Já fazia duas semanas que Hinata havia começado seu trabalho como Babá de Sarada. A menina de cabelos negros era linda e educada, apesar de um pouco explosiva e bruta as vezes. Hinata se divertia cuidando da garotinha, passeavam pela cidade indo ao zoológico duas vezes na semana, iam no shopping uma vez e viam filmes no cinema com a mesma frequência. Hinata a entretia em casa também, com jogos, brincadeiras e conversas animadas sobre qualquer assunto que a criança quisesse falar.
A Hyuga era apaixonada na garota. Via nela algo familiar porém, não sabia dizer o que era. Talvez fosse apenas por ela ter olhos e cabelos tão negros quanto os de seu irmão Sasuke.
“Hina-chan, podemos fazer brigadeiro hoje?”, perguntara com os olhos pedintes, enquanto a mais velha lhe olhava com ternura e sorria.
“Claro, Sarada-chan. Me ajude com os ingredientes, pegue-os no armário onde sua mãe os guarda, sim?”, respondeu se levantando do sofá e já levando a garota pela mão até a cozinha. Enquanto a menina mexia no armário fazendo uma bagunça, Hinata ria e pegava a panela para por no fogo. Logo puderam ouvir passos e o rosto de Naruto surgiu no batente da porta da cozinha, as olhando sorridente.
“Eu ouvi a palavra brigadeiro?”
“Papa!”, gritou a pequena esquecendo-se do que fazia e pulando nos Braços do homem loiro, que amparou erguendo-a no colo.
Esse era a grande questão de Hinata. Aquele homem lindo e incrível, que tanto a seduzia apenas com um sorriso. Sabia que era errado, que não deveria olhar de forma tão desejosa para um homem comprometido, e muito menos quando este era marido de sua patroa. Porém a atração era forte demais e qualquer movimento dele lhe deixava excitada e quente.
Sentiu a face corar e rapidamente voltou ao preparo do brigadeiro, enquanto ouvia os dois conversarem atrás de si, no balcão da cozinha. Sakura havia contado superficialmente que engravidara de um caso na faculdade. O cretino não quis assumir, a deixando Desesperada, sozinha e sem apoio. Naruto que era seu melhor amigo e apaixonado por ela, propôs assumir a criança. Ele, desde então, ajuda a criar a garota, Sakura largou os estudos e o Loiro se dedicava completamente a sua arte, pintando quadros e esculpindo. Ele não era muito famoso mas suas obras eram admiráveis, logo, ele fazia exposições a cada período e conseguiam um bom dinheiro para viverem.
Ou seja: Hinata era obrigada a ver aquele pedaço de mau caminho o dia todo sem camisa, cheio de tinta e deliciosamente esculpido pelos deuses para tentá-la. Não apenas seu corpo, mas o sorriso espontâneo que ele tinha, a forma como tratava a filha, a forma como a tratava e claro, a sensibilidade, que apenas um artista tinha com o olhar observador. Sempre perguntava se ela estava bem e ele sempre sabia quando ela estava mal ou triste por algo. Por uma questão de respeito, ela se mantinha com respostas evasivas, Sempre se esquivando, já que o causador de seus suspiros era o próprio.
Terminou o preparo do doce e colocou a panela fumegante no balcão. Entregou uma colher a cada um presente para assim comerem do doce ainda quente. Essa era uma mania que a Hyuga tinha e eles acabaram aderindo.
“Está tudo bem, Hina?”, perguntou o homem com o olhar fixo na garota. Ela sentiu um arrepio em sua nuca ao erguer os olhos da panela e encarar aquelas íris azuis profundas.
“H-hai, Na-Naruto-Sama”, respondeu corada levando a colher cheia de brigadeiro a boca, tentando dar uma desculpa para não falar. Seu olhar também desviou do dele encarando fixamente o chão com o rosto vermelho.
“Hina-chan está com febre papa?”, o olhar de Sarada era curioso, chegando a se esticar no colo de Naruto para observar melhor sua babá.
“Não acho que seja febre, querida. Hina deve estar apenas cansada.”, respondeu amorosamente puxando a filha e beijando sua cabeça.
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Envolvidos
FanfictionFim de Ano, festas e comemorações. O encerramento de um ciclo e o começo de outro, para muitos essa época significava um momento para pensar nas mudanças que deveriam fazer em prol de sua felicidade futura. Para Hinata não era muito diferente. Havi...