Bruno
Depois que Manu foi embora e não me avisou que estava na festa da Tati senti uma coisa ruim, nenhum deles atendia e tive que apelar para o Eric, sabia que ele era amigo de JP mas foda-se a minha preocupação com Manu era maior, quando liguei ele já estava pra me ligar e contar a pior desgraça que poderia acontecer. Eric chegou no aeroporto o mais rápido possível, quando ele me contou o que JP planejava eu não acreditei, perdi meu chão, liguei para o Enzo e pedi pra ele ir pra lá, não podia acontecer nada com a Manu, eu não iria me perdoar.
Quando chegamos na casa de Tati e ouvi Nic falando do JP meu sangue ferveu, procurei Manu por todo canto mas ela não estava lá então o desespero bateu, subi as escadas e Eric arrombou a porta, quando vi aquela cena passou um filme na minha cabeça mas não pensei duas vezes, voei encima do JP a minha raiva era tanta e eu só queria descontar tudo naquele filha da puta, socos era pouco perto do que eu queria fazer com ele, bati sua cabeça na parede e quando vi o sangue a minha vontade só aumentou.Enzo: para Bruno – sua voz estava distante e eu não conseguia parar de bater nele, JP já estava desacordado e não demorou muito pra isso acontecer –.
Ouvi a voz de Manu, bem longe e baixinho mas era ela. Soltei JP e me virei, ela continuava desacordada corri para pega-la no colo, esbarrei em todo mundo e saí com ela em meus braços, Enzo foi na frente e abriu a porta do carro, entrei com ela atrás e ele acelerou para o hospital. Ela não acordava e o desespero tomava conta de mim.
Bruno: por favor Manu – falei entre soluços enquanto abraçava ela forte – acorda, por favor.Isa: a Nic falou que deram drogas pra ela, uma certa quantidade que não vai fazer ela acordar agora.
Bruno: eu vou matar todos eles.
Enzo: não antes de mim.
Isa: vocês não vão fazer nada porque a Manu precisa da gente aqui com ela.
Quando chegamos no hospital paramos direto na emergência, entrei correndo com ela nos meus braços e as enfermeiras colocaram ela na maca, não podia mais entrar agora estavam nas mãos deles.
Estava na sala de espera, mas era impossível a ansiedade tomava conta de mim, estava andando de um lado para o outro sem parar até que Nic entrou, seu olhar estava vago, os olhos marejados dei um murro na parede para não ir pra cima dela.Nic: eu não pude fazer nada, me desculpa. A Mariana me ameaçou, eu não tive saída.
Bruno: cala a porra da sua boca Nicole, que ameaça que a Mariana te fez? Ela é sua amiga, vocês são tudo farinha do mesmo saco.
Nic: estou gravida, e esse filho é do Leandro.
Ouvi tudo o que ela tinha pra falar e se desculpar, Enzo não conseguia olhar pra ela e muito menos eu. Leandro tinha feito merda em ter engravidado logo a Nic que nunca quis nada com nada, eu nunca vi ele com uma garota antes igual a Tati e pelo o que eu conheço das mulheres ela não ira perdoar ele tão fácil.
Depois de algumas horas sem notícias a médica que socorreu ela na maca assim que chegamos entrou na sala de espera, minhas mãos suaram quando ela falou o nome de Enzo como da família.Dra: Boa noite, sou a Dra Carla. Por gentileza Enzo Meneghini.
Enzo: Oi, sou eu.
Dra: pelos meus dados você é o irmão da Manuela, certo?
Bruno: Ela esta bem? Me diz por favor.
Enzo: sim sou eu – ele me olhou como se pedisse calma –.
Dra: sim ela esta bem, ela dormiu um pouco mais por conta das drogas que estavam no organismo nela, mas a notícia ruim é que ela perdeu o bebê.
Bruno: bebê? – perguntei confuso, mil coisas passaram pela minha cabeça, como um flashback lembrei dos momentos em falamos sobre crianças e o quão insensível eu fui em falar sobre esse assunto –.
Dra: sim, ela estava de 2 meses, completou ontem pelos cálculos da obstetra. Eu sinto muito, a quantidade de drogas em seu sangue eram alta demais, ela estava alucinada chamou pelo Bruno, é você? –me olhou e concordei –.
Bruno: preciso vê-la.
Dra: ela pediu pelo irmão, ela esta abatida acho que ela também não sabia da gravidez.
Isa: obrigada Doutora – falou sendo gentil e a Dra saiu –.
Enzo: grávida? Você engravidou a minha irmã na idade em que vocês estão? Que porra você tem na cabeça Bruno?
Isa: Enzo por favor, a sua irmã precisa de você então vai.
Ele não respondeu nada, simplesmente saiu e caminhou em direção ao elevador. Sentei em uma das poltronas e repousei minha cabeça em minhas mãos, estava derrotado me perguntando como fui deixar isso acontecer.
Isa: a culpa não é sua, vocês não sabiam... – deu uma pausa – droga, droga... que porra Literalmente que porra
Bruno: o que?
Isa: ela me ligou quando estava vindo do aeroporto, mandou mensagens, ela queria conversar comigo e deveria ser isso. Ela estava precisando de mim e eu estava sendo feliz com o irmão dela.
Bruno: eu também falei merda, falei que não queria ser pai mas foi por impulso, eu não pensei – olhei pra ela – Isa, você sabe de tudo na minha vida, e o quão problemático eu sou e fui após a morte do meu pai. Ele me deixou cedo demais e me tornei isso, porque eu seria melhor para um filho?
Isa: a Manu tem o seu melhor lado Bruno, porque esse bebê não teria o seu melhor lado também?
Ela deu um sorriso para me confortar mas foi em vão, Manu estava chateada, ela preferiu ver o Enzo ao me ver, era o nosso filho, não é justo.
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Nem todo erro é errado |
Ficção AdolescenteEscritora: Ju Rabetão • Respoansável pela história: Letícia +16 | Manuela, mais conhecida como Manu. Filha da Mia e Henrique, atualmente com 20 anos mudou para São Paulo para terminar sua faculdade de direito e começar uma nova vida longe das asas...