capítulo 1: melhores amigos

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08:00

Fábio está narrando

Já faz mais de 5 minutos que estou correndo por esta cidade, eu quero ter certeza de que não estou sendo perseguidos por zumbis ainda.
É aí que tenho a idéia de entrar em um bar, eu abro as portas, entro, fecho as portas atrás de mim e as tranco.

Assim que viro pra frente novamente, eu me surpreendo por algo que não esperava.
Uma pessoa estava com uma arma apontada bem na minha cara, ela estava bem na minha frente, a dois passos de distância.

Eu não poderia me mover ou caso contrário, eu estaria morto.
Eu olho pro sujeito e faço um olhar de "você tá me assustando, fala algo".
Então ele decidiu falar algo.

Desconhecido: quem é você? responde agora.

Eu realmente não queria morrer de uma forma tão idiota, então respondi.

Fábio: sou Daniel, e você?

Mas eu não disse que eu seria sincero.

Desconhecido: acha que vou mesmo falar?
Fábio: não, não acho, mas devia..
Desconhecido: por que?

Ele diz enquanto coloca o dedo no gatilho.

Fábio: e.... Esquece....
Desconhecido: hm, acho bom.
Fábio: vai abaixar essa arma para que possamos conversar ou vai ficar aí?
Desconhecido: e por que acha que eu iria confiar em você?
Fábio: por que estou indefeso e você é o único com uma arma aqui.

Lógico que eu estava mentindo, eu tenho uma pistola guardada na parte de trás de minha calça, mas eu não tenho muita experiência com ela, então não sou muito bom. também tenho um cutelo no bolso de fora de minha mochila, mas eu não iria contar para ele que eu estava armado, não sou burro.

Desconhecido: uhum, e você sobreviveu esse tempo todo lá fora sem arma alguma? Conta outra vai

(A/N: essa história se passa 2 anos depois de 2018, então ela se passa em 2020, os personagens dela têm 15 anos)

Eu fico quieto por um tempo pensando em algo para falar mas não penso em nada, dando a impressão que eu estava mesmo mentindo.

Desconhecido: sabia, passa aí.
Fábio: ...
Desconhecido: quer levar um tiro ou o que?

Eu penso melhor por um tempinho e decidi que é melhor entregar mesmo.
Eu coloco minha mão direita atrás das costas pra pegar a arma mas então o desconhecido pegou meu braço.

Fábio: o que é? Acha que vou pegar ela e te dar um tiro?
Desconhecido: exatamente.
Fábio: meu Deus.

O desconhecido então me virou de costas e pegou minha pistola.

Fábio: feliz?

Eu ainda estou de costas para ele mas ainda sinto que ele está com a arma apontada para mim, então continuo parado.

Fábio: o que quer de mim agora?
Desconhecido: que você pare de mentir.
Fábio: é o que?

O desconhecido então começa a rir, por que diabos ele está rindo?
E não era uma risada malvada, era uma risada mesmo.

Desconhecido: qual é mano, eu sei que teu nome não é Daniel.
Fábio: por que está rindo?
Desconhecido: achou que fosse me enganar mano?

Ele continua a rir, mas é uma risada mais fraca desta vez.

Desconhecido está narrando

Não acredito que ele achou que fosse me enganar, eu reconheceria ele de longe, eu só estava zuando ele fingindo estar ameaçando ele com a arma, nem munição eu tenho nela, então eu continuo a rir, só que mais fraco desta vez.

Fábio: tá, você está me assustando agora.
Desconhecido: você não tem culpa de não me reconhecer, é que antigamente eu tinha o cabelo diferente, é que com o tempo, ele perdeu a tinta, sabe?

Ele então se vira e olha pra mim com uma cara de surpreso, parece que ele descobriu quem eu sou.
Então ele abre sua boca para dizer algo.

Fábio: meu Deus, não é possível! Luís?

Enquanto isso em outro lugar...

Continua...

Grupo Em Ruínas - The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora