CARMELLA Narrando
Acordei zonza, sem saber onde estava e como cheguei ali, tentei movimentar meus braços, mas eles estavam amarrados aos braços da cadeira, pisco algumas vezes tentando recobrar a visão embaçada, assim que consigo enxergar me vejo presa a um lugar pouco iluminado. Meu coração acelera freneticamente, olho ao redor tentando me localizar, mas eu não consegui. UM RATO DO TAMANHO DE UM CACHORRO PASSOU DO MEU LADO!! LÁ VAI O MICHEY MANO!!
Carmella: BEN!! BEN!! — Berro tentando me soltar. Só o que ouso em resposta é uma gargalhada — Quem está aí?
Os passos abafados e pesados de botas ecoam pelo lugar, o mesmo cheirava a urina e carne em decomposição. O raspar de algo metálico e pesado no não me fez tremer, ali estava ela, parada bem na minha frente a mulher que vem fazendo o inferno na minha vida.
Carmella: Chegou o Zero a esquerda.
Recebo um soco na cara, o gosto metálico do sangue escorre pelo meu nariz chegando aos meus lábios.
Zero: Deveria ter mais respeito, ainda mais na situação em que está. — Ela se aproxima mais de meu rosto — Eu não gostei nada do recado enviado, você acha que isso é um teatrinho? Melhor repensar melhor garota. Isso aqui é um jogo de adultos, onde as regras são matar ou morrer.
Carmella: Se é um jogo de adultos, por que você está jogando? — Sorrio inclinando um a cabeça
Ela ri se afastando.
Em sua mão estava uma marreta pesada, a mesma a movimenta na minha direção do meu rosto, parando pouco antes de acertar meu olho. Meu corpo todo tremeu, fechei meus olhos esperando o pior, mas nada foi tão ruim quanto seu riso diante ao meu medo.
Zero: Pobre passarinho engaiolado — Ela acaricia meus cabelos — Eu vou cortar suas asas, pena por pena. — Diz ela abaixando a marreta e pegando um maçarico.
Gritos e lágrimas eram misturados a risos animados, sangue e suor pingavam no chão, o estralar dos meus ossos se rompendo era o que a deixava animada, meia hora de pura tortura e eu não estava aguentando mais, sentia que a morte havia desaparecido, ou que talvez eu estivesse morta é esse era o inferno. Seja o que for, zero me torturou pra valer.
Carmella: Isso.. — cuspo sangue — ..é tudo ciúme pelo Ben está comigo?
Seu sorriso caiu por um momento.
Zero: Ben era meu brinquedinho obediente, aliás ele ainda é. — Confessa escolhendo entre ácido ou álcool para a próxima tortura — Eu não preciso de motivos para fazer o que quero, simplesmente faço.
Berro quando sinto a ardência do álcool tocando minhas feridas abertas, a dor excruciante fez meus membros ficarem moles, com certeza minha pressão baixou bum nível perigoso.
Zero: Nao morra ainda passarinho, ainda temos tantas coisas pra fazer. — Fala animada tocando meu rosto
O que mais matava era a expectativa, o terror psicológico que ela fazia, isso ia quebrando minha mente pouco a pouco.
Zero: Você não tinha nada que fazer a justiceira e ir confrontar o Masky, isso quase acabou com minha diversão.
Carmella: Fazer isso não vai trazer o Ben de volta para você! — Resmungo sem forças
Zero: O Ben já é meu, ele não tem coragem para me largar. — Ela se senta numa outra cadeira — Você está péssima.
Tento sorrir, mas desisto por ser um esforço muito grande. Se pelo menos eu tivesse com meu celular, ele poderia me achar! Não é possível que o Ben não esteja me procurando, ele vai vir sim! Só preciso ganhar tempo...mas aí depois o que? Vou testemunhar o reencontro do casal ao vivo?
Só então me dou conta de que estou chorando, que merda! Não gosto de parecer fraca, mas que se foda!
Zero: Você está chorando?
Carmella: Estou! Algum problema? Vai reclamar com o Bispo.
Zero: Se eu não quisesse te matar, eu até poderia pensar em lhe beijar. — Arregalo meus olhos — Gosto de personalidades fortes.
Carmella: O Ben vai vir e me tirar daqui!! — Rosno me mexendo na cadeira
Masky entra rapidamente na sala.
Masky: O que você fez Zero?! Aquele elfo desgraçado vai vir.
Zero: Está com medo dele Masky? Ele não pode vir, eu desativei todos os celulares.
Agora foi minha vez de rir, fazendo os dois olharem para mim. Foi um riso libertador, como um último suspiro de vida.
Masky: Qual a graça vadia?
Carmella: Nunca te disseram que o celular de hacker é um poço sem fundo? — Eles me olhavam confusos — O máximo que você fez foi desconectar alguns programas de rastreio, cujos eu deixo só para despistar idiotas como você. Aprendi isso quando tinha 10 anos.
Zero: E o que isso tem haver?
Respirei com dificuldades pelas costelas quebradas estarem machucando meu pulmão.
Carmella: Se você não quebrou meu celular, o que eu acho pouco provável pela sua cara de surpresa, então o Ben ainda pode me achar graças a outro programa que mantenho escondido nos Confins do meu celular, um código que faz ponte entre meu aparelho e o mundo dele, e sempre que acontece alguma coisa com meu celular, esse código emite um alerta para ele.
Masky caminha até mim e começa a apertar meu pescoço.
Masky: SUA VAGABUNDA! EU VOU MATAR VOCÊ!!
Zero: Ainda não Masky!!! Solta ela!! Eu já disse que a garota é minha! — Berra o tirando de cima de mim
Minha vista já estava escurecendo, outra parada no hospital, ou no necrotério. Acho que vou gostar do frio de lá.
Zero: Vá quebrar o celular dela, agora!
Masky caminha enfurecido, porém, num feixe rápido a espada arranca a cabeça dele, fazendo seu corpo cair imóvel no chão.
O elfo loiro entra na sala. Ele corre até mim me desamarrando. Sinto um arder na minha veia, logo as dores vão sumindo e a escuridão da minha vista também.
Carmella: Que diabos você me deu?
Ben: Nao sei, o Smiley disse que isso iria ajudar você.
O beijo desesperadamente, mesmo ainda sentindo dores nos cortes em meu corpo.
Carmella: Espere! A Zero! — Olho em volta, mas ela tinha sumido
Ben: Essa vaca é mais escorregadia que sabão.
Meu corpo ainda estava fraco, por isso quase cai, por sorte ele me segurou.
Ben: Vou te tirar daqui.
Saímos daquele pesadelo com ele me levando no colo.
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Falha no sistem@ - Ben Drowned 💚CONCLUIDA💚
Fanfic{18+} Carmella, uma exelente hacker anonima que trabalha para a policia, porém tudo muda quando o que era para ser apenas um vírus chamado Ben Drowned, virou seu pior pesadelo. O que será dela agora? Ben tem ela como apenas uma vítima ou ha algo ama...