Capítulo 58

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Mia

Os problemas em casa com Analu andava cada vez pior, eu já tive essa idade e eu sei bem o que é você ser uma adolescente rebelde, mas foi aí que eu conheci Rique e tudo mudou, mas ela não, o gênio é pior que o meu e de Henrique junto, eu queria tanto que ela fosse morar com a Manu e Enzo, até ele me ligar e dizer que Manu havia perdido um bebê. Fiquei sem chão, me senti perdida e culpada... onde será que eu errei? Henrique tenta conversar com Analu mas eles batem de frente, estava desesperada sem saber o que fazer até descobrir que Roberta havia procurado Analu, encheu a cabeça dela de mil coisas que claro, ela sabe que algumas são verdades, precisava ir para São Paulo, ver Manu e acertar as contas com Roberta. 

O segurança que estava na entrada do Outback pra minha sorte era policial e rapidamente foi abordar Roberta, ela chorava de dor, gritava. Eles me olhavam curioso em ver a arma na minha mão, guardei a mesma e sai andando com eles.

Mia: vão pra casa, vou dar queixa na delegacia e fazer todo procedimento.

Manu: não vou deixar você sozinha mãe.

Mia: Manu, eu sei me cuidar – ri com o cuidado dela, as vezes parecia ser minha mãe –.

Enzo: eles vão, eu te acompanho. Sou eu que ela quer por perto, não vamos deixar ela aprontar outra.

Não disse nada, apenas balancei a cabeça concordando, isso já deveria ter acabado a muito tempo. 
Fui dirigindo e Enzo ao meu lado inquieto, ele estava preocupado e pensativo bem a cara de Henrique. 

Mia: o que você está pensando filho? 

Enzo: o que vamos fazer? Roberta não aceita que as coisas mudaram.

Mia: mas ela precisa aceitar, na verdade ela precisava de uma conversa com o seu pai, a tempos atrás pra vê se enfia na cabeça dela que nada do que ela viveu antes ainda existe – olhei para o lado rapidamente e ele estava olhando para fora – eu sei que ela é sua mãe de sangue Enzo – engoli a seco e ele me olhou – não sei se você se lembra de tudo que passaram... 

Enzo: você é minha mãe, minha mãe independente de qualquer coisa. Você foi a melhor escolha do papai. 

Meu coração derreteu ao ouvir as palavras dele, nunca amei menos nem Enzo, nem Analu. Era como se eles tivessem saído de mim.

Fizemos o BO, Roberta voltou para prisão e ainda não conseguia respirava aliviada eu sentia que ela iria fazer alguma coisa. Assim que chegamos no AP deles todos ainda estavam na sala, Manu sorrio ao ver nós dois em meio tudo que ela precisou passar sem me ter ao seu lado ela ainda conseguia se preocupar. 

Manu: papai ligou, ele está vindo pra ca.

Mia: porque? Ele não pode deixar Analu lá.

Manu: contei o que houve, ele precisava saber mãe.

Mia: mas não precisava vim -balancei a cabeça –.

Tentei ligar mas ele não atendia, no mínimo deveria estar no avião vindo pra São Paulo, então liguei para Analu.

IDL

M: filha.
A: Oi mãem
M: está tudo bem? Aonde você está? 
A: sim, tô bem. Tô na casa dos pais do Everton, o papai contou meio por cima. Está tudo bem tá.
M: me deixa falar com eles, por favor.
A: mãe, olha a hora. Eles já estão dormindo e eu também estou indo.
M: se cuida, amanhã já estarei aí. Te amo! 

FDL 

Enzo: mãe vai ficar tudo bem –  sorri ao sentir o seu abraço –.

Mia: vou buscar Henrique no aeroporto, ele acabou de mandar o horário que irá chegar. Iremos para o AP mas amanhã cedo estarei aqui. 

Me despedi deles é segui para o aeroporto, quando cheguei lá marcava 01h50 da madrugada, não demorou para ele sair e me encontrar, entrou no carro e não conseguia dizer uma palavra, ele tentou puxar assunto mas falei o básico. Chegamos no AP e subimos, entrei e aquele cheiro de casa limpa tomou conta, adorava quando deixavam tudo pronto.
 
Rique: Mia, ela sabe se cuidar.

Mia: não Henrique, ela não sabe. Sua filha está passando por problemas e você faz isso? Larga tudo por causa da Roberta? 

Rique: isso é ciúmes? 

Mia: que mane ciúmes Henrique, se toca – falei firme – ela não está bem, ela não pode ficar sem você, sem mim perto dela.

Rique: Mia fique calma, por favor.

Mia: essa sua calma me irrita, eu acho bom amanhã você ir resolver tudo com a Roberta e ver o que ela quer, porque eu não aguento mais sentir que a qualquer momento possa acontecer uma desgraça com os meus filhos.

Rique: nossos filhos, são nossos – ele se aproximou e observei seus papos até mim – você fica sempre tão linda quando está brava – prendi o riso, ele sempre fazia isso –.

Mia: não chega perto, tô estressada com você e com tudo Henrique – fui até a varanda e encostei na grade, suas mãos grande e quente encostou em minha cintura e sua boca perto da minha orelha, fechei meus olhos, ele sabia jogar sujo, sempre soube  –.

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