Capítulo 30

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Eu não sei o que fazer, muito menos o que falar.

Os mais próximos a mim estão aqui na minha casa preparando juntos uma festa surpresa, a qual nunca tive — até então.

A cor sem graça da minha sala se perdeu dentro das divervas tonalidades dos balões que deixam o recinto mais colorido, divertido e alegre. Minha criança interior se anima com tudo isso; eu me animo com tal atitude.

Ao me deparar com a ausência do bolo nesta manhã eu tive em mente que deveria me contentar com isso. Ah, há muitos anos por vir, pensei durante caminhava para o trabalho. No entanto, sou recebida — ou pelo menos era para ser — dessa forma.

Nas duas laterais de uma mesa enfeitada há dois balões grandes personalizados com a minha recente idade. O número um e oito prateados balançam lentamente, sendo somente segurados por um fio amarrado ao pé do móvel.

— Eu acho que essa é a hora que você se mexe. — a voz sussurrada do Eduardo me tira do pequeno transe.

Rodo os olhos por todos ali ao mesmo tempo que dou alguns passos para frente, indecisa a quem ir abraçar primeiro. Mas eu não preciso pensar muito, porque logo meu corpo se choca com o de Mathias que veio ao meu encontro com os braços abertos, me envolvendo e me tirando do chão.

— Parabéns, maninha. — deseja.

— Minha nossa, o que é tudo isso? — murmuro para ele que sorri.

— É pra você. — afrouxa um pouco o abraço e me encara. — Mas você bem que podia demorar mais um pouco, não é? Ainda falta o bolo e alguns enfeites.

— Teríamos terminado se seu irmão não tivesse enrolado com as bexigas. — minha mãe se aproxima, afastando meu irmão e o substituindo. Retribuo o abraço. — Parabéns, meu amor.

— Obrigada, mamãe.

Sobre seu ombro, eu consigo ver meu pai. Ele é o próximo que abraço.

— Feliz aniversário, minha filha. — diz entre o nosso gesto apertado e acolhedor. Agradeço. Ele se afasta, mas mantém um braço sobre meu ombro. — Como o tempo passa. Minha menina está crescendo muito rápido.

— Apenas na idade, porque no tamanho... — Math não deixa de zombar meu tamanho. Não digo nada, mas não deixo de rir junto aos demais.

As felicitações continuam por parte dos outros, que me contam como foi a preparação desse evento e de quem partiu a ideia: Mathias, meu irmão.

Comigo tendo o conhecimento disso, foi o suficiente para fazer o próprio se gabar e o necessário para me fazer abraçá-lo mais uma vez e agradecê-lo. Claro que depois lhe dei um tapa na cabeça pelo ocorrido de hoje no meu quarto.

Depois de tantos gestos carinhosos, me deparei com a presença de Eduardo no mesmo local que o deixei. Sorridente ao mesmo tempo que envergonhado.

Me aproximo dele apressadamente e o puxo até o pessoal.

— Mãe, a senhora não queria conhecer a pessoa que me ajudou a conseguir um emprego? Pois bem, esse é o Eduardo.

Mamãe sorri e cumprimenta meu amigo com o mesmo abraço que me deu.

— Falou como se estivesse apresentando o namorado. — meu irmão implica.

— Não implica. — ralhei.

Ele dá de ombros.

— Prazer em conhecê-la, senhora... — Eduardo para esperando pelo nome dela.

Encaro meu irmão e ambos reviramos os olhos por tal formalidade.

— Tia Sônia, por favor. — ela diz simpática.

Um Amor Fraterno (Entrará em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora