AdolescenteEscritora: Ju Rabetão • Respoansável pela história: Letícia +16 | Manuela, mais conhecida como Manu. Filha da Mia e Henrique, atualmente com 20 anos mudou para São Paulo para terminar sua faculdade de direito e começar uma nova vida longe das asas...