O Sonho de Alan (Romance Gay)

Capítulo 7

  Havia se passado quase um mês desde que Alan descobrira a verdade e ainda estava em processo de superação, uma mágoa muito grande havia se formado, mas mesmo assim Alan estava disposto a esquecer de tudo isso e seguir em frente. Apesar de ser um homem ocupado Fabrício sempre encontrava um tempo para conversar com Alan, ver se ele estava bem, como andavam as coisas e ter uma prosa com seu amigo. Era uma tarde ensolarada, Alan estava no computador e seu irmão fora brincar com seu amigo, Alan estava tendo uma prosa com Fabrício.

- Pois é amigo, estou de férias. – disse Alan.

- Cara, você precisa relaxar um pouco, porque você não vem passar uns dias aqui?

- Mas, eu não vou te atrapalhar? E o seu namorado não se incomodará com isso?

- Eu não te contei, mas Lucas e eu nós nos separamos. Vai ser bom ter você aqui, vai me fazer companhia.

- Ok. Vou avisar a minha mãe e vou te ver. Onde você mora mesmo?

- É fácil. Eu moro em Olaria, umas duas ruas antes da rua onde Santiago mora. Moro numa casa amarela, a única da rua.

- Se soubesse antes teria ido te ver.

- Pois é. Amigo você já superou a história com o Santiago?

- Então, eu estou superando ainda, total acho que nunca vou superar.

- Bom. Eu espero você aqui em casa. Vai vir quando?

- Vou amanhã mesmo.

- Amanhã estarei de folga, pode vir direto pra minha casa.

- Ok.

- Bom. Agora preciso sair, tenho trabalho a fazer, até mais.

- Até.

 Alan prepara sua mochila para ir ver Fabrício, estava um pouco mais feliz do que antes, ia passear um pouco e ver seu amigo, como já era fim de tarde ele achou melhor viajar amanhã de manhã. Mais tarde sua mãe chegara do trabalho, estavam Alan e Antônio montando um quebra-cabeça na mesa cozinha, quando Dona Leda entrou na cozinha Alan lhe deu a notícia.

- Mãe. Vou viajar amanhã. - disse Alan.

- Vai para onde meu filho? – perguntou Dona Leda preocupada.

- Vou para Nova Friburgo. – respondeu Alan.

- Ver aquele homem de novo? – disse Dona Leda espantada.

- Não mãe. Vou visitar meu amigo Fabrício. – respondeu Alan.

- Não está mentindo para mim está? – disse Dona Leda desconfiada.

- Não mãe. Vou mesmo para casa do Fabrício. – respondeu Alan.

- Esse rapaz não vive junto com o companheiro? O que o companheiro dele acha disso? – questionou Dona Leda.

- Eles se separaram mãe. – respondeu Alan.

- Eu espero que você não confunda as coisas e se magoe de novo meu filho. – disse Dona Leda.

- Porque diz isso? – perguntou Alan.

- Porque você está fragilizado emocionalmente e pode confundir as coisas entre você e esse rapaz. – respondeu Dona Leda preocupada.

- Eu não vou confundir mãe, um rapaz como Fabrício nunca olharia para mim. – disse Alan desanimado.

- Meu filho, se você soubesse o valor que tem não ia ficar se menosprezando, você é um rapaz maravilhoso, se você não se amar os rapazes nunca vão te dar valor e vão sempre brincar com seus sentimentos. – disse Dona Leda aconselhando o filho.