Capítulo 9

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Bruno  

Depois que Manu foi embora acabei indo pra casa também, iria treinar amanhã cedo e queria dormir cedo. Cheguei em casa e Isa não estava lá era de imaginar que ela estivesse com Enzo, nunca liguei para a relação dos dois ele é meu melhor amigo e ela minha prima, não me intrometo.

Mandei mensagem para Manu, peguei o número dela no celular da Isa se ela souber vai me matar, acabei dormindo logo já estava com um pouco de álcool no corpo mesmo então foi fácil. Celular despertou e desliguei, levantei de vez e joguei uma água no corpo, coloquei uma bermuda solta, tênis e uma camiseta, desci para tomar um café rápido e meu tio estava lá.

Não conversamos muito, ele ainda estava bolado porque eu cheguei atrasado no dia da reunião mais nem liguei, saí e fui de carro para o Ibirapuera comecei a correr aquilo de certa forma me aliviava e tirava um peso das minhas costas e diminuía toda raiva que eu sentia, mais tarde iria pro box e iria ficar melhor ainda. Avistei de longe aquela morena bem gostosa dei um sorriso antes mesmo dela me ver, segurei em sua cintura e apertei devagar fazendo ela virar rapidamente e dar um soco em meu peito. 

Bruno: nossa – falei colocando a mão no peito e rindo –.

Manu: ai meu Deus, Bruno desculpa... – falou nervosa – eu não sabia, aí... 
Bruno: calma linda – ri e ela fez careta –.

Manu: nem doeu né idiota? –falou rindo –.

Bruno: que bom te encontrar aqui.

Manu: claro, ótimo. Em pleno sábado de manhã – deu mais um gole em sua água sem tirar os olhos de mim –.

Bruno: vou fazer um último circuito me acompanha? 
Manu: vamos – ela deu um sorriso tímido –.

Corremos alguns minutos em silencio, Manu observava tudo admirado tudo ali era lindo e ela conseguia deixar mais ainda. Paramos no estacionamento onde estava o meu carro, observei enquanto ela fazia um novo rabo de cavalo no cabelo. 

Manu: o que foi? – perguntou ela rindo –.

Bruno: você é linda assim sempre? 

Manu: nem vem em Bruno –ela revirou os olhos –.

Bruno: só uma pergunta linda.

Manu: faz isso com todas?

Ri alto, ela era abusada demais. Nunca nenhuma garota me respondeu ou algo do tipo, acho que pelo meu jeito meio bruto, mais Manu não, ela tinha um lado meu que eu não conhecia e aquilo estava me assustando bastante. 

Bruno: vai pra casa agora? –falei enquanto destravava o carro –.

Manu: vou, preciso de um banho real – ela riu –.

Bruno: eu te levo lá.

Manu: não precisa se incomodar.

Bruno: afinal, como você veio? 
Manu: de ônibus ué – rimos –.

Bruno: não veio de táxi, nem uber? 

Manu: pra que? 
Bruno: você é filha da Mia Alcantra, porra.

Manu: olha a boca Enzo dois –revirou os olhos e ri – ela é minha mãe, mas o que tem? 

Bruno: Enzo nunca iria andar de ônibus tendo um puta carro em casa – ri –.

Manu: Enzo é Enzo né Bruno –seus olhos encontraram os meus e senti um arrepio na espinha – não ligo muito pra essas coisas, as pessoas te tratam diferente quando descobrem quem você é. 

Bruno: sei bem como é isso –revirei os olhos –.

Manu: não é fácil ser filhos de advogados renomeados – ela falou com um riso divertido –.

Bruno: não é mesmo – ri – agora vamos, vou te deixar lá em segurança.

Ela não questionou apenas confirmou com a cabeça que sim, entramos no carro e ela foi direto colocando o cinto, certinha demais.

Coloquei 3030 percebi que ela gostava, acelerei e saímos do parque não demorou para chegar até o condomínio fechado onde Enzo morava, olhei no relógio e marcava 12:40 quase na hora do box. 

Manu: obrigada pela carona Bruno – falou baixinho mal pude ouvir –.

Bruno: por nada linda, foi um prazer – olhei em teus olhos e ela ficou tímida mas ainda conseguiu dar um sorriso –.

Esperei ela sair do carro e entrar para sair de lá, cheguei no box e a galera já estava lá. Enchi minha garrafa de água e fui treinar. 

Leandro: treinou leve hoje Bruninho, o que houve? –perguntou rindo –.

Bruno: Vai a merda Leandro, to tranquilo hoje, já fiz minha corrida cedo.

Leandro: ih, milagre correr e vim treinar com a gente.

JP: tem coisa errada aí em meu parceiro.

Bruno: não fode vocês dois.

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