Capitolo uno

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Estaciono a moto em uma boa distância da joalheria nem tão famosa assim. Analiso a movimentação e as câmeras. Quando checo o meu celular e percebo que faltam apenas três minutos para que a loja feche, ergo um dos braços e com um tiro certeiro, destruo a única câmera que seria capaz de me capturar.

Aproximo-me um pouco da loja e deslizo o dedo pela tela do aparelho, encontrando o contato e ligando para o Mrfier.

— Já fez o seu serviço? — mal tenho tempo de dizer nada antes que ele pergunte.

— Não. Falta apenas um minuto para que eu ainda possa fazer com que isso pareça um assalto. O valor subiu, e eu quero cinquenta mil à mais.

— O quê? Esse não era o combinado, cara. Eu não...

— Pode transferir para a minha conta bancária — continuo, passando os meus dados — Tik tok, o tempo está correndo.

— Estou transferindo. Espero que eu não me arrependa — Mrfier solta um muxoxo antes de encerrar a ligação.

Sorrio ao ver os números subirem em minha conta. Ajeito as luvas em minhas mãos e coloco o celular em meu bolso traseiro.

Erasm era o dono da joalheria e já havia dispensado os seus funcionários. Estava sozinho, o que facilitava e ao mesmo tempo me desanimava. Empurro a porta de vidro com a ponta dos dedos cobertos e encaro o idoso, checando se aquele era mesmo o meu alvo. Notando que sim, era ele, saco a arma e atiro. Dois tiros: um na cabeça e um no peito.

Observo o corpo mole de Erasm atingir o chão, aparentemente sem dor. Caminho em passos pesados até o caixa. As notas de dinheiro e grande parte das joias são colocadas em minha mochila antes que eu deixe a loja.

Era simples e eu já havia parado de sentir compaixão pelas pessoas há muito tempo.

Estava em meu escritório. Em meus dedos estava um cigarro. Era um vício, eu sabia disso.

O toque do meu celular soa pelo local. Agarro o aparelho e atendo a ligação que vinha de um número confidencial.

Alô? — digo.

Zayn Malik? — a pessoa responde. A voz era bonita e suave.

Eu mesmo. Do que se trata? — endireito-me sobre a cadeira e coloco o cigarro sobre a mesa de vidro.

Poderia vir até a minha empresa? Eu soube que é assassino de aluguel— a frase é dita em um tom quase que sussurrado.

Claro. Diga-me o endereço e o horário, e estarei lá — espero pela resposta e quando a tenho, anoto-a em um bloco de notas.

Quando vier, diga que deseja falar com Gomez e te levarão à minha sala.

Tudo bem. Vejo-te às oito horas — respondo, logo encerrando a ligação.

Sou levado à sala da pessoa que havia falado comigo mais cedo, Gomez. A secretária me acompanha de boa vontade, e não era difícil notar que ela parecia rebolar mais que o normal enquanto caminhava.

— A senhorita Gomez está lhe esperando — diz a loira, quando chegamos em uma das portas mais chamativas do local. Os cabelos loiros estavam presos em um coque, o que lhe dava uma aparência mais séria. Assinto com a cabeça, demonstrando compreensão e toco a maçaneta, girando-a e invadindo o local.

As paredes tinham um tom de branco amarelado e todo o local era lotado de detalhes em ouro. As janelas eram enormes e tudo parecia ser incrivelmente caro, desde a poltrona onde a mulher estava sentada à até mesmo o grandioso lustre de cristais.

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⏰ Última atualização: Aug 14, 2019 ⏰

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