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1 ano depois

Eu não era mais a mesma.

Me tornei "má", não tinha piedade de nada nem de ninguém.
Não sou capaz de amar, amar nos torna fracos. E eu não sou fraca!!

Invado um mercadinho que estava  a beira da estrada, mato um zumbi que estava lá dentro e começo a fazer a limpa, pegando apenas coisas úteis.

Na entrada da loja, escuto barulhos de motores e logo me escondo atrás de um balcão a minha direita no fundo do mercadinho.
Apunhalo minha arma e fico preparada para atacar.

Entram na loja um japonês, um cara segurando uma besta, um menino aparentemente com a minha idade usando um chapéu de xerife, um homem de barba rala parecendo com o garoto pequeno e um cara magrelo com roupa de jardineiro.

O garoto chega próximo ao balcão e eu o ataco por atrás, envolvo meu braço esquerdo no seu pescoço enquanto o direito segurava a arma.
Quase tive que ficar na ponta do pé, pois a diferença de altura e notável.

-Solta ele garota- diz o homem da besta.

-Não se aproximem ou eu atiro- destravo a arma.

-Olha, não queremos te machucar... Podemos resolver isso da melhor forma- diz o homem de barba rala.

Todos dizem isso mas fazem o contrário.

-Muitas pessoas ja disseram isso, e fizeram o contrário!- digo em tom de deboche

-Somos diferentes dessas pessoas- diz o japonês.

-Não vem com papinho furado,ja escutei muito disso, japonês!.- mando.

-Eu sou coreano.- bufa.

-To nem ai- reviro os olhos.

-Olha, abaixa sua arma, e podemos resolver isso sem ninguém se ferir.- diz o cara de barba.

-Não to afim.- reparo que o cara da besta e o da barba rala trocam olhares e logo começam a me encarar novamente.

O da besta começa a se aproximar lentamente.

Eu miro na cabeça do jardineiro e atiro na cabeça.

-Fica parado ai, ou o próximo e ele.- miro na cabeça do meu refém.
Todos vocês abaixem as armas agora.- mando,  e assim eles fazem.

Eu sinto uma dor na minha barriga, olho e vejo que minha roupa estava ensanguentada e minha barriga perfurada.

-Filho da puta, garoto- falo entre dentes.
Ele me deu uma facada.

-Abaixa sua arma- diz o homem da besta apontando a mesma para mim.

Eu solto o garoto em seguida coloco minha arma no chão.

-Vamos embora!- diz o cara da besta.

-Não Daryl, ela vai morrer se a deixarmos aqui!

-Ela matou uma pessoa do nosso grupo, nada mais justo.- diz o homem da besta.

-Nós não somos assim, e ele nem era do nosso grupo, ja íamos o matar mesmo...

Enquanto eles discutiam eu me sento em uma caixa e retiro a faca do meu estômago.

Abro minha mochila e pego algumas bandagens e começo a limpar o ferimento. Estava doendo muito, mas não demonstrava.

Por fim coloco alguns gases e os prendo com fita.

Abaixo minha blusa me levanto caminho me escorando na prateleira me abaixo, porém caio de joelho, aproveito a situação e pego minha arma e me levanto com dificuldade.

Passo por eles e o homem de barba quebra o silêncio.

-Sou Rick Grimes.

Eu o ignoro e contínuo a caminhar.

-Temos um lugar, é seguro- quando ele diz isso me viro e o olho.

-Não se engane, nenhum lugar é seguro- suspiro.

-Podemos apenas te levar lá para cuidarmos do seu machucado?- penso por alguns segundos mas concordo.

O que estou fazendo da minha vida!?

Quem é você?

Seu subconsciente

Era só oque me faltava

-Qual seu nome?.- pergunta Rick.

-Não tem necessidade de saber...- Rick apenas concorda.

Rick sai do mercadinho me ajudando a caminhar até um carro igual o carro dos caras que fizeram aquilo com a minha mãe...

Eu travo no meio do caminho e empurro Rick o mesmo da um passo para trás.

-Vocês mentiram!- deixo uma lágrima escorrer.

-Do que você está falando?- Rick me olha confuso.

-Esse carro...- pego minha arma.

Sinto uma flecha me acertar olho para Daryl e não me lembro de mais nada, apenas fica tudo preto.
[...]

Survive | The Walking dead. [Pausada]Onde histórias criam vida. Descubra agora