De que você sempre esteve aqui, eu já sabia, e você virou a minha doença, já me avisaram. De que nada adiantou eu cuidar das dores que não eram minhas, e tentar disfarçar você. Mas eu só te peço, não me diz o seu nome.
E não admito que em mim isso viva. Eu estou morta. Não quero deixar que tire mais ainda o sabor dessa vida, por mais que eu não queira mais ela. E não falaram o seu nome.
Pois não quero ler, e nem mesmo o escrever. Já que você é negatividade, eu te nego em mim, e nego todo esse sentimento de vazio. Se é vazio o que te trás, você não existe em mim. E meus olhos não vão ver o seu nome.
Reprimindo você assim, até te sufocar da mesma forma que faz comigo todas as noites. Te tirando a essência de vida que rouba de mim, pobre, que já não a tenho a tempos. E meus pulmões não se encheram para dizer o seu nome.
E se existe uma forma de tirar você de mim, também irei tirar de todos que puder. E eles não terão o seu nome.
Sei o quanto dói te negar. É como negar parte de mim e de tudo o que vivi, esquecer de coisas que me fazem ser o que sou. Mas a minha dor não terá o seu nome.
Sairei de você nem que seja a ultima coisa que eu consiga fazer. Minha vida não será nem minha, nem sua. E nela não terá o seu nome.
Aconteça o que acontecer, eu não o direi. Não darei forças ao que me tira a paz. Eu não usarei a minha voz para dizer seu nome.
O caos que me tornei, será da onde tirarei forças para me livrar de você, e pouco a pouco não terei mais sua voz em meu ouvido. Você sim, será uma lembrança que tentarei esquecer. Eu vou esquecer o seu nome.
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O princípio paranoico
De TodoO que se passa dentro de minha perturbada mente está aqui e, dia após dia, a evolução de minha insanidade. Entre amores e sentimentos, minha completa ida até o fundo da loucura que vivo.