Manu
As semanas foram passando como vento, já estávamos no meio do ano e o frio chegou carregado no mês de Junho. Faculdade estava a todo vapor, iria para o 4º semestre e estava cada vez mais interessante, ainda não havia conseguido arrumar um estágio não queria a ajuda dos meus pais nunca achei certo ter que depender deles pra tudo.
Era uma sexta-feira gelada, acordei cedo e fui dar uma corrida pelo condomínio mesmo o frio era tanto que a vontade estava zero mas não pude deixar de ir.
Bruno e eu se via muito, quase sempre ele estava aqui em casa com meu irmão e quase sempre a gente se beijava mas ninguém sabia, não queria que ninguém soubessem não pelo fato de que iriam julgar mas porque não é pra ser e não sei o dia de amanhã.
Cheguei na faculdade, fui de carro com Enzo no ar condicionado estava ansiosa porque amanhã cedo meus pais iriam chegar aqui para visitar a gente e irem para reunião de negócios. Fui liberada mais cedo pelo fato de ser prova e saí pelo pátio, iria aguardar Enzo no carro mas lembrei que a chave estava com ele.
Sentei em um banco cumprido que havia do lado de fora e cruzei os braços, alguns alunos estavam saindo até que Bruno saiu rapidamente mas seu olhar me encontrou e ele sorrio, começou a caminhar em minha direção e acompanhei olhando em teus olhos.Bruno: precisa me fitar com os olhos assim?
Manu: ah, eu? – perguntei rindo –.
Bruno: porque ta aqui com frio? Cadê Enzo?
Manu: não saiu da prova ainda – fiz bico –.
Bruno: eu te deixo em casa, vamos.
Mari: e aí casal – disse ao se aproximar com a turma de sempre –.
Leandro: Bruno, resenha na Nic hoje. Vamos!
Bruno: qualquer coisa encosto lá, vou deixar Manu em casa.
Manu: eu espero o Enzo.
Bruno: se a prova demorar tu vai ficar aqui com frio? – ele sussurrou tão baixo em meu ouvido que mal pude ouvir –.
Apenas assenti com a cabeça e me despedi de todos, Bruno caminhou ao meu lado mas sem encostar em mim. Quando ele iria abrir a porta do carro não deixei, ele me olhou e eu apenas sorri, fechei a porta e ele entrou.
Bruno: o que foi aquilo?
Manu: os seus amigos, não quero que eles pensem nada
Bruno
Esses últimos meses em que passei ficando escondido com Manu foi algo especial, não queria que ninguém soubesse eu sabia muito bem a maldade de cada um ali. Dirigi até o condomínio sem ela dizer nada, estacionei na frente e ela tirou o cinto observei cada gesto daquela mulher, segurou a bolsa em seu colo e ajeitou no ombro.
Manu: bom, então tchau – ela deu um sorriso triste –.
Bruno: o que foi?
Manu: nada, porque?
Bruno: parece que está triste.
Manu: não é nada – ela sorrio outra vez e forçou um pouco mais –.
Bruno: tem certeza? – levei minha mão até seu rosto e ela fechou os olhos rapidamente assim que minha mão encostou sua pele – tem certeza? – perguntei mais uma vez baixinho –.
Manu: uhum.
Foi a única coisa que conseguiu responder antes da minha boca invadir a sua, em poucos minutos Manu estava em meu colo encima do banco, ela era tão pequena perto de mim, segurei com as duas mãos em sua cintura enquanto sua língua explorava cada canto da minha boca, entrelacei uma mão em seu cabelo e ela soltou um gemido baixinho eu já estava ereto, agora que percebi que fazia 4 meses que não transava com ninguém desde quando nossos beijos ficaram constantes, já tentei avançar o sinal antes mas Manu sempre recuava e eu sempre respeitei mas hoje não, hoje ela era quem queria.
Suas duas mãos deslizaram e subiram por debaixo da minha camisa, suas unhas cravaram em mim sem me machucar quando apertei sua bunda com força, o beijo de Manu era quente, estava um puta frio lá fora e ela ainda conseguia ser quente. Uma luz forte atrás fez ela pular rapidamente do meu colo até o banco, sua respiração estava rápida e a minha também.
Bruno: é Enzo – olhei pra ela que corou na hora –.
Manu: bom, então é melhor eu ir – ela sorriu ainda vermelha –.
Bruno: vem cá – falei e puxei o rosto dela para mim –.
Manu olhava em meus olhos, eu amava isso nela o jeito em que ela me encarava. Ajeitei o seu cabelo e limpei o batom que estava borrado e
e ela fez o mesmo comigo, rimos juntos quando Enzo bateu duas vezes no vidro do meu lado. Abri e o mesmo fitou nós dois com aquele olhar puto da vida que eu já conhecia, prendi o riso e Manu também estava bem séria.Manu: Obrigada pela carona Bruno, da próxima vou ir dirigindo uma porsche porque né, é muito ruim passar frio.
Bruno: boa linda – ri alto e ela me comeu com os olhos por chamar ela de linda –.
Manu entrou rapidamente, assim que ouvi a porta se fechando engoli a seco quando sabia que Enzo iria falar alguma merda pra mim.
Enzo: não adianta falar, eu sei o que estava acontecendo aqui – ele segurou no carro e apertou –.
Bruno: nada demais mano, você sabe.
Enzo: sei de porra nenhuma Bruno, ela é minha irmã. Você sabe né?
Bruno: claro que eu sei Enzo –balancei a cabeça e ri – fica tranquilo, esta tudo sob controle.
Enzo: agora some pra resenha na Nic que daqui a pouco eu to lá
Bruno: a gente se vê então –acenei com a cabeça e saí de lá –.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Nem todo erro é errado |
Teen FictionEscritora: Ju Rabetão • Respoansável pela história: Letícia +16 | Manuela, mais conhecida como Manu. Filha da Mia e Henrique, atualmente com 20 anos mudou para São Paulo para terminar sua faculdade de direito e começar uma nova vida longe das asas...