Artes de Kang Seulgi em Bae Joohyun

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Ao despertar, Joohyun remexeu-se no leito, soltando um bocejo fraco ao virar-se em outra posição. Sentiu um braço ao redor de sua cintura e sorriu; porque aquele braço era de ninguém mais ninguém menos que Kang Seulgi, sua amada Bear. Fitou o rosto sereno da mais nova, capturando cada detalhe, as bochechas que amava apertar, os olhos felinos fechados, os cílios longos que destacavam ainda mais seu olhar, o nariz redondinho, a boca bem desenhada, levemente avermelhada.
 
Naquele momento, Bae Joohyun sentiu o interior aquecer por tamanha fofura. Kang Seulgi era a criatura mais bela que já havia visto.
 
Ela não acordou com a movimentação na cama, Joohyun estava certa quando a apelidou de Bear; ela era sua ursinha preciosa. A mais velha ergueu o corpo devagar, sentando-se sobre a cama, afastando cuidadosamente o braço de Seulgi, que circundava sua cintura minutos antes. Sentiu uma leve ardência em suas costas e também em suas coxas, afastou o lençol que cobria seu corpo nu e segurou um risinho.
 
Seulgi tinha mania de marcá-la bastante, e por ter uma pele bem clara, era fácil deixar a Bae cheia de marcas vermelhas e algumas roxas devido aos chupões.
 
— É uma artista mesmo! — murmurou.

Sentiu o lençol se mexer, mais especificamente Seulgi se mexendo, finalmente despertando. Virou-se para encarar a face de sua amada, mordendo o lábio inferior para não rir da carinha fofa de sono de sua saeng.
 
— Bom dia, minha ursinha! — Joohyun jogou o corpo contra o de Seulgi, enchendo-a de beijinhos no rosto.
 
— Bom dia, Baechu! — Seulgi riu envergonhada com todo aquele carinho da mais velha — Ou seria boa tarde? — indagou — Que horas são?
 
— Hmm... — tateou o criado-mudo ao lado da cama em busca de um celular, e conseguiu alcançar o de Seulgi, apertou o botão central apenas para a tela acender e confirmar o horário — São 10 horas ainda, Seulbear, então ainda é bom dia! — riu.
 
— Certo. — abriu um sorriso — Acho que fiz minha melhor obra de arte dessa vez! — encarou cada uma das marcas no corpo da mais velha com um sorrisinho convencido, Joohyun revirou os olhos.
 
— Você não se segurou mesmo, hein? Olha isso! — virou-se de costas para que ela pudesse ver os arranhões — Carcou a unha com tudo nas minhas costas, sua selvagem! — gargalhou.
 
— A culpa não é somente minha, unnie. Quem é que ficou rebolando em cima de mim ontem, hein? — fez bico — Poxa, não dá pra resistir a você, Baechu! E você também me marcou.
 
— Mas eu só deixei marcas no seu pescoço, você acabou com o meu corpo todo! — justificou-se — Olha minhas pernas, olha meus braços! — mostrou-lhe o corpo todo — Até minha barriga, Seulgi! Desse jeito eu vou ter que usar moletom pro resto da vida pra ninguém ver isso!
 
— Ah, mas você fica linda de qualquer jeito! — riu — Você é minha tela em branco, lembra? E eu sou a artista que lhe pinta com as melhores cores.
 
— Boba! — aproximou-se da mais nova, selando-lhe os lábios com ternura.
 
Joohyun sentia-se como uma tela em branco, não apenas pela sua pele leitosa, mas porque Seulgi amava colori-la com tons de vermelho e roxo.
 
E ela amava Seulgi.
 
Intensamente.
 
— Seulgi-yah... Te amo... — murmura contra os lábios da Kang — Te amo muito. — mais um selar, antes de se afastar.
 
— Também te amo, Baechu. — sorriu, encarando os olhos brilhantes da Bae.
 
— Vamos tomar café? — perguntou, a outra assentiu concordando.
 
Kang Seulgi era uma verdadeira artista, e Bae Joohyun não se importava em ser sua tela particular. Amá-la e ser amada, isso lhe bastava.

Tela em Branco「 seulrene 」Onde histórias criam vida. Descubra agora