Após clarear minha mente, dirigi de volta para casa. Quando fui abrir a porta, a mesma foi aberta por Peter, enquanto ele beijava uma garota, não querendo dar explicações do meu estado emocional, passei pelos dois como um furacão e corri para o meu quarto. Não queria chorar, achava isso ridículo, prometi a mim mesma que os únicos homens que eu choraria, seria por meu pai e meus irmãos, mas a vontade estava tão grande que me sufocava, fazendo com que minha garganta desse um nó. Chegando no meu quarto, tranquei a porta, me joguei na cama e desabei. Me senti traída, menosprezada, inútil, ridícula. Nunca havia sentido esse sentimento de vulnerabilidade, como estou sentindo agora. Chorei alto, de soluçar, como não fazia a muito tempo. Meu choro foi interrompido por uma batida na porta, era Peter.
- Helena o que está acontecendo? Me deixa entrar.
- Vai embora Peter, eu quero ficar sozinha.
- Anda, abre essa porta, vamos conversar.
-Não quero, vai lá ficar com a sua nova namorada, pelo menos você tem uma.
Ele não me respondeu, se fez silencio, pude ouvir seus passos em direção ao seu quarto. Levantei da minha cama e fui até o meu armário, pegando uma camisola e trocando de roupa, enquanto me trocava, momentos de mim com Stefan vieram à minha memória, me levando novamente a chorar. Quando terminei de trocar de roupa ouvi a porta se abrir e Peter adentrar no meu quarto.
- Por que você tem a chave do meu quarto? – Perguntei enquanto secava as lagrimas que escorria.
- Para usar em momentos como este. Agora me diga o que está acontecendo.
- Resumindo, eu e Stefan estávamos saindo junto, escondido de todo mundo e hoje ele beijou uma garota na boate em que a gente estava. – Terminei de falar sentando na cama e olhando para Peter.
- Espera um pouco, você e Stefan estavam saindo juntos e você não me disse nada? – Ele perguntou com cara de indignação.
- Você não está no direito de reclamar de nada, acha que eu não sei que você e aquela garota estão saindo a duas semanas?
- Isso não vem ao caso, a conversa é sobre você.
Conversamos por algumas horas, Peter me fez um cafuné, me mimou e ficou muito estressado com Stefan. Não éramos apenas irmãos, mas também melhores amigos, somos diferentes fisicamente, mas no caráter e na personalidade somos muito parecidos.
Amanheceu, levantei, desci para tomar café da manhã e começar a arrumar as coisas para ir no almoço de hoje na casa do meu pai. Quando cheguei na cozinha, tinha um bilhete grudado na geladeira onde Peter dizia que chegaria a tempo somente pro almoço, pois havia ocorrido um imprevisto. Imaginei que esse imprevisto fosse em relação a Kathy, sua nova namorada.
Tomei café da manhã, arrumei minhas coisas e parti em direção a New Jersey, como é quase duas horas de viagem, chegaria em meu destino por volta das 9:00 hr.
Ao chegar na casa do meu pai, toda a família se encontrava ali e percebi que tinha umas pessoas que eu não conhecia. Fui bem recepcionada, cumprimentei todos com um forte abraço, coloquei a conversa em dia com todos e as duas mulheres que estava ali que eu não conhecia, uma é a namorada de Henry e a outra a nova namorada do meu pai. Senti que estava sobrando, pois só tinha casal, meu pai com Clay, Kane com Alicia e minha sobrinha de três anos, Henry com Megan. Ketlin com John.
Estava tentando ser o mais discreta possível sobre como eu estava magoada, mas quando eu entrei pra pegar uma bebida e passei pela sala onde estava os homens não teve escapatória, tentei ser quase invisível mas antes que eu pudesse chegar a copa, meu pai me chamou.
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Danger in Love
RomanceUma mulher forte, determinada, sendo uma das melhores agentes federais vê seu mundo mudar quando se apaixona por seu colega de trabalho, mas como se isso não fosse o suficiente mais um homem entra em sua vida, o deixando em uma posição difícil de e...