Capítulo 29

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Porra — Minha cabeça latejava pelo barulho insistente da campainha. Arrastei meu corpo para fora da cama e caminhei sonolenta até a porta. Quem será perturbando uma hora dessas.
Abri a porta e meus olhos se arregalaram.
"Maite" rosnou, "Você atende qualquer um assim?"
Baixei meus olhos e notei que estava apenas de sutiã e calcinha. Merda.
"William... merda. Que horas são?" Ele olhou para o pulso que tinha um relógio de ouro.
"08:30, Maite" sua voz não transparecia nenhuma emoção calorosa. "Posso entrar?"
"Ah... claro, desculpa." Dei passagem para ele e sua mala pequena e fechei a porta. Respira Maite.
Quando me virei, William estava soltando um pouco sua gravata. Ele estava tão lindo no seu terno azul marinho, seus cabelos loiros bagunçados provavelmente porque ficou passando as mãos por ele. Ele é tão lindo. Tão sexy. A saudade consumiu meu corpo inteiro. E ele percebeu, pois sorriu e seus par de olhos cor de mel percorreram meu corpo semi nu. Ele também sentia isso; essa saudade, essa química, essa tensão no ar. Tesão.
"Eu estou cansado pela viagem" ele pausou e olhou em direção ao quarto e depois voltou. "Posso tomar um banho?"
"Ah, claro.." sorri, "Quer companhia?"
"Acho que prefiro um banho sozinho, pra relaxar..." ele disse e meu sorriso se desmanchou.
"Hum" desviei meus olhos do dele, "tudo bem"
Quando olhei para ele novamente, ele já não estava lá. Só ouvi o barulho da porta se fechar. Que droga.
Deixei meu corpo cair no sofá e junto com ele uma lágrima teimosa que insistia em descer. Limpei rapidamente. William jamais fez isso. Será que ele não gosta de mim mais? Ele percebeu que ela é a mulher da vida dele. Senti meu coração se apertar.
Levantei em um estalo. Ele está com ciúmes. Isso. Ciúmes do Alisson.

Entrei no meu quarto e ouvi o barulho do chuveiro ligado. As roupas dele estavam espalhadas pelo chão em uma trilha para o banheiro. Peguei cada uma delas e entrei no banheiro silenciosamente e coloquei as roupas no sexto.
O vidro do Box não me permitia ver ele nitidamente, mas ele poderia me ver de lá a qualquer momento. E como se ele lesse meus pensamentos, seu corpo se virou e eu podia sentir aquele par de olhos cor de mel em cima de mim. Ele estava me olhando, tinha certeza.
Dei um passo para frente e minhas mãos alcançaram as laterais da minha calcinha e o mais lento possível fui descendo ela, até ela estar completamente no chão. Ele ainda está me olhando. Com a mesma intensidade de sempre. Meus dedos acharam o fecho do sutiã e ele caiu pelo meu corpo até o chão.
Dei dois passos para frente e abri a porta do boxe. Ele estava lá. Me olhando. Com os olhos escuros e o corpo todo molhado. Nossa. Senti meu corpo inteiro formigar. Ele deu passo para a esquerda me dando passagem para entrar. Entrei, fechando o boxe.
Ele estava de costas para mim, com as mãos encostadas na parede, deixando a agua cair pelo seu corpo. Meus olhos caminharam pelas suas costas largas; aquelas pintas que ele tinha, era extremamente sexy. Depois desci, e sua bunda totalmente perfeita e empinada que eu adorava cravar as unhas. Suas grandes coxas...
"Maite" sua voz rouca me despertou.
"Oi" sussurrei.
"Eu quero foder você, até você pedir para parar, só pra te lembrar que é minha"
"William..."
Ele me interrompeu, "e ainda não fazer você gozar e sabe por que?" Ele se aproximou.
"Não sei" disse depois de alguns segundos.
"Porque você foi uma menina muito má, indo naquela porra de jantar e deixando aquele bastardo te tocar"  disse e em seguida bateu a mão na parede.
Engoli o seco. Puxei todo ar pro meu pulmão, "Eu estou pronta pra ser fodida."

