Capítulo 44

13.4K 861 20
                                    

Carol

Carol: que surpresa – falei sorrindo –.

Manu: não consegui arrastar esse mocinho mais cedo da cama – ela falou rindo e Bruno estava com receio de algo, conhecia aquela carinha dele –  .

Bruno: aqui é pra você – ele me entregou  –.

Carol: obrigada Bruno, estou feliz com a visita de vocês. Por favor, entre – me afastei e eles entraram  –.

Passamos o dia ali juntos, Manu me ajudou no almoço e Bruno se soltou mais. O porteiro André foi me ver e quando percebi a cara feia de Bruno não pude deixar de sorrir. Conversamos sobre tudo e Manu contou muita coisa da sua vida, querendo ou não ela era a minha nora e a melhor pessoa que Bruno poderia ter encontrado.

Bruno: e o seu tratamento? Se não quiser falar, tudo bem eu vou entender. Só – ele deu uma pausa e apertou a mão de Manu – estou preocupado. 

Carol: eu sempre fiz acompanhamento já que minha mãe faleceu com um câncer de mama, e quando descobri foi um choque mas é bem pequeno, começo as quimio na próxima semana. Tirei essa semana pois precisava me preparar psicologicamente para as sessões e ir trabalhar – sorri –.

Bruno: Trabalhar? Não, você não pode – falou preocupado –.

Carol: claro que posso – ri – eu preciso me distrair com algo, ficar nesse AP sozinha só piora as coisas Bruno. 

Bruno: saiba que não importa, você indo ou não o seu salário esta garantido. 

Carol: sei que sim, seu tio me deve muito – calei a boca rapidamente, me arrependi de dizer isso –.

Bruno: porque te deve? 
Carol: nada, é só que... Já fiz muito pela empresa, você sabe. 

Bruno: acho que deveria se aposentar e viajar conhecer o mundo e não se preocupar mais com nada. 

Carol: você sempre será minha preocupação filho – saiu sem eu ao menos pensar duas vezes, Bruno ficou assustado nunca havia chamado ele de filho antes –  me desculpa, eu.. não deveria. 

Bruno: está tudo bem, Manu –olhou pra ela – vamos? Seu irmão já esta preocupado mandando mil mensagens perguntando de você. 

Manu: tudo bem, vamos – ela sorrio tranquilizando ele – A gente volta Carol, tem o nosso número e o André o porteiro também – ela deu uma risada irônica e Bruno revirou os olhos  –.

Manu

Saímos da casa de Carol e fiquei feliz com o comportamento de Bruno e o jeito que ele tratou Carol mais ficou com uma pulga atrás da orelha quando ela disse que Daniel devia ela. 

1 mês e meio passou, semana do natal chegou e confesso que pra mim sempre foi a melhor época do ano, eu amava estar com os meus pais Enzo sempre ia para BH ficar com a gente. 

Manu: você vai comigo né? 

Bruno: será que sua mãe vai gostar de me ver lá? Eu sou cheio de tatuagem e... 

Manu: você é lindo, meu futuro advogado – ri baixinho – sem desculpas. 

Bruno: A Carol disse que uma tia e sobrinhas vem ficar com ela, eu não quero contato ainda sabe? Não estou pronto. 

Manu: você sabe que ela nunca irá cobrar de você lindo, estou feliz que você tem acompanhado ela nas sessões.
 
Bruno: ela também está, mas o meu tio quis demitir ela. 

Manu: ele não pode, independente de qualquer coisa ela trabalha lá a anos. 

Bruno: ela não precisa nem trabalhar Manu, eu nunca vou deixar faltar nada pra ela. 

Meu coração transbordava com esse gesto do Bruno, ele mudou para melhor, estava mais controlado tenho certeza de que meus pais vão aprovar além do mais é amigo de Enzo. 

Minhas malas estavam prontas, eu ia primeiro de avião já que Bruno ainda tinha algumas reuniões por aqui, ele não gostou muito da ideia mais precisávamos nos desgrudar um pouco. 

Bruno: adia essa ida sua Manu, vai, por favor – falou pidão e ri –.

Manu: você quase consegue me convencer mas quem não te conhece que te compre meu amor – falei com a boca grudada na dele e rimos –.

Bruno: amanhã a tarde eu chego lá e já estou avisando que irei dormir na sua cama de BH em – mordeu meus lábios e soltou devagar –.

Manu: se o senhor Henrique autorizar.

Bruno: vish – rimos – Te amo, boa viagem linda. 

Manu: comporte-se lindo, eu te amo. 

Caminhei com a minha mala e dei uma última olhada para Bruno, ele era tão lindo e só eu conhecia o garotinho que vivia naquele jeito ogro de ser. A viagem foi rápida, logo eu estava em BH com o sol se pondo, saudades daquela paisagem. 

Rique: oi filha – meu pai falou empolgado enquanto me aproximava –.

Manu: que saudades pai – me joguei em seu abraço e fiquei por alguns segundos –.

Rique: vem, vamos que sua mãe cozinhou especialmente pra você.

Nem todo erro é errado |Onde histórias criam vida. Descubra agora