Capítulo Único

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“Sem você ao meu lado, é como milhas e milhas de noites sem a luz da lua, ou, como um inverno que jamais tem fim.”

Após uma hora dentro de um trem rumo ao lugar que Jeongguk sentia que lhe traria a paz que tanto almejava, finalmente havia chegado ao seu destino. A ansiedade que sentia quando estava dentro da condução era tanta, que seu coração chegava a bater três vezes mais rápido que o normal. Suas mãos chegaram a tremer! Agora, que já havia desembarcado e pêgo suas duas malas, estava de pé, parado em meio à milhares de pessoas que passavam para lá e ‘pra cá. Sua ansiedade já não era tanta quanto antes, visto que acabara de chegar em seu novo lugar de paz, Daegu. Desde pequeno, Jeongguk tinha, sentia, o enorme desejo de morar na cidade que sempre lhe chamou tanto a atenção. E, agora, que realizou um item da sua lista de desejos e vontades, estava contente, mesmo que não demonstrasse isso exteriormente. Em seu rosto, mantinha uma expressão tão séria que as pessoas que esbarravam o olhar com o seu, não o mantinham — o olhar — por um longo período de tempo. Já haviam alguns dias que o Jeon não esboçava um sorriso que fosse verdadeiro, e, a causa disso, era tudo o que havia passado quando ainda estava em Busan. A questão é que, poucos dias atrás, aconteceu uma festa para comemorar os vinte e um anos de Jeongguk. Mas, não podia ter acontecido em momento pior. O jovem compositor estava mergulhado em uma maré de azar, e, para piorar a situação, não tinha tempo sequer para respirar direito. Estava sendo pressionado, tanto pela sua família, que insistia para que o jovem adulto largasse a música e assumisse o lugar de seu pai em uma empresa onde fazem grandes e lucradores negócios; quanto da empresa para a qual vende algumas de suas músicas, que o pressionava à escrever quantas músicas fosse possível — e impossível — em um dia apenas e, que não deixava o músico sequer ter um tempo para si mesmo.

Jeongguk precisava de paz, descanso, antes que ficasse louco ou antes que tivesse um ataque cardíaco de tanto trabalhar.

E, foi pensando em encontrar um lugar onde teria paz e sossego, que lhe ocorreu a ideia de se mudar para Daegu, já que não há conhecido algum seu que more na cidade. Então, Jeongguk não pensou duas vezes antes de  arrumar suas malas e comprar uma passagem de trem que partia para a metrópole. Não contou à ninguém que estava de mudança, senão, sequer teria conseguido chegar até aqui. Sua consciência estava em paz somente de pensar que não teria alguém lhe incomodando o tempo todo, que não teria alguém lhe pressionando a todo o tempo. Jeongguk sempre foi apaixonado por música, sempre foi o seu sonho ser cantor e compositor. E, Quando o realizou — o sonho —, achava que trabalharia para si mesmo; mas, às vezes, as coisas não acontecem da nossa maneira. O Jeon viu o quão cansativo era ter de escrever mais de duas canções em um só dia, viu o quão exaustivo era permanecer trancado em uma sala dia e, às vezes, até de noite. Haviam dias em que Jeongguk sequer comia, outro, que ele sequer via a luz do sol, nestes dias, ele virava dia e noite em um escritório que foi feito especialmente para si; já essa parte não é lá tão ruim. No início de sua carreira, sentia-se realizado e feliz por estar fazendo o que gostava, mesmo que ainda fosse bastante pressionada pela parte de seus familiares. Mas, com o tempo, tudo se tornou tão cansativo, que Jeongguk desejava apenas deitar em sua cama e dormir por milênios.

Antes de se mudar para Daegu, Jeongguk procurou por uma casa que esteja localizada no bairro mais distante possível da movimentação e do barulho de metrôs, ônibus, carros e de diálogos paralelos entre pessoas. Para sua sorte, acabou por encontrar uma e que já vinha mobiliado. O preço não era tão generoso, mas Jeongguk pagaria o quanto fosse possível para ter ao menos um dia de paz. Estava de dedos cruzados, rezando para que ninguém o encontre e para que ninguém descubra seu novo número de telefone. Se pudesse, teria mudado até seu nome e identidade, mas seria a mesma coisa que dar um tiro no próprio pé. Dois dias antes, um caminhão levou algumas coisas da antiga casa de Jeongguk, para a nova. E, no meio da mudança, estava sua moto, esta que com certeza encontrava-se na garagem da nova casa. O moreno mal podia esperar para estar em seu novo lar-doce-lar, mal podia esperar para deitar em sua cama, fechar os olhos e lembrar que não terá de acordar às quatro da manhã para ir trabalhar.

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⏰ Última atualização: Oct 18, 2018 ⏰

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