Capítulo 4

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Manu

Bruno: sou dessas, e muito mais – ele deu uma risada safada e um último gole –.

Manu: engraçadinho – mostrei linguá – vou ir dormir, acho que você deveria fazer o mesmo, preciso trancar a porta.

Bruno: tá me expulsando? – riu e colocou o copo na pia – eu tenho a chave princesa.

Manu: princesa? – bufei de raiva o que fez ele chorar de rir, no mínimo estava bêbado –.

Bruno: vai lá, vou deixar tu descansar – ele ficou em pé e caminhou em minha direção – boa noite linda – sussurrou em meu ouvido e senti meu corpo se arrepiando –.

Subi correndo para o meu quarto, tranquei a porta e me fui direto para a varanda e consegui ver ele saindo com a moto, seu último olhar me fez imaginar mil coisas e afastei os pensamentos rapidamente, tirei aquela roupa e tomei um banho rápido, vesti minha camisola e deitei, precisava descansar muito, coração acelerado para o primeiro dia.

Meu celular não parava de vibrar e era Analú querendo saber como havia sido a noite, Enzo havia postado uma foto no mínimo. Contei a ela enquanto desarrumava as minhas malas, ela riu quando contei de Bruno e que respondi a garota tatuada, desliguei logo e tomei um banho antes de descer afinal, não tinha como saber quando aquela casa estaria cheia ou não, desci e Enzo estava na piscina fui até ele e o mesmo abriu um sorriso lindo.

Enzo: bom dia mana.

Manu: ta bem? – perguntei rindo e ele fez careta –.

Enzo: curamos a ressaca assim – levantou uma latinha de cerveja e rimos –.

Manu: tô vendo que estou perdida aqui.

Enzo: claro que não, Analú já disse que quer vim morar aqui –ele riu –.

Manu: dúvido nada.

Enzo: vou tomar um banho e encontrar com os moleques, quer ir junto?

Manu: não, vou ficar lendo um pouco – sorri –.

Enzo: então tá meu orgulho –ele saiu da piscina e beijou minha testa –.

A empregada já havia preparado o almoço já que era 13h00 da tarde, então resolvi almoçar sozinha mesmo.

Manu: quer almoçar comigo? – perguntei a Beth –.

Beth: não senhorita Manu, não precisa, obrigada – ela sorrio sem jeito –.

Manu: Ah Beth – fiz bico –.

Ela riu mas não aceitou, disse que o trabalho era em primeiro lugar e não questionei. Acabei de almoçar e fui para o sofá ler um livro de Penal afinal queria voltar com tudo, era domingo e hoje não iria sair precisava focar no que eu vim fazer em São Paulo.

Bruno

Saí da casa de Enzo e acelerei pra minha que ficava praticamente do lado, meu AP estava em reforma então estava morando com os meus tios, os pais de Isa, por isso considerava ela como minha irmã, já que perdi meu pai em um acidente de carro aos 8 anos e depois disso minha mãe simplesmente largou tudo, disse que não tinha condições de me criar sem meu pai, que amava muito ele.

Depois de uns 7 anos eu ouvi em uma conversa do meu tio que ela havia sabotado o carro do meu pai para ficar com toda herança dele, minha família é muito rica, família de advogados e ela era uma qualquer quando meu pai a conheceu.

Afastei todos os pensamentos quando entrei em casa, passei pela sacada e Isa estava lá com um cigarro de maconha eu odiava vê-la fumando pois sabia que algo não estava certo. 

Bruno: dá isso aqui – peguei o cigarro e ela me olhou bem feio –.

Isa: eu preciso Bruno –resmungou –.

Bruno: não precisa, o que houve? –dei um trago e soltei a fumaça –.

Isa: nada – cruzou os braços –.

Bruno: eu te conheço a anos –ri  – o que Enzo fez?

Isa: o que aquela vagabunda da Mari fez né? Meu Deus Bruno, como você consegue se envolver com uma pessoa assim? 

Bruno: só uma pegada de vez em quando – ri e ela bufou mais uma vez – vem cá, vamos ir dormir. 

Puxei ela pela mão e guiei até seu quarto, dei um beijo em sua testa de boa noite e ela fechou a porta. Fui direto para o meu, já estava amanhecendo quando acabei pegando no sono. 

Domingo era dia da preguiça, quer dizer de vez em quando porque Enzo já agitava algum role pra gente fazer. Levantei na hora do almoço, tomei um banho e vesti uma bermuda branca, uma camisa preta e um sapatenis, peguei meu óculo e a chave da moto, o sol estava estralando lá fora, desci e Isa estava no sofá com um super livro na mão ela era apaixonada por medicina mas meu tio queria que ela fizesse direito e é isso que ela esta tentando fazer a 4 anos. 

Isa: já vai Bruninho – ela disse rindo, as meninas sempre me chamavam assim  –.

Bruno: cala a boca Isabela –joguei uma almofada e a mesma resmungou  –.

Daniel: amanhã cedo teremos uma reunião na empresa Bruno, por favor não dê outro PT daqueles em – falou sério  –.

Isa: vai – ela gritou da sala rindo  –.

Bruno: tá bom tio, mais tarde eu to aqui.

Nem todo erro é errado |Onde histórias criam vida. Descubra agora