Sem levantar

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Eu não quero mais comer, dormir ou beber. Quero chegar em casa e sentir te esquecer, matar meus demônios, sendo que eles são você. 

Meus olhos estão cansados, meus ouvidos acabados, minha vida, desajeitada. Foi tudo você e minha mania de nunca ser amada. 

Eu sinto medo, sorrio, mas aí lembro, abaixo a cabeça e penso, de qualquer jeito, não vai ter fundamento. O meu desejo, é poder deixar com que tudo se ajeite, enquanto eu fico deitada, olhando minha mente. 

Então o jeito não é esse, não é o outro, não tem como. O que me resta é a reza que me faz de novo. Sem tanta areia o tempo freia e eu caio. Com tanto barro, o tempo é escasso, e eu me acabo. 

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