2010

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- Me lembre de nunca mais beber. – Disse abrindo os olhos e tentando levantar, o que foi inútil, sua cabeça parecia pesar uns 20kg.

- Que horas são? E por que você está gritando? – O rapaz disse ainda de olhos fechados.

Ao escutar aquela voz seu coração parou e suas dores passaram na hora. Tanto ela quanto ele levantaram da cama se olhando.

- Isso não pode estar acontecendo. – Ela levou as mãos para o rosto.

- Vamos fingir que a noite passada não aconteceu. – Weeler disse olhando para a garota que tinha somente o lençol na frente do corpo.

- Não precisamos fingir, se eu não lembro é porque não aconteceu. Você lembra de algo? – Disse olhando para o rapaz e arrumando o lençol que por um minuto quase caiu. Ele negou com a cabeça e ela quase sorriu. – Ótimo, vou pegar minhas coisas e ir. – Mas ao tentar se virar sua cabeça parecia que iria explodir e seu estômago sair pela boca.

Max começou a rir, ele mais do que ninguém sabia como era ruim ter ressaca, desde que sua banda estourou ele não tinha mais limites para nada, a não ser quando estava perto de Alexia, ele abria mão de qualquer coisa pela companhia da mesma, porém desde o começo, a relação deles nunca deu muito certo, até deu por mais o menos um ano, mas eles pensavam diferente em diversos pontos e aquilo acabava atrapalhando a relação, mais um caso daqueles em que o amor não é o suficiente para manter uma relação em pé.

- Remédio? – Disse se abaixando e abrindo uma das gavetas da cômoda e pegando de lá uma cartela e entregando para a menina. – Tem água no frigobar. – Ela não disse nada quando pegou a cartela mas sorriu, não por muito tempo e foi em busca de um pouco de água.


**


- Vocês o que? – Amy disse se jogando na cama ao lado da amiga.

- Credo, não grita. – Alexia disse fazendo uma cara feia. – A gente acordou no mesmo quarto, na mesma cama e sem roupas, porém não lembro de nada do que aconteceu.

- Mas você sabe que aquilo aconteceu certo? – Ela queria acreditar que não, mas os fatos não mentiam em relação aquilo. – Quando eu fui embora você estava conversando com Philipp, meio alta, mas ainda sabia o que estava fazendo.

- Eu falei com o Philipp milhões de vezes, não lembro de você indo embora, lembro somente que Oly veio me dar tchau dizendo que te deixaria em casa, coisa que eu sei que não é verdade, vocês não me enganam, Oly pode ser um idiota, mas é o idiota que te ama. – Disse sorrindo e pela primeira vez desde que elas começaram a conversar, ela olhou para Amy.

- Cala a boca idiota. Diferente de você e o Weeler, nós não fizemos nada de mais ok, tudo bem que fomos para casa dele, mas só conversamos, eu tinha muita coisa para fazer hoje de manhã e ele também estava cheio de trabalho, não demorei muito para vir para casa. E já que você tocou nesse assunto, Max é um idiota? É um idiota, porém um idiota que te ama. Do mesmo jeito que você é uma idiota que o ama.

- Você sabe que o amor não é o suficiente.

- Você e esse seu amor insuficiente. É só olhar para vocês, vocês foram feitos um para o outro, porém vocês não querem abrir mão de algumas coisas e ficam falando que o amor não é o suficiente. Qualquer um sabe que com você ele é uma outra pessoa, continua sendo um egocêntrico babaca? Continua, mas ele é uma pessoa melhor, com você ele é uma pessoa melhor.

- Eu não posso simplesmente abrir mão da minha carreira e da minha futura família porque o senhor todo poderoso fucking famosinho não tem tempo para ficar em casa e dar atenção para os filhos. Do mesmo jeito que ele não se vê em uma família, eu não me vejo sem uma Amélia. Você mais do que ninguém sabe que o meu maior sonho é se casar e ter minha família, e eu não vou abrir mão disso, não agora. Do mesmo jeito que eu não estou pronta para abrir mão desse sonho, ele também não está. Eu o entendo, ele é lindo, rico e agora famoso, e ele deve aproveitar isso, porém eu não posso o acompanhar nessa vida de famoso. 

In The Name Of LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora