Me ajude!

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Sim, a situação estava complicada

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Sim, a situação estava complicada. Ele havia conseguido passar um braço apenas pela gola da camiseta, deixando um dos olhos para fora do tecido e o resto da cabeça para dentro. E o pior, travou.

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Kageyama se aproximava da sala do clube, com seu habitual humor e expressão fechada. Ao encostar na maçaneta da porta, um estrondo foi ouvido e logo outros dois. Para completar, outro barulho se fez presente, dessa vez de várias coisas caindo e espalhando-se pelo chão. Ao mesmo tempo, mais um barulho, só que, um pouco mais forte. O azulado abriu a porta numa velocidade absurda, pensando que seria algo ameaçador, porém se deparou com a cena mais cômica que já vira naquele dia.

— O que tá acontecendo aqui Hinata? — Kageyama pronunciou, soltando um pequeno sorriso no meio.

— Eu... Eu... Eu tô tirando a blusa oras! — Hinata estava jogado chão, ao meio de várias bolas de vôlei, casacos do time, mochilas dos mais velhos — já que eles estavam treinando para o próximo jogo — e coletes. O ruivo se remexia no chão, tentando destravar a camiseta do rosto.

— Então tire de uma vez! — Kageyama o observava, morrendo de vontade de rir da desgraça alheia.

O ruivinho tentou de todas as formas se soltar, até conseguir enfiar metade do braço para dentro do tecido ele conseguiu, nesse ponto ele desistiu, para ele não tinha mais jeito. Kageyama estava sentado, observando-o, com um sorriso divertido no rosto. Logo, Hinata se sentou no chão e olhou para o rei, meio que pedindo ajuda em silêncio.

— Não consigo! KAGEYAMA PARA DE RIR! Me ajuda! — O ruivo pediu, frustrado e manhoso, enquanto tentava desenroscar a blusa da cabeça.

— Vem aqui! — O rei gargalhava com a situação. Estendeu a mão para o pequeno, logo recebendo um olhar fuzilante dele, afinal, não tinha como ele pegar a mão do maior.

Kageyama se levantou e caminhou até onde Hinata estava sentado, agachando-se em sua frente, sustentando o corpo pelos joelhos. Correu as mãos para a barra da blusa do Ruivo e começou a subi-la, Hinata o olhou apreensivo.

O azulado adentrou com uma das mãos o tecido e puxou o cotovelo — que estava dobrado — para baixo, libertando o braço do Ruivo daquela posição desconfortável. Hinata suspirou aliviado, estava começando a doer. Kageyama lhe puxou a gola, agora liberando o rosto, Hinata sorriu ao ver o rei gargalhando e lhe perguntando como ele havia feito aquilo. Sentiu o toque delicado dos dedos do maior em sua cintura desnuda e, de uma vez, sentiu a blusa ser retirada de seu corpo.

— Obrigado... — O ruivo disse com um pequeno biquinho, um tanto maravilhado com o sorriso do rei, que por incrível que pareça, não estava assustador. Na verdade, estava lindo.

Kageyama tocou os lábios avermelhados do menor com o indicador, surpreendendo-o e desfazendo o biquinho.

— Por nada! — Ele continuou com o indicador na boca de Hinata, sorrindo de forma natural e tranquila, ainda se lembrando da cena de antes.

Tobio tem um sorriso lindo quando se sente bem para sorrir.

— Seu sorriso é bonito... — Shouyou disse o que lhe passou pela cabeça, logo arregalando os olhos ao perceber o que havia dito, vendo a surpresa do rei.

— Acha? — Tobio se aproximou, uma aproximação extremamente estranha para Hinata.

— A-acho — Hinata estava extremamente corado, olhava para algum outro ponto, de repente as paredes lhe pareceram interessantes, qual era a cor? Marrom? Bege? Marrom misturado com Branco?

Olhou para o rei ao sentir o corpo ser puxado e abraçado pelo dorso.

— Obrigado... — Ele falou, escondendo o rosto, surpreendendo o ruivo, que de certo não esperava por aquilo.

— De nada... — Hinata o tocou nos cabelos e acariciou, passando delicadamente os dedos elos fios lisos.

Certo, já estava bom. Ambos se afastaram ao ouvir a voz dos mais velhos se aproximando.

— Olha essa bagunça, pode arrumar tudo, anda! — O rei falou olhando para o ruivo que se levantava. Estava corado, notou Hinata, vendo que ele limpava a garganta.

  — Você vai me ajudar! — Ele falou, colocando as mãos na cintura, bravo com a situação, como assim teria que arrumar tudo sozinho? Não mesmo. Recusava-se.

— Mas, não fui eu quem derrubou tudo! — Ele falou tentando contrariar o ruivo.

— Apois. Mas 'tá aqui, então vai ajudar sim. Sem reclamar. — No fundo, Hinata se segurava para não rir da situação.

  Kageyama reclamou, mas logo começou a recolher as coisas do chão. Pela bagunça que estava o lugar, não terminariam tão cedo, mas teriam que fazer um esforço.

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Agradeço a todes que leram!

Até a próxima!

Sorrisos e BagunçasOnde histórias criam vida. Descubra agora