Capítulo 19

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Manu

Falei o caminho todo e isso significada que eu estava ansiosa e nervosa, sim, eu não sabia esconder e claro que Bruno percebeu logo porque ele entrou no embalo. 

Bruno: sua família é bem... – ele ficou pensativo enquanto eu observava cada traço de seu rosto – tradicional – ele falou por fim – acho que gostaram de mim – ele riu e eu gargalhei –.

Manu: bom em questão de tatuagem não é nenhuma surpresa pra eles, você viu meu padrinho? Ele é cheio e meu pai, bom, meu pai ama até hoje – ri baixinho – mas Bruno, qual o problema deles gostarem ou não de você? Você é só amigo do Enzo ué –debochei e ele apertou o volante –.

Bruno: então tá, minha amiga –me olhou de rabo de olho e caí na gargalhada –.

Manu: ou somos algo a mais e eu não sei? 

Bruno: tu quer ser algo a mais pra mim? 

Manu: não sei se devo – ele me olhou e desviou o olhar para a avenida –.

Bruno: tem medo de mim? 

Manu: nós não temos nada haver Bruno – rimos –.

Bruno: fazemos direito.

Manu: e só, seu mundo é diferente do meu, você é o meu oposto e os opostos não devem se atrair – falei firme –.

Bruno: mas talvez eu deveria me envolver com a mulher que é o oposto de mim.

Ele parou o carro dentro do estacionamento do prédio e estava um pouco escuro e vazio, ele estava sem cinto apenas tirou o meu e me puxou pra ele, sua boca invadiu a minha e não recuei apenas retribui tudo que ele estava me dando ali porque eu sabia que seria passageiro, que nós dois não passa de um passatempo, um joguinho que ninguém pode descobrir. Paramos o beijo com selinhos e ele abriu aquele sorriso lindo que fazia meu coração disparar por mais que eu não queira. 

Manu: isso foi um beijo de boa sorte? 

Bruno: posso te dar mais do que isso linda – ele passou a mão no meu rosto e repousou seu dedo em meus lábios que estavam inchado do nosso beijo –.

Eu apenas sorri e saí do carro, arrumei minha saia e ele caminhou comigo até o elevador, me ajeitei para não estar desarrumada e ele ria o tempo todo dizendo o quanto eu era sistemática. 13º andar, a porta do elevador abriu e aquele sonho surgiu ali na minha frente, sala dos diretos e sala de reunião, uma secretária de frente bem vestida e bem bonita. Ela me olhou e arregalou os olhos ao ver Bruno me acompanhando, ela aparentava ter seus 45 anos além de ser bem arrumada era nítido.

Bruno pediu pra eu aguardar na recepção, sentei e respirei fundo, confesso que estava nervosa. Seria a minha primeira entrevista de emprego, claro que eu poderia muito bem fazer estágio na empresa da minha mãe mas não teria a mesma graça, não seria esforço meu e sim dela. Bruno saiu de uma sala com os vidros transparente onde Daniel já estava lá, ele me olhou e abriu um sorriso, foi se aproximando e levantei. 

Bruno: meu tio já esta te aguardando, assim que sai pede pra Carol me chamar na minha sala. 

Manu: tudo bem – sorri e ele também –.

Caminhei até a sala e ele abriu a porta pra mim com um belo sorriso no rosto, senti meu estomago cheio de borboletas mas me segurei. 

Daniel: Manu, bom dia. Como está? Bruno falou que estava bem segura – ele deu um sorrisinho e puxou a cadeira pra mim –.

Manu: Tudo bem Sr Daniel, e com você? É estou – retribui o sorriso –.

Conversamos bastante, ele fez algumas perguntas e testes comigo, algumas perguntas em inglês pois tínhamos diversos clientes americanos, o salário de estágio eu sabia que não era tão bom assim mas quando ele falou R$ 2.800,00 livre só para iniciar, confesso que senti um frio na barriga era mais do que poderia esperar. 

Daniel: o horário é flexível Manu, você pode escolher o seu mais fazendo 6 horas por dia de segunda à sexta. 

Manu: ótimo, pra mim no período da manhã seria excelente. 

Daniel: não vai atrapalhar a faculdade? Você pode entrar as 9 ou até mesmo 10h. 

Manu: até que gosto de acordar cedo – rimos –.

Daniel: perfeito então Manu, está contratada. Passa por favor no RH e trás todos os documentos solicitados, você começa amanhã. 

Manu: Obrigada Sr Daniel.
 
Daniel: por nada Manu, seja bem vinda. 

Ele apertou minha mão e saí da sala, confesso que minha vontade era de sair correndo e me jogar nos braços de Bruno e agradecer pela oportunidade, ligar para os meus país e contar a novidade. Fui em direção a recepção para saber a sala do Bruno já que ele pediu para encontrar ele lá. 

Carol: Pois não – ela disse sorrindo –.

Manu: onde é a sala do Bruno?
 
Carol: aquela a direita, ele está te esperando. 

Manu: obrigada – sorri –.

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