Manu
Assim que chegamos em casa aquele cheiro de comida da minha mãe estava exalando, como eu sentia falta. Eu amava esse jeito simples dela em mesmo tendo empregadas e cozinheira nunca deixou de preparar uma comida pra gente.
Manu: tenho que chegar engordando né – falei abraçando minha mãe e ela largou tudo para retribuir –.
Mia: mais é claro, não podemos perder o costume filha – riu baixinho –.
Manu: cadê Analú? Estou cheia de saudades dela.
Mia: deu uma saída com alguns amigos – revirou os olhos –.
Manu: está tudo bem por aqui? – sentei na cadeira enquanto minha mãe terminava de cozinhar –.
Mia: esta filha, acho que deve ser aquela fase chata. Se bem que você nunca me deu trabalho – falou enquanto tirava a lasanha do forno – Mas Analú esta nessa fase de querer fazer o que dá na telha sem se preocupar comigo e com o seu pai.
Manu: não é nada na escola?
Mia: não sei o que fazer ser, Manu – virou para me olhar – sempre demos tudo para vocês sabe? Agora ela disse que não quer mais fazer faculdade, que essa vida não é pra ela. Que só você e Enzo será o orgulho da família – balancei a cabeça –.
Manu: vou conversar com ela mãe, fique tranquila. Deve ser apenas uma fase chata –levantei e dei um abraço nela –.
Almoçamos nós três já que Analú ainda não estava em casa, mandei mensagem mais ela não respondeu e confesso que me deu uma certa preocupação. Conversei com Bruno o restante do dia inteiro no whatsapp, ele teria uma última reunião hoje e amanhã cedo vai ver como Carol está e levar o presente que ele comprou, e depois iria vim pra cá com o meu irmão já estava tudo certo de ir buscar eles no aeroporto.
Tomei um banho demorado no meu antigo quarto, deixei algumas roupas minha lá que claro, Analú também estava usando mais nunca me importei com isso. Sai do banho e vesti uma roupa qualquer para ficar em casa, o sol já estava se pondo e eu adorava essa hora do dia. Fui até o jardim e sentei em uma poltrona enorme que tinha e fiquei observando o por do sol até o portão abrir e Analú me ver lá, seus olhos estavam vermelho e ficou mais ainda ao me ver.
Analú: Mana – ela falou ao se aproximar e se jogou em meus braços, ficamos assim por alguns minutos sem dizer nada só sentindo –.
Manu: oi mana, como você está? – segurei em teus braços leve e olhei em teus olhos –.
Analú: bem – disfarçou – desculpa não ter vindo para o almoço, é que, estava enrolada... e.
Manu: não precisa se explicar mana, fica aqui comigo tá bom?
Sua resposta foi um sorriso, um sorriso que eu amava tanto e sentia falta todos os dias. Nunca escondemos para Analú quem foi a sua mãe, e nem como isso foi acontecer entre o papai e Pamela mas ela também nunca questionou, mas seu olhar estava diferente e o seu jeito também.
Dormimos ali mesmo, juntinhas. Abri meus olhos devagar quando senti um cobertor encima da gente e era o meu pai, ele deu um sorriso e assentiu. Saiu de lá e voltei a dormir, ali mesmo no jardim.
Acordei com aquele sol forte de BH em meu rosto, Analú ainda estava desmaiada do meu lado, dormiu igual um bebê. Levantei sem acordar ela e passei pela cozinha, a mesa farta de café estava com uma cara ótima, minha mãe sorrio ao me ver e meu pai ainda não estava lá.Mia: dormiram igual uma pedra em – riu baixinho – ela conversou com você?
Manu: não nos falamos muito, ela também estava cansada –sorri disfarçando, não iria contar dos olhos vermelho de Analú se não minha mãe iria surtar –.
Mia: bom, dia de comemorar esta chegando e com você aqui ela vai se enturmar mais –falou confiante e sorri –.
Acordei Analú para tomar café com a gente, ela reclamou um pouco como de costume mas foi. Combinei com a Lua de ir almoçar no shopping e já ia comprar o presente de natal do Bruno aliás, bateu uma saudade dele nunca ficamos tanto tempo longe assim.
Analú: ah não Manu, quero passar o dia na minha cama, desculpa Mana mas hoje saí a minha série.
Manu: viciada – dei linguá – me aguarde viu.
Ela riu e fui para o meu quarto, tomei um banho e coloquei um macacão que batia na minha coxa e uma anabella, deixei o cabelo solto e fiz uma maquiagem bem básica. Peguei o carro da minha mãe e passei para pegar Lua na empresa do pai dela, não ficava muito longe do shopping.
Lua: morro de saudades –choramingou ao me abraçar e rimos –.
Manu: nossa Lua, quase um ano cara.
Lua: Te proíbo de ficar fazendo isso comigo em.
Manu: por favor, nem podemos – rimos –.
Almoçamos e fomos em uma Calvin Klein, colocamos o papo em dia e Lua me contou os babados da faculdade e que estava ficando com o sócio do pai dela, sim ela era um pouco perturbada eu sempre fui o equilíbrio da nossa amizade. Comprei uma camisa social branca para o Bruno passar o ano novo, iriamos viajar para Angra dos Reis com uma turminha aproveitei e comprei minha roupa também.
Lua: chateada em ter que voltar para aquela empresa –fez bico –.
Manu: bom, amanh6a sendo dia 24 ficarei mais dois dias, depois volto pra são Paulo e partiu rio. Mas prometo que irei voltar mais vezes e você precisa ir me visitar em São Paulo cara.
Lua: prometo amiga, não posso ficar longe de ti, pois, falta juízo – rimos –.
Parei o carro em frente a empresa, desci para dar um abraço na minha amiga que eu sentia tanta falta. Quando ia entrar no carro Lucas saiu da empresa e seu olhar me achou rapidamente.
Lucas: Olha só, que visita boa –falou sorrindo e se aproximou –.
Manu: pivete você cresceu – ri –.
Lucas: tu não muda né Manu –ele riu e me abraçou – está de passagem só?
Manu :estou indo no aeroporto, fico só até o dia 27 de manhã.
Lucas: A gente se vê por aí então?
Manu: claro – sorri e entrei no carro –.
Dei partida mas não queria completar, que raiva. Tentei mas o carro não pegava de jeito nenhum, meu pai estava em uma reunião em um shopping longe dali, minha mãe ligou para a porto seguro mas até chegar um guincho, quando fui entrar no carro novamente Lucas parou ao meu lado de carro.
Lucas: precisa de ajuda? Te deixo no aeroporto se quiser.
Manu: não vai te atrapalhar?
Lucas: claro que não, entra.
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Nem todo erro é errado |
Подростковая литератураEscritora: Ju Rabetão • Respoansável pela história: Letícia +16 | Manuela, mais conhecida como Manu. Filha da Mia e Henrique, atualmente com 20 anos mudou para São Paulo para terminar sua faculdade de direito e começar uma nova vida longe das asas...