Na manhã de Sábado Alan acordara e com animação fora lavar o rosto e escovar os dentes e com pressa de sair quase não toma o café da manhã, ele pega sua mochila preparada com muito esmero para sair quando é interrogado pelo seu irmão que estava no computador.
- Vai viajar? – disse Antônio.
- Vou sim. – respondeu Alan.
- A mamãe sabe? – questionou Antônio.
- Ela sabe. – Alan mente.
- Sabe mesmo? Acho que vou perguntar a ela. – questionou Antônio.
- Ok. Ela não sabe. Mas eu vou ligar para ela e avisar. – respondeu Alan.
- Ok então. Boa viagem. – disse Antônio.
- Se comporta até a mamãe chegar do trabalho Toni. – disse Alan.
- Relaxa. Vou me comportar. – disse Antônio.
Alan sai de casa e pega um ônibus e desce no terminal rodoviário para pegar o ônibus para Nova Friburgo. Suas esperanças e fantasias tinham se renovado, ele acreditara que tudo ia ser diferente, que essa viagem ia ser como projetou e que Santiago era o homem que ia fazê-lo feliz, para ele o fato de Santiago ser um homem importante, uma figura conhecida, um pregador e cantor gospel não eram obstáculos para seu sonho de ter um compromisso sério com ele, Alan só enxergava o que ele queria ver que era uma felicidade baseada num relacionamento com um homem que para ele já era seu. Naquela poltrona de ônibus os pensamentos de Alan iam a mil por hora, ele era uma mistura de felicidade e ansiedade dentro de um menino que sonhava com príncipes e finais felizes, ele continuava a imaginar ele e Santiago juntos, arrumando aquela sala, recebendo os amigos de Santiago, preparando uma ceia de natal com ele para receber a ambas as famílias, etc. Era um mundo que não cabia dentro dele e ia além da realidade daquela situação, estava ali fragilizado por uma razão ou outra que sua racionalidade não funcionava, mas no fundo de toda essa falta de cuidado só tinha um único objetivo que era ir à busca do que Alan acreditava naquele momento ser felicidade.
Ao chegar a Nova Friburgo Alan fora almoçar num restaurante à quilo e depois em vez de explorar a cidade como da outra vez, dessa vez ele resolveu ficar ali mesmo pela praça do centro esperando até mais ou menos a hora de Santiago chegar em casa para pegar o ônibus para Olaria e ficar esperando por ele. Alan parecia não se importar em ter que esperar por algumas horas sem fazer nada pelo que ele acreditara ser seu príncipe encantado, pelo contrário, com sua imaginação ele começara a se imaginar com Santiago e sua mãe Dona Leda passeando por aquela praça.
- Já escolheram a data? – disse Dona Leda na imaginação de Alan.
- Já mãe. Quero que seja no dia do seu aniversário. – disse Alan com empolgação em sua imaginação.
- Que maravilha meu filho! – disse Dona Leda empolgada.
- Eu e Santiago estamos pensando seriamente em adotar uma criança depois de celebrarmos nossa união. – disse Alan extasiado de felicidade.
- Eu fico muito feliz que esteja realizando seus sonhos meu filho. – disse Dona Leda feliz pelo filho.
- Eu também mãe. Eu também. – disse Alan muito feliz.
Após Alan ficar algumas horas imaginando o que seria seu sonho, Alan pega o ônibus para Olaria, vai até a casa de Santiago e ficara esperando por ele. Santiago chegara em seu carro e surpreende Alan.
- Gostou? – disse Santiago.
- Sim. Quando comprou? – disse Alan empolgado.
- Essa semana. Pena que eu tenho que deixa-lo na rua, pois não tenho garagem, mas ainda bem que essa rua é tranquila. – respondeu Santiago mentindo.
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O Sonho de Alan (Romance Gay)
RomanceAlan Ferreira, um jovem gay de 24 anos, estudante de Administração, sonha viver uma história de amor. Em busca de afeto ele acaba se envolvendo com Santiago que é um homem mais velho que ele. Santiago é diretor adjunto em uma escola e também é pasto...