A rapariga arrumava o quarto quando deslumbrou um rapaz vestido em tons de azul, pele pálida, olhos glaciares em contraste com o cabelo branco farto, junto à janela.
Olhou para cima e viu que um vaso pairava sobre a sua cabeça. Largou os livros que carregava na secretária. Suspirou e encarou-o.
- Então está na minha hora? – o rapaz assentiu. – Eu posso escolher uma maneira diferente, sem ser um vaso a cair-me em cima?
O rapaz fitou-a com uma pergunta nos olhos. Ela tomou isso como iniciativa e dirigiu-se à cama, deitando-se. O vaso deslizou para cima de uma prateleira e lá ficou. Ela fez sinal para ele se juntar a ela. Instantes depois estavam deitados frente a frente. Ela aproximou-se dele abraçando-o e encostando o rosto à sua clavícula. Ele manteve-se imóvel. Ela olhou para cima, para ele, e lentamente uniu os seus lábios aos dele num breve e delicado beijo. Descansou a cabeça na curva do pescoço e inalou o cheiro do rapaz.
- Obrigada. – sussurrou.
E então, em vez de a magoar, o rapaz abraçou-a ternamente e esperou que esta se torna-se fria. Quando isso aconteceu uma lágrima escorreu pelo seu rosto e assim que caiu no travesseiro evaporou.
Então a morte largou a rapariga e desapareceu, seguindo para o próximo compromisso, deixando-a a dormir o sono eterno.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Aceitação
FantasySinceramente não sei como descrever esta minha mini história, mas também não vos irá custar muito lê-la visto que apenas contém sete parágrafos. Bem.... E se expusermos da seguinte forma: Imagina que estás num normal e calmo dia a arrumar o teu quar...