Em frações de segundos meu corpo se arrepiou pelo impacto das minhas costas nos azulejos gelados. Doeu, mais a dor foi distraída pelas suas mãos no meu cabelo, puxando em direção a sua boca. Sua língua invadiu minha boca, explorando, saboreando.
Seus lábios desceram para meu pescoço, senti meu coração acelerar e meu sexo latejar.
"William, que saudades..." disse, agarrando seus cabelos. Macios, como sempre.
"Cala a boca, Maite" ele disse me causando um sobressalto.
Iria rebater seu tom de voz ignorante, mas assim que ia abrir minha boca, o único som que saiu foi um gemido alto, sua língua circulava pelo meu bico, atiçando, depois mordiscando. Passando pelo outro.
Seus lábios desceram para minha barriga, distribuindo beijos, até chegar na minha parte intima.
Ele estava de joelhos, na minha frente. Esse homem de joelhos. Meu Deus...
Água quente ainda caia pelo seu corpo, deixando tudo mais quente.
Ele me olhou e sorriu. Em questão de segundos sua boca estava no meu sexo.
Joguei a cabeça pra trás arqueando meu meu quadril. Sua língua é dos Deuses.
"Meu Deus, William..." gemi. Sua língua circulava meu clitóris e seu dedo entrando e saindo, devagar. Quase lá.
"Isso é muito bom" gemi. "Continua..." apertei seus cabelos.
Estava prestes a gozar, quando não senti mais a boca de William no meio das minhas pernas.
"O que você está..."
"Vira de costa" Ele rosnou, com a voz rouca.
"Como?" Perguntei. William estava com a boca entre aberta, sua respiração estava descontrolada. Seu peito subia e descia. Ele não parecia o mesmo William carinhoso. Ele estava com raiva. Medo.
Me virei, meu rosto quente encostou na parede gelada. O corpo quente de William encostou no meu e senti seu pau duro.
"Eu vou te comer" ele sussurrou no meu ouvido. "E você só vai gozar quando eu mandar, entendeu?"
Respirei e assenti lentamente com a cabeça.
"Entendeu, Maite?" Ele perguntou, passando as mãos pelos meus cabelos.
"Entendi" disse, e em seguida, me deixando sem fôlego ele entrou em mim. Com tudo. Com força.
"Nossa" joguei minha cabeça pra trás, e ele puxou meus cabelos com força.
"Repete comigo" ele disse com dificuldade, "você" estocou fundo, "é" estocou novamente, "Minha" de novo.
Perdi o ar, mais me concentrei na sua pergunta. "Apenas sua"
"Eu acho que aquele jantar não deixou isso bem claro"
"William, eu..."
"Não mandei você falar" ele apertou mais forte meu cabelo.
Ele saiu de dentro de mim, e me virou. Seus olhos cor de mel estavam escuros.
Suas mãos ágeis levantaram minha perna e ele me estocou. Mais fundo. Mais rápido. Me atingindo no meu ponto sensível
Diz que me ama" ele pediu, sussurrando.
"Oh William..." cravei as unhas no seus ombros. "Eu te amo, muito"
"Eu te amo Maite, você sabe né?"
"Sei..." sussurrei, "não para, tá bom. Nossa."
Seus lábios foram para meus pescoço, mordendo, chupando. Até chegar no lóbulo da minha orelha, passando a língua.
"Eu te amo como nunca amei ninguém" sussurrou.
E com essas palavras eu cheguei no melhor orgasmo da minha vida. Pensei que iria cair, mais William me segurou. E depois de algumas estocadas ele também alcançou seu clímax.
"Nossa..." disse depois de alguns minutos, com a respiração controlada.

"Eu ainda não acabei com você." William disse sorrindo.

Entre o amor e a vingançaOnde histórias criam vida. Descubra agora