Os (Des)encontros

Capítulo 2

Nova York sempre foi agitada, as pessoas sempre se movimentando, carros abuzinado e aquela coisa caótica de cidade grande, lanchonetes servindo o seus melhores cafés e rosquinhas.. inclusive eu estou comendo uma delas. Não há como resistir, antes de subir nesse inferno quer dizer prédio, deve-se abastecer a glicose no corpo,talvez assim as coisas ficam um pouco doces. Mas infelizmente, o inferno sempre se reina por aqui.

Na minha mesa só tem papéis, como de costume  e no notebook vários e vários e-mails, e é lógico uma caixa de rosquinhas. Mas essas rosquinhas não são somente para glicose, e sim pela comemoração pelo negócio realizado com sucesso. Uma das empresas da China acaba de fechar negócio conosco, e eu não poderia estar mais feliz com isso e para isso é necessário um banquete de respeito.

Se bem que, poderia ser uma outra coisa!

Mas isso pode ser resolvido mais tarde. Tomei um gole de uísque, e pude sentir a mistura do doce, com a amargura da bebida.. afinal o amargo e o doce, é uma combinação perfeita. E óbvio, é necessário ter um equilíbrio.

- Diga Rosie, qual é o problema agora ? - exclamo atendendo o telefone que tocava desesperadamente - Como assim ele está aqui? Não avisou nem nada?

Agora,  quem fica desesperado sou eu, meu pai quase nem vem na empresa e  é de se impressionar visitas como essa.

- Acalme - se mulher ! Também é não pra tanto, é apenas o meu pai ! Mande ele entrar e vai tomar um calmante. - digo a secretária que estava totalmente, uma pilha de nervos.

Rosie trabalhava comigo a um bom tempo, desde do seu primeiro dia, ela se mostrou muito competente, apesar dos seus ataques de pelanca.

O mexicano Carlo Ramirez Hernandéz, pai de família e amado pela mulher, a dona Blanca García Hernandéz e pelo filho, que no caso sou eu. Considerado um homem de muito respeito e admiração entre todos que o conhece, sua marca registrada começou nessa empresa que antes pequena, se tornou umas das mais grandes em todos os países. Seu objetivo era ampliar os negócios nos ramo de produções, ou seja, da aquele UP no negócio sejam elas pequenas ou grandes, nosso grande investimento são de redes de tecnologia e de engenharia , e agora com o contrato fechado com a empresa Chinesa pode se considerar umas das grandes potências.

Com o passar dos anos, a coroidade do meu pai foi chegando e eu aqui teve que tomar conta dos negócios. Não sei se o termo CEO acabe a mim, mas foi isso que eu meio que tornei. Administro tudo aqui, nunca as coisas são resolvidas sem o meu concebimento ou sem a minha vistoria. Quando tomei a cadeira de meu pai, senti um certo frio na barriga afinal um patrimônio como esses não tem como ficar não nervoso, só se for doido mesmo pra achar tudo isso aqui tranquilo. Tudo deve ser extremamente detalhado, até um erro de um número pode ser fatal. Nunca me considerei um Chefe frio, porém me acho muito sarcástico.. Mas sempre escuto murmúrios de rabugento, ignorante e o próprio demônio. Esses tipos de comentários totalmente sem nexo, até parece que eu sou assim!

- Achei que não iria contar a novidade- diz ele entrando no escritório

- Que novidade ? Eu vou ser pai? - eu disse colocando a mão no peito e me fingindo de surpreso

Ele ri

- Engraçadinho, mas não acho esse tipo de notícia, não está muito longe de acontecer. - diz ele com desdém

-Realmente, mas tudo ao seu tempo.

Eu sabia que, meu pai queria ser avô, sempre que vou no domingo na casa dos meus pais, almoço tradicional de família, vem aquela pergunta aleatória de família: casamento, netos e entre outros. Eu sempre quis construir uma família, ter filhos e ter esposa..