01 -• P r o l o g u e

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Sem mesmo abrir os olhos, pude enxergar o terror que aquele local – palco de antigas alegrias – havia se tornado. Senti meus pés adormecerem e a dor do empurrão que levei foi ampliada. Minha cabeça doía, mal podia me locomover. Encolhi-me em posição fetal assim que ouvi uma voz rouca de fundo dizer:

Acho que você está amolecendo, querido amigo Estripador. Quando foi a última vez que deixastes uma alma viva? — senti-o se aproximar.

Não posso acabar com uma família inteira dessa forma. Alguém precisa continuar o legado, carregar o fardo do sobrenome e essas baboseiras que humanos com sentimentos consideram.

Meu corpo foi puxado para cima. Haviam me obrigado a ficar de pé. Olhos escuros de um jovem com feição aparentemente angelical se fixaram nos meus, enquanto sua boca repetia as seguintes palavras:

"Tranquilamente, você irá atear fogo na casa inteira, e o que ocorrer, será o que aconteceu, um incêndio. Seus familiares morrerão queimados e você fugirá pela porta dos fundos."

Eu não conseguia desviar o olhar, e muito menos discordar com alguma sequer palavra dita.

"Esqueça que eu e meu amigo estivemos aqui."

Ao piscar meus olhos, meu corpo começou a caminhar involuntariamente, eu não tinha controle sobre o mesmo. Minhas mãos puxaram a porta do balcão que armazenava as bebidas de papai, tirando uma garrafa de vodka de dentro. Meus pés estavam no modo automático, como se eu fosse um robô programado para fazer determinada ação. Tirei a tampa da garrafa e despejei todo o líquido nos cômodos da casa, o suficiente para causar estrago. Meus dedos involuntários se dirigiram ao bolso esquerdo da calça, retirando de lá um isqueiro cinzento. Abri-o e o joguei no chão, correndo até a porta dos fundos.

Mais um dia como qualquer outro. Respirei o ar puro do jardim dos fundos de minha residência e observei os pássaros nas árvores da casa vizinha. O céu estava lindo e o sol agradável. Meu estômago roncava e a necessidade de almoçar com minha família aumentava a cada segundo de espera pela refeição especial de dia de Ação de Graças.

Um cheiro de fumaça invadiu minhas narinas. Mamãe deve ter deixado o almoço queimar. Virei-me para trás e uma nuvem preta encontrou meu rosto. A minha casa estava em chamas.

Socorro! — gritei e senti minhas pernas fraquejarem, eu estava desmaiando.

Tudo o que veio em seguida foi uma escuridão sem início, meio e fim.

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Segunda fanfic de BTS no Wattpad, yay! Dessa vez vai ser um pouco diferente, bem vampiresca, sobrenatural e essas baboseiras que eu adoro. Prometo que irão gostar ao continuarem. Prontas?

não esqueçam da estrelinha pra incentivar <3

The Petrova • BTSOnde histórias criam vida. Descubra agora