Um ano

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- Amiga quer uma carona para o trabalho?
- Não amiga eu acho que eu vou sozinha hoje.
- Mas você vai do que Juliana?
- Ai Karina acho que vou usar meu carro mesmo.
- Você está louca amiga, já faz um ano que você não dirige.
- Sim, desde que meu marido morreu.
- Você está bem?
- Não muito, pois exatamente hoje faz um ano que o Lucas morreu!
- Desculpa amiga, como eu sou insensível, eu não fazia ideia.
- Não se preocupe  amiga você não tem culpa de nada.
- Tenho sim, eu tinha que ter lembrado você é minha melhor amiga.
- Eu sei amiga, mas não fica assim, porque eu estou tentando seguir em frente acho que isso é o que ele iria querer.
- Claro que sim, mas não abusa amiga deixa para dirigir o carro outro dia e vai de Uber.
- Não amiga eu tenho que superar tudo isso e eu não vou conseguir se não começar a tentar, e dirigir esse carro é o meu primeiro desafio.
- Mas Juliana me ouça por favor.
- Fica tranquila, vai dar tudo certo.
- Amiga você está sendo teimosa.
- Tchau Karina a gente se vê no trabalho, bjs te amo.
- Também te amo amiga, boa sorte, se cuida e se precisar de alguma coisa qualquer coisa me liga.
- Está bem amiga se precisar de alguma coisa eu te ligo.

Alguns minutos depois...

- Karina o meu carro não quer engatar a marcha o que faço, chamo um mecânico, por acaso conhece algum?
- Ai amiga cada coisa é só chamar alguém para te ajudar que esteja passando  na rua que saiba dirigir.
- Ah boa ideia melhor eu perguntar para ...... (telefone ficou mudo)
- Juliana, fala comigo o que aconteceu?
- Moça desculpa, mas a mulher que estava falando com você acabou de ser atropelada.
- Meu Deus eu não acredito.
- Desculpa te falar assim, mas eu tinha que contar a verdade.
- Por favor, me fala o que está acontecendo agora nesse exato momento, ela está viva?
- Os bombeiros estão atendendo ela!

Policial se aproxima

- Esse é o celular da vítima?
- Sim Senhor!
- Com quem estava falando?
- Acho que é parente da mulher atropelada!
- Me passa esse celular agora.
- Sim Senhor me desculpe.
- Quem é você e qual a sua relação com a vítima?
- Eu me chamo Karina trabalho com ela a anos, somos muito amigas e elas estava falando comigo na hora do acidente.
- Ah sim, a sua amiga está recebendo atendimento não se preocupe.
- Para aonde vão levar ela ?
- Para o Sírio libanês.
- Muito obrigado Senhor policial estou indo para lá agora.

Karina chega ao hospital

- Doutor como a minha amiga está?
- Desculpa eu só posso dar informações a família!
- Mas eu sou a única família que ela tem aqui, os pais moram no interior e o marido dela faleceu a um ano nesse mesmo hospital também de acidente!
- Meu Deus que coincidência terrível.
- Pois é Doutor e por isso eu preciso de notícias.
- Tudo bem, mas você poderia passar para as enfermeiras o telefone da familia dela para que possamos colocá-los a par do que está acontecendo é importante, pois a sua amiga não está bem.
- O que aconteceu?
- Como você já deve estar sabendo ela foi atropelada e o motorista estava fugindo de uma blitz em alta velocidade, e bateu contra o corpo dela a arremessando a 100 metros para frente, ela teve várias escoriações, múltiplas faturas pelo corpo e um baço perfurado que está causando hemorragia interna, mas o mais grave foi que ela bateu a cabeça e se encontra com um coágulo grande na cabeça.
- Meu Deus Doutor ela corre risco de morte?
- Sim, por isso precisamos da família para tomar as decisões importantes quando chegar a hora.
- Que negócio é esse de hora doutor eu não estou te entendendo?
- Calma por enquanto tudo isso é prognóstico!
- Doutor ela não pode morrer, salva ela pelo amor de Deus.
- Fique tranquila farei tudo que estiver ao meu alcance.
- Quando tiver mais notícias eu venho te contar.

Os pais de Juliana chegam ao hospital e ficam desesperados ao saber que a filha está em uma cirurgia que ja durava mais de cinco horas.

- Calma Senhora Cleide lá vem o médico.
- Ah meu Deus por favor que ele não diga que minha filha morreu.
- Calma Dona Cleide vamos aguardar, se Deus quiser vai dar tudo certo.
- Oi Doutor como a minha filha está?
- Senhora Cleide é o seguinte a sua filha teve múltiplos ferimentos pelo corpo, acabou batendo a cabeça com muita força o que acabou ocasionando um coágulo na cabeça por isso ainda não podemos opera-la, mas fizemos cirurgia para reparar o osso do braço que quebrou em dois lugares, e uma cirurgia para conter a hemorragia interna que ela teve pelo fato de ter tido o baço atingido com a pancada.
- Ela está bem posso falar com ela Doutor?
- Infelizmente ela está em coma induzido até que possamos opera-la do coagulo na cabeça.
- Mas eu posso vê-la?
- Pode sim, mas pelo vidro, tudo bem?

A mãe de Juliana observava desesperada pela janela a situação da filha, porém ela não podia imaginar é  que a filha conseguia ouvir tudo mesmo estando em coma.

- Lucas você não morreu?
- Meu amor claro que sim!
- Então porque eu estou te vendo?
- É porque você está quase morta também.
- Então eu vou morrer ?
- Isso depende!
- Mas depende do que?

Continua.....

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