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Capítulo 7

Disneyland é definitivamente um dos lugares no mundo onde não se precisa ter idade para frequentar. Ou melhor, é um dos lugares no mundo onde se permite ser criança pelo tempo que se precisa. É o lugar onde se pode se sentir seguro para ser quem quiser e agir como quiser, assim como o lugar para se divertir da melhor forma que se deseja e espera. É, por fim, o lugar onde Hailee e Niall se encontravam em meio às pessoas que àquela altura provavelmente já haviam espalhado para todos os cantos do mundo seus respectivos paradeiros.

Se antes não se sabia ao certo qual era o verdadeiro paradeiro de Niall visto que há semanas escondia-se entre sombras, literalmente, agora estava como que certo qual era seu paradeiro – mas no fundo, o que lhe ocorria, os encontros que tivera com alguns fãs, ele esperava que respeitassem sua privacidade.

E o mesmo ocorria com Hailee que desejava a todo custo ter horas agradáveis em um lugar que sempre lhe exalava magia. Era como se pudesse se sentir em um universo paralelo, onde tudo ali pudesse dar certo como num piscar de olhos, num estalar de dedos. Ela, por incrível que pudesse parecer, estava se sentindo bem mais do que a vontade e em meio aos encontros que tivera com fãs, buscou manter calma, buscou não se deixar levar por inseguranças e buscou manter a si própria em seu lugar, e não surtar, porque, surtar, mesmo que internamente, não iria lhe ajudar em nada. E estava na Disneyland, e estava agora rindo de algo dito por Niall que, em seu campo de visão, usava um típico chapéu com orelhas de Mickey: ela não sabia o quão engraçado e divertido e bonito ele poderia se parecer usando as malditas orelhas de Mickey. E o sorriso. O sorriso dele estava lá para fazer ainda mais seu coração se sentir seguro e aquecido.

- Devo me preocupar por você estar me olhando assim? – Ele indagou mostrando preocupação. Estavam agora parados em mais um brinquedo que era destaque no parque, a fila, imensa.

- Ou você está cogitando a possibilidade de desistir enquanto há tempo? – Indagou desafiador, o sorriso torto. – Você sabe que esse brinquedo pode ser um tanto quanto assustador, afinal, é uma montanha-russa...

- Niall James, por Deus! Quem diabos têm medo de uma montanha-russa? – Indagou de volta demonstrando um sorriso debochado.

- Você pode ter. Quem sabe? Desde que chegamos à fila você está quase que silenciosa demais. Para mim, isso é evidência de alguém que está se borrando nas próprias calças.

- Não seja idiota, irlandês – Ela o empurrou ao jogar seu ombro contra o dele, que riu e se segurou para não puxá-la pela cintura e beijá-la em meio à brincadeira. Tudo o que pôde fazer, no entanto, foi depositar sua mão contra a cintura dela num gesto, e apertá-la significativamente. Ela sorriu em resposta compreendendo o gesto e ele lhe deu um sorriso de lábios fechados. Ela continuou dizendo:

- Me admira você estar tão cheio de coragem para ir a mais um brinquedo. Pensei que havia desistido no último, afinal, você apertou tão forte a proteção, e gritou tão alto, que, ora, jurei ter visto você se borrando em suas próprias calças.

- Ei, não use minhas palavras contra mim – Ele balbuciou fingindo mal humor. – E você não pode ter tanta certeza de que me ouviu gritar. Poderia ser o cara que estava ao seu lado, e não exatamente eu.

- Niall, você era o único que estava ao meu lado. Você não percebeu? – Ela jogou a pergunta para ele que rolou os olhos em forma de tédio e deu de ombros. – Claro! Você não pode simplesmente confessar, não é mesmo...

- Por acaso está dizendo que sou covarde?

- Claro que não, irlandês. Você foi bem corajoso.