uma lição de verão. ❝njm + hrj❞

faça um donghyuck feliz.

Fora num verão, o filho de Apolo tinha suas 16 primaveras e fora a droga de um amor a primeira vista. Assim que seus olhos pousaram no filho de Afrodite, seu verão fora resumido em passar horas admirando de longe o mais velho, era mais que belo ou encantador, a palavra que buscava era inexistente. E é lógico que não demorou até que até os ventos dos bosques estivessem cochichando que Na Jaemin era perdidamente apaixonado por Huang Renjun. Ele não tinha planos para se confessar, nem em sonhos! Mas todo aquele burburinho incomodava o chinês, parecia que todos naquele acampamento estavam fazendo o mais novo de bobo pela descoberta, não era justo. Ele não merecia estar apaixonado por si, ele não merecia carregar aquela maldição de amar o menino de pedra; ele era puro e bom demais para aquilo.

Huang arrancou com força e pela raiz, não só uma confissão não planejada, forçada e constrangedora... como também seu coração. Na Jaemin estava, oficialmente, em pedaços. Ele chorou, Eros esbravejou diante da tolice de seu meio-irmão meio-sangue; Afrodite lamentou. Zeus não mandaria chuva, o céu não choraria por seu coração dilacerado. O tempo parecia rir de sua cara, e mesmo que seu pai estivesse tentando ajudar, as lágrimas correntes não combinavam com o Sol brilhante e escaldante do lado de fora. Talvez se afogasse nas próprias lágrimas antes de pensar em sair daquele chalé e encarar o mais velho de novo.

Talvez ele, finalmente, tivesse um tempo para si, para outras coisas, como seu fortalecimento por exemplo. Ocupação, ele precisava de algo que lhe ocupasse e mantivesse sua mente pensando, e não avoada em belas características.

Mais duas primaveras, e sua cabeça estava madura, seu coração porcamente remendado, e seu corpo fortificado. E, por mais contraditório que parecesse, a maturidade não lhe alcançou o coração, o rancor pelo filho de Afrodite permanecera.

E Renjun percebeu, assim como sua capacidade de sentir o amor lhe tiltava, ele percebeu, sem palavras ou contato visual, que Na Jaemin o odiava, e ele achou melhor assim. Até que percebeu o peso que sua ação o fazia carregar, ele não devia ter feito aquilo. Não devia ter arrancado algo à força do mais novo, quando ele sequer se atreveu a falar um "a" sobre aqueles sentimentos. Não quando tudo que o Na queria era lhe observar de longe e não causar nenhum transtorno. Não quando suas ações egoístas machucassem gravemente Jaemin. Em algum ponto, ele gostaria de voltar no tempo.

E como em todos aqueles livros clichês de romance, Renjun era um rosa...uma linda rosa, com perigosíssimos espinhos.

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Donghyuck se inclinava diante da torneira, uma mão em baixo do queixo tentava impedir que a espuma do creme dental expelisse mais adiante, ao passo que tentava inutilmente fechar a boca pelo mesmo motivo, enquanto ria incontrolavelmente de seu meio-irmão.

— Hyuck, é sério... – Na murmurou tristonho.

O Lee cuspiu o resto da espuma no lavabo, em seguida enxaguando a boca, tudo ainda risonho.

— Ai, me perdoa Nana. – Parou em uma pose. – Você sabe que eu te amo e é o único irmão que me entende, em vários sentidos... – Puxou o ar, enquanto sua careta risonha se desfazia, dando lugar a uma compreensiva.

Jaemin esperou. De fato, em vários sentidos era o meio-irmão que mais compreendia Donghyuck e vise versa. Como por exemplo, no quesito idioma, e na certa rejeição pelos outros meios-irmãos por não possuírem fios loiros ou olhos azuis; ou até no (não tão) misterioso caso de Donghyuck não pisar fora do chalé sem um iluminador, ninguém compreendia, a não ser pelo Na.

E, na verdade, era bem simples. Donghyuck nunca havia falado com seu pai, o máximo de contato que obteve fora quando fora reclamado pelo mesmo. Então, ele gostava de quando o Sol refletia no iluminador em seu rosto, ele sentia que de alguma forma aquele contato da luz solar lhe aproximava de Apolo, e isso lhe fazia feliz. Jaemin admirava demais o Lee.