Capitulo 3

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Lembra quando disse que estava sendo a motorista mais foda de todas? Esqueça tudo que falei. Jogue fora tudo que disse. Sim, a Ascenção e a queda da fodona aqui foi rápida. Mais rápida que queda de pressão da minha avó.

Mas deixa eu contar o que houve. A atendente da Auto Escola tinha me informado que naquela semana as minhas aulas iriam ter que ser remarcadas, porque Sam teria que se afastar por problemas na família. Fiquei triste demais, pois estávamos sendo uma boa dupla. Mas ele tinha que cuidar da família primeiro, sem duvida nenhuma. Isso era mais importante. Então acabei aceitando que minhas aulas fossem para outro instrutor recém contratado. Mas como eu estava indo bem nas aulas, isso não iria influenciar em nada. Belo Engano.

Sai um pouco tarde do trabalho, para compensar as horas que não trabalhei para fazer as aulas praticas. Minha chefe ate perguntou como eu estava indo.

- Estou indo bem. Daqui a pouco tiro a carta e todo mundo que riu da minha cara vai engolir a língua.

Cassie riu.

- Vou ser a primeira que pegarei uma carona com você.

- Se você tivesse apreço pela sua vida querida Cassie, recusaria uma carona dela. – Louis se aproximou e me deu um abraço. Ele sempre vinha me buscar no trabalho. – Porque imagina se ela fazer a mesma coisa que fez com meu querida carrinho, mas com vocês dentro dele.

- Já chegou a fofoqueira. Não tem nada melhor pra fazer não?

- Sei que você me ama amiga. Mas se quiser vou embora.

- Amaria te dar um soco isso sim. Sua chata. E vai embora é o caralho, porque dependo da sua carona pra ir para casa. Me da um medo de pegar busão e ter um tarado ali na rua. – peguei meu casaco e sai me despedindo de todos.

- Você tá sem sexo a tempos, eu ficaria é com dó do tarado! - dou uma bolsada no braço dele. - Ai, doeu praga!

- Sorte não ter dado uma na sua cabeça!

No caminho para casa.

- Você não vai responder seus pais? – meu amigo me perguntou quando pela terceira vez eu ignoro uma chamada da minha mãe.

- E porque atenderia? Pra ela me falar da vida das pessoas? “Ahhh, fulana de tal casou e esta morando em uma casa linda e luxuosa. Fulana de tal esta trabalhando em tal emprego e ganhando rios de dinheiro. E você ai, nesse trabalho seu... sem perspectiva nenhuma.” Eu cansei dos sermões sem fundamento. Não é de duvidar que meu pai não aguentou e separou.

- Mas ela é sua mãe. Elas as vezes são uns saco mesmo.

- Mas não estou no clima para falar com ela.

- Então tá né. Eu entendo você. Sua mão é um pouco chata.

- Um pouco chata é apelido. Mas depois respondo ela, quando tiver no clima e de bom humor.

- Isso quer dizer nunca né?

- Sua chata.

- Vaca.

Acabo chegando na Auto Escola cedo na segunda feira. Sento ali um pouco ate que alguém me atendesse. Edith, umas das funcionarias me fala que o instrutor esta um pouco atrasado, mas logo chegaria. Hum. Perdeu ponto comigo. Sam nunca se atrasou.

Pego uma revista ali na mesinha e vou folheando, lendo algumas coisas de fofocas que sempre saem.

- Desculpem a demora. – ouço uma voz absurdamente sexy ali e levanto os olhos. Vejo um rapaz de costa conversando com Edith e pegando uma prancheta. Era alto. Pelas costas pude perceber que era magro, mas tinha músculos. Usava uma camiseta com manga curta, e aqueles músculos ali nos braços. Putaquepariu. Ele virou-se. Sabe quando você vira gelatina de tão mole? Fiquei assim. Rosto másculo pra caralho. Aquele maxilar perfeito. Nariz perfeito. Tudo perfeito. Olhos azuis. Era a perfeição nesse homem. Como diz a musica: Esse homem é um desenho do céu, que Deus pintou e jogou fora o pincel. E que pintura minha gente!

Ele se afasta e entra lá na sala dos funcionários. Edith percebeu minha cara de boba e riu.

- Gostou dele né?

- Mas quem não gostaria? Que Homão da Porra é esse menina?

- Esse Homão da Porra vai ser o seu novo instrutor.

Eu quase caio dura ali no chão. Quase chorei, não digo por onde. Sabe aquele ponto que ele tinha perdido comigo por ter chegado atrasado? Já não perderia mais, na verdade, ganharia uns pontos a mais.

- Tá brincando né? Vou me perder em qual marcha pegar!

Edith riu de se acabar.

- Mas tenha uma boa aula querida.

A aula, ahhhh. A aula. Não foi das melhores. Muitos momentos eu fazia o carro morrer no caminho, esquecia de ligar o pisca alerta. Esquecia de mudar de marcha. Tom bufou.

- Tem certeza que já fez aulas praticas antes?

- Fiz sim. Mais de seis aulas. – digo sem jeito.

- Querida, você parece que nunca pegou em um carro na vida.

- Apenas estou nervosa. – falo simplesmente.

- Espero que você se sinta melhor da outra vez.

“Assim espero” olhando de lado e vendo ele com aquele braço delicioso, com músculos perfeitos.

 Ai meu pai. Vou morrer antes do tempo. 

Dangerous DrivingOnde histórias criam vida. Descubra agora