Era meio dia, o sol refletia na água escura, as árvores balançavam conforme a vento às levava. Um pássaro cantava longe, uma canção melosa e fria, sendo trazida pelo vento. Havia uma casa suspensa e uma escada que estava sumindo com a subida das águas.
Eu não estava na casa, estava em cima de uma árvore, e gostava de olhar o efeito do sol sobre a água, o que me deixava ver os peixinhos nadando preguiçosamente sem se preocupar com nada. Quando de repente ... Os peixes nadam assustados e para longe. O pássaro cessa seu canto,e o vento sopra friamente assustador.
Quando eu olho para perto de umas árvores com metade de seus troncos cobertos pelo rio, e uma fresta de luz solar refletia por ali, vejo algo nadar. Luminoso, rápido e em direção à casa. Eu observo assustada sem entender o que poderia ser aquilo. Não havia mais vento, as nuvens cobriram o sol, e tudo ficou quieto.
Começo a suar frio, a respiração fica ofegante e fico totalmente arrepiada ao ver aquela forma se erguer de dentro do rio, e ficar em pé e observar atento para à casa.
Eu não piscava, não me mexia, não conseguia falar ou gritar. Estava totalmente paralisada, acredito que o sangue em meu rosto sumirá naquele momento.
Não muito longe da casa, observava a silhueta de um humano se aproximar, em passos não muito apressados, mais passos de quem estava caçando. Ao se aproximar da casa, eu não acreditava no que eu virá. Era uma criatura amendrotadora. Possuía a forma de um garoto, de porte aparentemente médio, de olhar assustadoramente brancos, não possuia íris. De um corpo pálido, de um branco que se refletia forte ao sol. Possuía brânquias no pescoço, e entre os dedos de suas mãos haviam membranas.
Quando de repente meu pai surgiu gritando para mim, a criatura seguiu para onde meu pai olhava e me viu, ficamos nos encarando.
Seus olhos brancos fixados nos meus. Até que meu pai me puxou da árvore e me levou para a terra firme. A criatura voltou a olhar para a casa. Foi então que que percebi que um bebê chorava alto no colo da mãe, a mãe havia se escondido. A criatura avançou em direção a escada nadando rápido e às subiu.
Meu pai me escondeu em um porão um pouco distante da casa, e pediu assustado para mim não sair de lá, e saiu correndo para a casa. Eu chorava muito s respirava fundo.
Pude ver pelas brechas do porão, a criatura tomou o bebê do colo da mãe, e a mãe parecia em choque, meu pai estava do lado da mulher que parecia em transe.
Quando a criatura virou de costas para ambos, os dois pareciam ter voltado às suas sãs consciências . A mulher chorava e gritava histéricamente, e meu pai a segurava, pois não havia mais nada a fazer. A criatura entrou no riu com o bebê que chorava muito, e afundou com a criança e não demorou muito para sumirem nas águas escuras do rio.
Eu não acreditava, tremia e chorava muito, me sentei e fechei os olhos. Ao retornar ao abri-los estava na minha cama, encharcada de suor e lágrimas e ainda muito assustada. Porém aliviada de ser apenas um pesadelo aterrorizante.Eu sonhei de fato com isso mesmo, eu tinha dez anos. E nunca mais esqueci. Obrigada por terem lido 😘😁
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Horrorcontos de terror [...]Estava em cima da árvore e gostava de olhar o efeito do sol sobre a água, o que me deixava ver os peixes nadando preguiçosamente sem se preocupar com nada. Quando der repente ... os peixes nadam assustados ,e para longe . O pás...