Infinitamente para sempre...

Grande ideia...

Em meio a minha indignação, estava o pensamento de como iria descontar em Jeff o susto, pensei em invadir a casa dele no meio da noite, mas me lembrei que ele mora com a mãe e se ela me avistasse invadindo a casa iria chamar a polícia, isso acabaria com o resto de chance que eu tinha de me encontrar com Juliana. Resolvi fazer uma resposta ao bilhete misterioso e joga-la pela janela do quarto de Jeff.
Escrevi num papel: " Até hoje não sei o valor de minha vida, quero que me ajude a descobrir", já que se tratava de uma guerra resolvi desafiar meu inimigo para ver até onde ele iria. Coloquei o papel em um envelope e esperei o entardecer da noite para me direcionar à casa de Jeff. A janela do quarto dele dava de frente para um beco que ficava à esquerda da casa, por sorte não era muito alto, precisei apenas de alguns blocos e tábuas para alcançar a janela que estava aberta e com apenas as cortinas fechadas. Fiz um gesto sutil de abrir uma fresta na cortina para observar o interior do quarto, a luz estava apagada, oque iluminava o quarto era um abajur que estava encima de um criado-mudo  ao lado da cama de Jeff que estava vazia. Achei estranho a cama vazia pois passava de 00:00hrs e nunca ouvi dizer que Jeff saia pela madrugada, ainda mais no meio da semana.
Esperei alguns minutos para me certificar de que ele não estava realmente lá, imaginei que tivesse ido ao banheiro, mas ele realmente não estava lá, resolvi me aproveitar da situação para bancar o detetive, liguei a lanterna do telefone e entrei no quarto, comecei a vasculhar o armário, as gavetas, embaixo da cama, todos os lugares que me vieram a mente eu procurei, mas não encontrei nada que incriminasse Jeff. Resolvi olhar o criado-mudo ao lado da cama, quando abri a primeira gaveta vi uma foto de Jeff, uma mulher e uma criança, o rosto da mulher era muito parecido com o da mulher que eu havia conhecido no bar domingo a única diferença eram seus cabelos loiros, enquanto eu analisava a foto escutei o barulho do portão fechar, coloquei a foto as pressas no local onde havia à pegado, e sai desesperado, resolvi não deixar meu bilhete pois tinha ficado muito intrigado com aquela foto que havia acabado de ver. Quando desci da janela a luz do quarto se acendeu, me escondi atrás de uma lixeira que estava no beco e observei Jeff fechar a janela e apagar a luz, me certifiquei de que ninguém estava me vendo e saí do meu esconderijo.
Voltei para casa com a cabeca cheia de incertezas, — quem serão aquelas pessoas na foto com Jeff?, onde será que ele estava? O que ele está planejando?. Quando cheguei fui me deitar, e novamente o telefone tocou, como da primeira vez ninguém disse nada. Já estava começando a ficar com medo da situação.
Ja se passavam das 2:00hrs esolvi ligar para Augusto ele era o único que sempre estava acordado aquela hora da madrugada, pois ficava a noite toda jogando no computador.
— Alô, Augusto?...
— Fala Carl, você à essa hora? O que aconteceu?...
— Não aconteceu nada, mas parece que está pra acontecer cara!...
— Como assim mano? Você tá me assustando.
— Tenho certeza que você não está mais assustado que eu meu amigo, des de que eu conheci aquela mulher domingo está tudo diferente!...
— Pô cara, você me liga a essa hora pra me falar que tá apaixonado? Palhaçada em!...
— Cala a boca cara, não estou falando que estou apaixonado, estou falando de Jeff seu burro, o cara esta todo estranho comigo...
— Pô mano o Jeff é estranho você sabe disso!...
— Sei que ele é estranho, mas não ao ponto de querer me matar cara!...
— Como assim Carl? Jeff matar você? Que tipo de piada é essa?...
— Não é piada nenhuma, será que dá pra agente se encontrar? Não da pra explicar por telefone!...
— Dá sim mano, me espera naquele posto 24:00hrs perto da prefeitura, aquele que nós tomamos um café aquele dia que fomos na casa da sua tia...
— Ok, vou estar lá às 3:30hrs...
— OK.
Peguei as chaves do carro e fui depressa para o posto esperar Augusto, cheguei lá por volta das 3:10hrs, pedi um café enquanto esperava Augusto chegar.
Não parava de olhar para o relógio, estava muito ansioso, a garçonete notou e me perguntou se estava tudo bem, respondi que sim, disse era apenas uma mania de olhar hora, ela se afastou olhando para mim como quem sentisse medo ou coisa do tipo.
3:43hrs vi o carro de Augusto encostando enfrente o posto, ele entrou na lanchonete onde eu estava e se sentou no assento de frente para o meu na mesa.
— E aí cara? Me explica oque tá acontecendo!.