Capítulo Único

82 4 87
                                    

Essa é uma fanfiction oneshot. Espero que vocês gostem. Não tenho andado nos meus melhores dias para criar boas histórias, ter um bom desenvolvimento, porém não consigo ficar sem escrever. Fiz um pouco do melhor que eu poderia no momento.

Se vocês gostarem, nem que seja um pouco, eu já vou ficar muito feliz.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX------XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX



Todo Esse Tempo

- Chloe, não se preocupe. Nós vamos passar por isso, eu vou ficar bem.

Foi isso que o meu único e melhor amigo disse seis meses antes de morrer.

Hoje faz exatamente um ano que o Gregory morreu, um maldito câncer o tirou de mim sem sequer pedir permissão.

Estou em frente a seu túmulo, vim lhe fazer um pouco de companhia e lhe trazer novas flores.

É um dia chuvoso numa tarde de verão na cidade de Lincoln, estou toda molhada, mas não me importo. Desde que ele morreu, esse passou a ser o lugar que mais frequento. Meu mais novo lugar favorito.

Maldita vida desgraçada. Não bastava tirar os meus pais, teve que tirar a única pessoa que me restava.

- Não culpe a vida por isso, CC. Todo mundo morre um dia, não seria diferente comigo – Sorri para mim, como se sua vida não estivesse por um fio.

Como eu gostaria de ser forte como ele foi. Sua doença o abalava, mas ele estava tão mais preocupado comigo que não demonstrava uma vez sequer.

A única vez em que ele chorou foi quando os médicos falaram que o melhor para ele parar de sofrer, era o sedando. Eu fui contra, mas, em meu intimo, eu sabia que era o certo a ser feito. Naquele dia passamos a noite chorando, abraçados. O mantive em meus braços o tempo todo até ele dormir para sempre.

Enxugo as lágrimas que rolam por meu rosto e fungo.

- Eu te amo, Gregory. A cada dia que passa, eu sinto mais a sua falta.

Agacho-me e toco em sua foto na lápide.

Endireito as flores que o vento bagunçou e, com uma última olhada, me despeço e caminho para meu carro.

- Quer ir para casa? – Finn pergunta.

Finn é um amigo que fiz na faculdade. O único que realmente fiz questão de manter por perto após o fim do meu curso.

O Greg sempre me pedia para fazer novos amigos, que eu não me isolasse do mundo mais uma vez. Ele sempre temeu isso...

Bom, acho que ele está orgulhoso de mim. Eu meio que cumpri com minha palavra.

- Sim, por favor – Ele dá partida no carro sem falar mais nada.

Eu explico o porquê o Greg me pediu para não me isolar do mundo mais uma vez.

Eu sou órfã desde os meus oito anos de idade. Meus pais morreram em um naufrágio. Ninguém nunca me contou os detalhes por eu ser pequena demais e, depois que eu cresci, nunca procurei saber. Só me machucaria ainda mais.

Eu morava em Dakota do Sul, mas fui mandada para o orfanato em Lincoln, Nebraska. Foi lá que conheci o Gregory. Ele se tornou meu amigo inseparável e, mais tarde, minha única família.

Quando completamos dezoito anos, duas coisas aconteceram em nossas vidas: enquanto eu recebia a notícia de que tinha uma herança gorda dos meus avós me esperando, ele recebeu a notícia de que seu pai, agora viúvo, o procurava arrependido. E pasme, não bastando isso, ele ainda teve mais uma bomba jogada encima dele: Gregory tinha um irmão gêmeo.

Todo Esse TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora