Capítulo 11

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Manu

Senti muita raiva de Bruno, ele era grosso e um idiota. Quando chegamos na casa de Nic, confesso que tive receio em estar perto dela e de Mari,  sabia que as duas não iam nenhum pouco com a minha cara e não entendi o porque.

JP ficou encantado quando me viu, confesso que fiquei constrangida ele não disfarçava e eu não estava acostumada com isso, quando eu vi Bruno meu coração acelerou tanto que pensei que fosse sair pela boca, virei aquela caipirinha que Isa fez em um gole só. 

Entramos na Royal e estava bem cheia mas nosso camarote estava reservado, fui direto para um canto e Enzo me entrou um copo, beijou o topo da minha cabeça e acariciou o rosto de Isa. 

Isa: acho tão bonito o jeito que ele te trata Manu – falou enquanto dava um gole em seu drink –.

Manu: ele é cuidadoso – ri –.

Isa: sério, tem irmãos que é tão ciumento. Não que ele não tenha ciúmes, mas fica na dele sabe? Não te perturba. 

Manu: que bom que Bruno também não é assim contigo – rimos –.

Isa: quando comecei a ficar com o Enzo ele surtou um pouco, pensou que Enzo fosse fazer o mesmo... – ela virou o drink todo para calar a boca e achei estranho –.

Manu: o que? O que ele pensou? 

Isa: nada, ele ficou com medo de eu me apaixonar sabe? Bruno tem esse jeito durão e tudo, que se preocupa só com ele mas no fundo tem um coração bom. Um dia alguém faça esse lado dele aparecer – ela sorrio –.

Começou o funk e dançamos de lei, os meninos sumiram de lá óbvio isso sempre acontecia e percebi Isa apreensiva mas não quis falar, Enzo apareceu logo e chamou ela. Nic e Mari entraram no camarote bem loucas e com uma latinha na mão. 

Mari: toma – me entregou e peguei –.

Manu: o que é? 

Nic: experimenta Manu, vai dar uma brisa muito boa – ela sorrio –.

Bruno: o que é isso ai Manu? 

Não respondi, engoli a seco e Mari revirou os olhos quando ele se aproximou. 

Mari: virou baba dela? 

Bruno: que porra é essa Mariana? –falou bravo ao pegar a lata da minha mão –.

Mari: para Bruno, vai me dizer que tu não gosta – ela riu debochando e ele apertou a latinha –.

Bruno: to falando sério porra.

Manu: o que é? 

Bruno: lança perfume Manuela, ela queria te deixar doidona. 

Mari: ah, quem sabe assim ela não fica mais divertida. 

Quando ia responder Bruno jogou a latinha longe, pegou em meu braço e me tirou de lá. Ele foi xingando até saímos da balada, fiquei quieta para não piorar as coisas, o manobrista trouxe o seu carro e cruzei os braços quando ele entrou. 

Bruno: entra Manuela – falou assim que abriu o vidro –.

Manu: o que você tem na cabeça? Não vim contigo, não vou embora contigo. Simples assim. 

Percebi ele respirando fundo, Bruno ficava lindo franzindo o rosto de raiva. Ele saiu e bateu a porta do carro, caminhou até onde eu estava, continuei com os braços cruzados ele respirou fundo mais uma vez e abriu a porta do carro. 

Bruno: por favor, me deixa te levar pra casa – falou em um tom baixo mas ainda com raiva –.

Não respondi, não disse nada apenas entrei no carro, coloquei o cinto e ele entrou logo em seguida. Não colocou o cinto, sim ele era totalmente fora da lei nada haver com a profissão dele,  acelerou e saímos de lá.

Não conhecia muito bem os lugares, mas demoramos muito para chegar no condomínio.

Quando ele parou o carro não pensei duas vezes em tirar o cinto e saltar do carro, coloquei minha bolsa em meu ombro e saí andando até a entrada, só dava pra ouvir o barulho do meu salto até ouvi a porta batendo e parei, virei pra trás e Bruno estava caminhando em minha direção, seu olhar fitando o meu fazia com que meu coração batesse mais forte. 

Manu: porque me tirou de lá a força? Não avisamos nada para o Enzo. 

Bruno: ele vai me entender muito bem, e Isa também.

Manu: ih? Nada justifica 

Bruno: aquela ... – ele iria xingar mas não deixei – a Marina estava te oferecendo droga porra, e você não é assim, você não é igual elas. 

Manu: você nem me conhece Bruno, pelo amor de Deus não tinha o direito de me tirar de lá. 

Bruno: mais Manuela.

Manu: nem mais, nem menos. Agora vai embora, volta para a sua balada com seus amigos já que acabou com a minha noite. 

Bruno: não queria acabar e sim te proteger – seu olhar ficou perdido enquanto ele olhava para o nada –.

Manu: obrigada, mas não preciso da proteção de ninguém. 

Olhei pra ele por alguns segundos e seus olhos encontrou o meu, virei o rosto e continuei caminhando em direção a porta, coloquei a chave e abri olhei para trás mas ele continuou parado me olhando, assim que iria fechar sinto um peso impedindo, Bruno colocou sua mão para impedir de fechar. 

Bruno: me deixa entrar, por favor.

Manu: o que você quer? 

Bruno: você.

Ao ouvir ele falar meu coração acelerou e pensei que fosse desmaiar ali mesmo, porque Bruno justamente Bruno irá se interessar por mim? Não gosto de quase nada que ele gosta, muito menos da turminha dele e do meu irmão, não consegui responder e não tive forças para segurar a porta, ele entrou e encostou a mesma atrás dele fiquei paralisada até suas mãos segurar em meu rosto, seu toque era frio porém suas mãos eram seguras fechei meus olhos quando o rosto dele se aproximou do meu, uma de suas mãos deslizou ficando entre meus cabelos e segurou com uma certa força arrancando um suspiro meu, sua boca invadiu a minha e retribui sem pensar duas vezes, mesmo de salto fiquei na ponta dos pés de tão alto que Bruno era, envolvi meus braços em seu pescoço enquanto a outra mão dele desceu pelas minhas costas até chegar na minha cintura e apertou, seu beijo completou o meu de uma forma que nem eu imaginei que fosse possível.

Seu celular tocou desesperadamente em seu bolso quebrando nosso beijo ali mesmo, encostei na parede e respirei fundo,  Bruno me olhava como se me desejasse tanto a ponto de me agarrar ali mesmo. 

Manu: melhor você ir – falei quando ele pegou o celular para ler alguma mensagem –.

Bruno: mas eu volto.

Não respondi, não tinha o que responder será que eu queria que ele realmente voltasse? Mesmo Bruno sendo uma tentação de tão gostoso que ele é tem uma lábia real e não queria cair nisso. Ele roubou um selinho e rapidamente saiu, tranquei a porta e tirei o salto ali mesmo, segurei o mesmo nas mãos e subi as escadas indo direto para o meu quarto.

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