[Cada capítulo aborda uma situação diferente na vida da protagonista(você). Todos os capítulos seguem uma ordem cronológica, exceto os capítulos 1 e 2.]
Muitos me perguntam: "Como é ser casada com o Min Yoongi?"
Bom, não é tão simples, mesmo com o...
Depois de duas semanas, as aulas do N/F finalmente começaram. O menino estava empolgado com seu primeiro dia e S/N e Yoongi também, pois poderiam ter um tempo de descanso enquanto o pestinha estudava.
Depois de serem acordados pelo pequeno animado, S/N o arrumou impecavelmente, com o uniforme da escola e desceram para a cozinha, onde encontraram um Yoongi sonolento, pondo a mesa do café da manhã.
— Bom dia, meus amores... — Disse ele lentamente, com a voz rouca por conta do sono e com os olhos quase fechados.
— Appa~ Vamos logo, eu quero ir para a escola! — O pequeno correu até o pai e o ajudou a terminar de arrumar a mesa.
— Bom dia querido. — S/N deu um breve selar no seu marido.
Todos se sentaram à mesa, S/N amarrou um avental em seu filho e o serviu, que comeu rapidamente os cereais, bebendo o resto do leite que ficou na tigela. Yoongi tomou apenas uma xícara de café, já sua esposa fez a refeição completa.
Depois que todos escovaram os dentes, Yoongi foi até a garagem para ligar o carro, enquanto S/N revisava pela milésima vez, a mochila de N/F. Ela queria ter a certeza de que o mesmo não esqueceria de levar nada do que foi pedido na lista de materiais, dada pelo diretor após a reunião.
Com todos no carro, Yoongi dirigia atento à estrada, N/F cantarolava feliz no banco detrás e S/N lia um papel que continha as regras da escola.
— Yoongi olha isso... — O homem respondeu um "Hum?". — Regra n°.14: "O aluno não deve falar, nem esboçar qualquer alteração de emoção/humor em sala de aula. Deve-se manter a atenção no quadro e no professor." — S/N para de ler e olha para o homem ao seu lado, a espera de uma resposta, recebendo nada além do silêncio. — Yoongi!
— O que?
— Não vai dizer nada?!
— O que quer que eu diga?!
— Você sabe como N/F é... e se ele quiser uma borracha emprestada?
— Ele não vai precisar... compramos várias!
— Mas e se ele quiser fazer uma amizade?!
— Tem o tempo para lanchar Jagi...
— Mas o melhor jeito de fazer uma amizade... é pedindo material emprestado!
— Yoongi ri brevemente. — Jagi, ele vai se dar bem, não se preocupe... — S/N voltou a ler o papel em suas mãos. — N/F! — Yoongi o chamou.
— Sim Appa?
— Você sabe que tem que se comportar lá, não sabe?!
— Sim Appa!
— E que tem que obedecer os professores!
— Sim Appa.
— Estudar bem e prestar a atenção nas aulas!
— S-sim Appa...
— S/N interviu na "conversa" dos dois. — E se divertir com as outras crianças!
— Sim Omma! Eu vou fazer muitos amigos! — Disse N/F animado.
Não demorou muito e chegaram no destino, na frente da escola, muitos pais conversavam entre si, enquanto as crianças formavam uma perfeita fila em frente ao grande portão de entrada.
S/N engoliu seco, o pensamento que talvez N/F não se encaixasse nos padrões escolares, rondavam na mente da mulher. Yoongi percebendo o quão tensa sua esposa estava, esticou seu tronco até ela é lhe deu um beijo na bochecha.
— Vai ficar tudo bem S/N... — Yoongi disse sereno.
Ela respirou fundo e checou seu filho mais uma vez, uniforme perfeitamente colocado, o laço da gravata sem nenhum erro, o cabelo penteado com perfeição. Mesmo com o coração apertado em ver seu filho com uma aparência tão artificial e forçada, os pais saíram do carro, logo em seguida a criança também saiu e foi correndo para a fila se juntando às outras, que fizeram uma reverência, mas logo voltaram a posição estática.
O casal se juntou aos outros adultos que os cumprimentaram por livre e espontânea força. Olhares tortos foram lançados ao casal mais jovem, quando Yoongi passou seu braço pelo ombro da S/N, a beijando em seguida. Yoongi não era de se expressar assim, muito menos em público, mas essa era só uma tentativa de deixar sua esposa mais calma.
Na fila, N/F era a única criança que se mexia, o menino girava levemente o tronco de um lado para o outro, até que ele cutuca o ombro do menino à sua frente, que virou minuciosamente o rosto para trás e nesse momento o suposto pai do menino gritou para que o mesmo mantesse a postura, o menino paralisou no mesmo instante, apertando os lábios, fazendo menção em chorar.
N/F olhou para seus pais com uma expressão de desentendido, logo chegando perto do ouvido do menino e sussurrando algo que o fez dar um leve sorriso, concordando com a cabeça levemente.
Finalmente os portões se abrem e as crianças entram uma por uma, sem desfazer a fila. N/F antes de entrar, mandou um beijo bem exagerado para seus pais e gritou:
— Fiz meu primeiro amigo Omma! — Apontou para o menino que entrou antes dele.
Yoongi e S/N soltaram uma risada, N/F realmente era muito inocente, um menino alegre e bagunceiro. O casal estava voltando para o carro, quando de repenete são abordados pelo homem que havia gritado com a criança.
— Eu sei bem quem vocês são! E quero que fiquem sabendo que, se o aprendizado do meu filho for afetado pelas atitudes do seu filho, eu vou fazer de tudo para que ele e essa mulher sejam expulsos do país.
— Se o senhor sabe quem eu sou, não deveria estar falando tal coisa sobre a minha família... — Disse Yoongi sem sair do lado da S/N.
— Eu não tenho medo de você garoto! O que vai fazer?! Me processar?! Seus dias de glória acabaram... e pensar que ainda tem gente que exalta vocês. Eu sou de uma família de militares, nós sim temos e damos honra ao nosso país. Fama, musicas ridículas, prêmios que as pessoas acham importantes... tudo do bom e do melhor, uma vidinha fácil... isso não é nada, comparado ao que meus antepassados sofreram. Fizemos tanto e para que? Se depois de uns anos, vocês aparecem e abrem as portas para pessoas como ela, que se impregnam em nossa cultura e destroem o que construímos.
O Homem falava com raiva em sua voz, sua esposa nada dizia, só puxava seu marido pelo braço, na tentativa falha de tira-lo do local. S/N fez menção em ir para cima daquele que falou mal da vida de seu marido e da sua família, mas Yoongi a impediu.
Mesmo estando com o sangue fervendo, tanto quanto a de sua esposa, ele sabia que uma briga não seria nada bom.
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