Capítulo 3

6.5K 401 77
                                    

Manu narrando:

Ontem meu pai me impôs várias regras que devo cumprir ao pé da letra para minha segurança, as vezes acho que é exagero dele, mas ele tem seus motivos, e eu não quero ele surtando, e quero ter liberdade pra ir para onde eu quiser, porém, ele disse que para todas as pessoas que eu conhecer fora do morro, eu moro em um apartamento em Copacabana, e nunca dizer que sou filha dele para quem não conheço, e nunca, por motivo algum, ir em outra favela, porque são muito perigosas, e eu prometi obedecer a ele, caso contrário hoje eu pegaria o primeiro voo para Portugal.

[...]

Acordei cedo e disposta, esse clima do Rio me agrada muito, minha mãe ficou de me levar na faculdade para que eu pudesse fazer o vestibular, então me ajeitei e fui fazer a bendita prova. Minha mãe pediu para que eu ligasse para ela quando a prova acabasse que ela viria me buscar. Me encaminhei para a recepção e estava tudo certo, apresentei minha documentação e entrei para a sala, que já tinha algumas pessoas presentes.

Larrisa narrando:

Hoje era o dia da bendita prova e eu acordei atrasada, sair catando as coisas, porque puta que pariu, eu sou muito desorganizada, mas o make e o look não pode faltar.

Cheguei na faculdade as pressas, apresentei minha documentação e fui direto para a sala, me setei e peguei minha pochete, e pro meu azar não tinha uma caneta azul ou preta

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Cheguei na faculdade as pressas, apresentei minha documentação e fui direto para a sala, me setei e peguei minha pochete, e pro meu azar não tinha uma caneta azul ou preta.

- Cara é muito azar.

#: Está tudo bem?

- Esqueci a caneta.

#: Tenho uma extra, pega ai.

Uma moça muito simpática me deu a caneta com um sorriso.

- Obrigada, não daria tempo ir comprar outra lá fora!

#: Por nada!

Estendi minha mão pra ela.

- Prazer meu nome é Larrisa!

Ela apertou minha mão...

#: Prazer o meu é Manuelly.

Sorrimos uma pra outra e a aplicadora da prova entrou na sala.

[...]

Ela saiu da sala e eu sair logo atrás dela.

- Manuelly?

Chamei ela, e ela virou para mim...

- Sua caneta! Obrigada.

Manu: Não por isso, boa sorte na prova!

- Pra você também!

Manu: Obrigada! Bom eu preciso ir, vou ligar pra minha mãe pra ela vim me buscar.

- Eu te levo menina! Onde você mora?

Manu: Em Copacabana.

- Te deixo lá se quiser, to indo pro shopping comer e comprar.

Manu: Shopping?

- Sim! Quer ir? Eu vou sozinha mesmo, depois te deixo em casa, estou de carro!

Manu: Então ta bom.

Ela ligou pra mãe e avisou que iria ao shopping e partimos pro rolê.

[...]

Conversamos sobre tantas coisas, e na verdade parecia que a gente se conhecia a anos, ela me contou que sempre morou em Portugal, que tinha chegado ontem, foi tantos assuntos, marcamos até de algum dia ir para Portugal juntas, ela é muito legal, pelo jeito é bem refinada, mas tem uma simplicidade incrível, acho que o fato de eu morar em morro não vai ser um problema, eu ainda não toquei nesse assunto, acho que é um pouco cedo, mas acho que seremos boas amigas.
Deixei ela no condomínio que ela mora e voltei pro morro quase 18:00 horas da tarde.

Manu narrando:

A Larrisa é ótima, eu nunca sorrir tanto como sorrir na companhia dela, na verdade eu nunca tive muitas amizades, mas com ela, nossa parece que eu conheço ela a uma vida inteira, mas segui as ordens do meu pai, falei que morava em Copacabana e foi lá que ela me deixou, no condomínio que nós temos um apartamento e de lá eu liguei para minha mãe para me buscar, apesar que eu acho ela super inofensiva, parece see uma boa pessoa, mas é melhor seguir as regras que o meu pai  me passou.
Alguns minutos depois minha mãe chegou, eu entrei no carro e seguimos para o morro.

Paola: Se divertiu?

- Muito mãe.

Paola: Eu fico feliz que tenha feito amizade com uma moça de bem, e que possivelmente estudará com você.

- Eu também mãe! O que meu pai falou a respeito do meu sumisso?

Poala: Falei que estava no shopping com uma colega do vestibular.

- Ele não surtou?

Paola: Eu disse que você precisava de amizades, e que essa menina possivelmente séria sua colega de turma e isso já era um bom começo para você e ai ele parou de encher linguiça.

- O que seria de mim sem ti?

Paola: Nada, nada, nada!

2 meses depois...

Nesse período eu me encontrei com a Larissa várias vezes, eu já tinha levado ela lá no apartamento em Copacabana, para conhecer minha mãe, e elas super se gostaram, e nós estamos muito ligadas, inclusive, ela me fez o convite para ir em um churrasco na casa dela,  que é no Complexo do Alemão, na minha mente veio a regra do meu pai sobre não ir em nenhuma favela, mas eu queria muito ir conhecer a família dela, eu não quero enganar meus pais,  mas eu não vou mentir em tudo, eu só vou mentir sobre a localidade que a Lari mora, então fechei com ela de ir no sábado pra casa dela e voltar no domingo, foi uma guerra mundial para o meu pai deixar eu ir, mas com a ajuda da minha mãe eu conseguir.

Sábado pela manhã...

Whats on...

Best 💕: Morena da minha vida, to indo te buscar!

Eu: Estou prontinha a sua espera minha loira!

Best💕: Marca 30 que chego ai...

Eu: ❤

Whats off...

Minha mãe já tinha me trazido para o condomínio e estava comigo esperando a Lari chegar.

Paola: Manuelly, pelo amor de Deus, amanhã 19:00 horas você esteja em casa, pelo amor de Deus. Foi uma luta pro teu pai deixar tu ir pra casa da Larissa, tu não me apronta não viu.

- Relaxa mãe!

Depois de um tempo a Lari chegou e eu desci muito animada, afinal, tudo isso pra mim era muito novo.
Ascenei para minha mãe antes de entra no carro e partimos, rumo ao Complexo do Alemão.

Lary: Amiga, eu preciso te falar algo!

- Fala amiga!

Lary: Sobre minha família, eu não quero que se assuste, mas meu irmão é envolvido com o tráfico, e você vai ver muita gente armada na minha casa, mas somos pessoas boas, mas ...

- Eu entendo e também preciso te falar algo...

Lary: Fala!

- Minha família também é envolvida com o tráfico, por isso vivi toda minha vida longe do Brasil, para minha proteção, e eu sou proibida de falar sobre isso pelo meu pai, ele não me permite falar sobre isso...

Lary: Então não vamos falar, será nosso segredo!

- Isso, nosso segredo.

E seguimos nosso caminho...

Prioridade Do Chefe 2 (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora